Capítulo 13

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"Sempre tive medo de escuro,

 você nunca sabe o que se esconde nele [...]" 

        O mês de maio iniciou com tudo

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        O mês de maio iniciou com tudo. Estamos no meio do semestre e minha vida se resume agora a apenas do alojamento para a sala de aula e da sala de aula para minha escrivaninha, onde permaneço por horas, mas vale a pena, continuo em primeiro lugar em todas as matérias e os professores me adoram. Lexia como sempre está agindo de forma suspeita, mas desde que a conheci ela é assim, então aprendi a respeitar seu espaço; Marcos e Gael estão sempre por perto, e quando digo sempre, é sempre mesmo, eles nunca me deixam sozinha. Marcos me conhece um pouco melhor que Gael, então ele sabe que tem algo de errado comigo, e às vezes evito olhar em seus olhos pela sensação que tenho de que ele iria me ler em segundos apenas olhando em meus olhos.

        Nunca vou me cansar de observar o campus. Enquanto me encaminho para o prédio de aulas a correria dos alunos no meio do semestre é característica, a primavera está no seu auge e as plantas mais lindas do que nunca, não quero ir embora nunca desse lugar. Claro que a sensação de estar sendo observada nunca passou, mas nesse momento sei que Gael está encostado em uma grande árvore do lado do prédio principal me observando, ele sempre faz isso. Sorrio enquanto ele vem em minha direção.

        — Oi favorita do Josh Carson — Josh é nosso professor esquisitão substituto de tecidos, quase efetivo, já que o professor Phelippe Kilan continua desaparecido. O professor Carson me notou desde a primeira avaliação já que fui a única a tirar total e teve certeza do meu esforço em um seminário que nós apresentamos, desde então ele sempre conversa comigo pelos corredores e me elogia quase todos os dias na frente da turma toda.

        — Ah para com isso, ele só vê que sou esforçada — Modéstia a parte, eu sei que ele é meu puxa saco, mas claro que não vou assumir isso.

        — Com certeza, vamos? — Gael gesticula para o prédio e vamos andando conversando sobre o clima. Ele sempre entra em um assunto tão distraidamente que se alguém conversar sobre excrementos de animais com ele, o assunto vai render como se estivessem conversando sobre a cura para o câncer. Eu admiro isso nele.

        Assim que entramos no elevador com outros alunos as pessoas estavam cochichando, só não entendi o que era. Fofoqueiros. Ao mesmo instante eu senti que tinha alguma coisa errada, e Gael também sentiu, já que se enrijeceu ao meu lado. O elevador abriu no nosso andar e saímos com alguns alunos da nossa classe, mas Gael não fez nenhuma piada sobre como adoraria arrancar os olhos do garoto que me cantou na sua frente como ele sempre faz, mas decidi ignorar, deve estar de TPM. Começo a rir de meus pensamentos e nos sentamos no grande auditório nos nossos lugares de sempre, segunda fileira e exatamente no meio enquanto os outros alunos se acomodavam. Dez minutos depois do horário de início das aulas o clima continuava turbulento, até que eu senti.

A Filha dos Quatro  ElementosOnde histórias criam vida. Descubra agora