it's from my protection.

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bem, mark sempre tocou e correu para própria conexão, música sempre foi uma das coisas que lhe motivavam, além das poesias que sua mãe sempre escreveu. 
mas não estamos aqui pra descrever isso.

outubro de 2019, pra sermos mais específicos estamos no dia 29, aniversário de johnny, um carinha muito importante nessa história, até porque a importância dessa data é do nascimento dele, ou não seja tão importante por isso...
minhyung se encontrava nas ruas da pequena cidade de lakewood, correndo de casa, exatamente às 16h30 da tarde, num frio que fazia as orelhas arderem, e nas bochechas se formarem um avermelhado tímido. 

cantarolava money do the drums, se cagando de medo da loja de presentes estar fechada, porém ao chegar na rua desta, se apoiou num poste respirando com dificuldade pelo frio que fazia, e logo cuspiu no chão, como uma tentiva de escapar do tal tempo gelado. 

agora, caminhando lentamente, mark adentrou a loja, podendo encarar um garoto com as pernas tatuadas em cima do balcão, lendo uma revista da vogue atentamente, com uma bota coturno marrom escura, que caía super bem no rapaz. o canadense não pode deixar de observar os cabelos cor de fogo que se faziam presente na cabeleira do vendedor.

lambeu os lábios ao observar as coxas do guri, e se perguntou: "como ele consegue ficar com esse shorts num frio desses?" mas o lee não deixou de sentir uma leve ereção no meio das pernas por tais coxas grossas.
saiu do tal transe, caminhando pelo estabelecimento, até achar os copos vermelhos e azuis de plástico que havia prometido pro amigo que iria levar, porém ficou tão ocupado fumando e usando lsd com yukhei que tinha se esquecido. 

mark seguiu lentamente pro balcão - voltando a secar o mais baixo com os olhos -, onde o garoto passado fechou a revista, e deixou ali mesmo. saiu da cadeira em que estava sentado, se levantando pra atender, passou os copos na maquininha. tudo em silêncio, pelo menos até que o tatuado soltou:
— você é tão bicha assim, ao ponto de ficar me comendo com seus olhos, e nem tomar atitude?  - riu baixo e deixou os copos novamente no balcão. — são 6 dólares. - se sentou novamente na cadeira.

o moreno ficou meio perplexo com a atitude do cara que mal conhecia, então pode revidar de forma bruta. 
— se eu realmente quisesse te comer de outra maneira, outras atitudes eu já teria tomado, bae. - piscou pra ele e mark entregou as notas.
o tal ruivo continou rindo da cara dele, e logo pegou a nota fiscal escrevendo o número de telefone com o próprio nome, entregando pro canadense. — normas da loja, sabe como é.
mark riu debochado, e colocou os copos na sacola plástica, junto do papel, saindo da loja. 

nosso protagonista não era viado, não é assim que ele quer transar, então esperamos que ele não chamasse o guri ruivo, certo? errado. ele ficou pensando tanto com a cabeça de baixo que até topou poder conhecer o baixinho.
sabe, eles chegaram a trocar mensagens, mas não muito afundo, porém minhyung decidiu convidar ele pra festa que iria ter mais tarde, mesmo johnny não sabendo. 

dito e feito, passou na casa do menino, donghyuck, era esse o nome do ruivinho tatuado, que chamou tanto a atenção do nosso mark lee. bom, o tal donghyuck era bem conhecido na cidade por fumar maconha com um grupo de adolescente da escola particular que tinha no centro, isso de certa forma chamou atenção de mark, um garoto que não tem medo de se "aventurar".

no carro do mais velho, escutavam música alta e dong segurava uma garrafa de whisky aberta, onde ele e o lee moreno, viravam goles. até que mark se irritou em um cruzamento texano, xingando os carros.
donghyuck, comerramando coisas por toda a bolsa, que agora cheirava álcool, balbuciou um "idiota" e deixou apenas o clima rolar.

já na festa rolou todo aquele clima de adolescentes que conhecemos, o lee mais novo sempre provocando o canadense, e ele parecia se divertir com tudo isso, até que finalmente puderam chegar nos tais beijos de bichas, como johnny dizia.

minhyung - no pequeno espaço que tinham - segurava com força a cintura fina do ruivo, deixando os corpos colados e em respostas o mais novo se roçava apenas para provocar o moreno alto, fazendo uma ficção gostosa. entre um beijo e outro, para respirar o ar que necessitavam, dong mordia os lábios com força de mark, tendo em consequências ambos os corpos excitados. mas como tudo tem um fim, o tatuado saiu do movimento prensado do lee. 

correndo pra escada, hyuck subia rapidamente os degraus com a bota estilosa marrom, podendo observar no final do corredor uma janela que dava para o telhado. o rapaz olhou para trás vendo minhyung meio desentendido, mas ele não ligou. abriu com força a janela, indo para o telhado de coloração preta e o canadense apenas o seguiu.
ambos no telhado, um do lado do outro, em silêncio, o ruivo o quebrou.

— 'que que 'cê faz da vida, mark lee? - encarou a lua nova brilhante no céu.

— toco. - respondeu simplista.

— qual é, tô falando o que você faz, realmente. - levou o olhar até o garoto mais velho.

mark suspirou e lambeu os lábios pequenos: 
— eu sou um cara ocupado. - falou rapidamente e donghyuck arqueou as sobrancelhas pra ele continuar. — fico chapado e vou para onde sou pago, mas.. - corrigiu a frase.

— mas..? - o baixo continou com a mesma cara.

— não é realmente assim que funciona, então tenho a banda, porém não queria mais ser um cara que vende droga. - balbuciou dando ombros. — sou um cara ocupado.

— se você não atirar, nunca saberá - sussurrou no ouvido dele e se levantou. — 'cê deveria ter aprendido isso há algum tempo, mas eu sei que às vezes fica difícil. - piscou e mark tambem se levantou.

— sabe, donghyuck... - encarou ele nos olhos brilhosos. —  eu não me senti bem naquela loja, até você falar comigo.
o ruivo riu e apoiou as maos nos ombros dele, confirmando com a cabeça, mas logo se afastou dele, ajeitando as calças jeans e a blusa do wallows que usava e saiu andando de lá.

minhyung apenas se sentou novamente tirando o celular do bolso com a seguinte mensagem.

hyucê tá me devendo um ingresso pro show da tua banda ;)

a cabeça do nosso protagonista apenas rolava um novo trecho de uma música: "você, eu estive esperando por você. minha vida inteira, esperando por você. eu estive esperando por você".

e mark pegaria uma arma, mas é para proteção dele, afinal das contas ele nunca saberia se não atirasse.

𝗥𝟬𝟰𝗞𝟭𝗟𝗟 - markhyuckOnde histórias criam vida. Descubra agora