Campos do Norte, quatro horas da manhãA noite da sexta-feira era mais uma de várias que Lucio encontrava-se passado pelo álcool no corpo. Gargalhava com os amigos do time e as garotas que babavam neles, algumas do time de torcida e outras das mais populares do colégio.
Cambaleavam no jardim na frente da casa do capitão do Time, Jorge, qual dava as melhores festas e momentos imperdíveis. O melhor amigo de Lucio tinha o braço por cima do ombro do amigo que apoiava o peso do corpo.— A um belo começo de ano! — declarou Pedro erguendo um copo vermelho pingando cerveja — Ao terceirão!
Assobios e risadas se misturavam a celebração do começo do ano letivo no Colégio Carvalho. Todos os estudantes se apressavam em passos falsos nas calçadas e alguns tentavam miseravelmente ficar em pé. Lucio era forte para bebida e se despedi dos amigos, seguindo a pé para a sua casa que era dois quarteirões da casa de Jorge.
Era madrugada e alguns pássaros já assobiavam nas árvores que cobriam nas calçadas. O bairro era tranquilo e residencial, além disso Lucio não tinha medo. Conhecia aquela cidade como a palma da mão e nunca nada tinha acontecido.
— Lucio.
Um sussuro alcança o garoto que para de andar no meio da rua. Os pelos atrás na nuca arrepiaram, como se um sopro tivesse provocado-o. Olhou para os lados mas apenas confirmou que estava mais sozinho que nunca naquela rua. Suspirou e apertou um pouco o passo porque não queria exibir fraqueza ou covardia.
Novamente o sussurro e um vento fez um estrondo em um beco que tinha entre duas casas. Reunindo sua teimosia e masculinidade, seguiu na direção do som esperando algum animal ou objeto caído.
Cada vez mais que se aproximava, um vulto tomava forma, uma silhueta e logo um homem. Ele não tinha rosto, não tinha uma forma definida mas a voz vinha dele. Disse algo incompreensível à Lucio, que com um susto recuou. "Não tenha medo", ecoou na cabeça do jovem que sentiu um toque gelado contra o rosto. Um grito agonizante veio subindo pela garganta dele mas nenhum som saiu.
Apenas escuridão restou. E aonde estava Lucio, nenhum rastro sobrou.
Dentro dele, algo ressurgiu, renasceu. Os olhos e cabelos pareciam ter escurecido mais ainda. Um suspiro escapa dos lábios do Incubus no corpo do garoto e a caça havia começado.
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Dançando Com O Demônio
Teen FictionEssa fanfic vai ser mais pelo entretenimento e pela idéia que rodou no grupo do Facebook. Espero que algo de bom saia disso. (...) Maria Luisa vive na pequena cidade de Campos do Norte, sempre limitada pelos pais rígidos e religiosos. Tudo isso muda...