10

9.1K 648 331
                                    

(CAPÍTULO REVELANDO PORQUE A SINA NUNCA NAMOROU NEM BEIJOU, O PRÓXIMO VAI EXPLICAR TUDO DIREITINHO.)

Sina Narrando

Uma semana depois

Havia se passado uma semana após minha conversa com o Noah no carro e claro, ter visto meu pesadelo novamente. Obviamente vocês não estão entendendo nada.. Mas irão entender.. Só de lembrar daquele sorriso diabólico meu corpo estremece de medo. Noah e eu conversamos bastante durante essa semana, ele tem se mostrado muito diferente; mais amigável. Eu não sei o que esta acontecendo dentro do meu peito.

Mas algo esta florescendo aqui dentro, meu coração está mais feliz, eu diria. Acordei aquela manhã de segunda feira um pouco mais feliz do que nas segundas anteriores. O sol estava forte e vivo. Eu parecia estar mais viva.

-Bom dia meu amorzinho - beijei a bochecha rosada da minha filha que dormia aconchegada em mim. Ela apenas resmungou algo que eu não entendi e afundou o seu rosto mais ainda em meu peito.

-Vamos acordar nenê. - passei minha mão sobre seus cabelos loirinhos.

-não mamãe, to cansada. - falou com a voz fraca e sonolenta me fazendo sorrir.

-Cansada é? Deve ser de brincar. - me sentei na cama e a peguei no colo, seu corpinho estava quente, parecia que estava com febre, suas bochechas também estavam um pouco mais vermelhas que o normal. - Está sentindo alguma coisa? - perguntei passando a mão pelo seu rostinho. Ela apenas disse um não baixinho. - Vou te dar um banho. - Levantei ainda com ela em meu colo e a levei para o banheiro. Malu sempre foi uma criança saudável apesar da minha gestação ter sido complicada, ela nunca apresentou alguma doença. Quando ela ficava doentinha, seja uma virose ou uma gripe, ela sempre ficava quietinha e não desgrudava de mim um só momento. Ela sempre foi amorosa. Após dar banho nela, lhe dar leite e um antitérmico ela voltou a dormir, deixei ela deitada no sofá e fui dar um jeito no apartamento, enquanto Sabina preparava o café.

-O que a pacotinho tem? - perguntou parando na porta do banheiro me observando limpar o espelho.

-Ainda não sei.. Ela acordou com febre, mas não reclamou de dor, disse que estava cansada.

-Hum, Sina. - mudou o tom de voz e eu a encarei. - Malu está sentindo falta de um pai. - se encostou na porta me olhando.

-Ela nem sabe o que é isso. - menti cansada desse assunto.

-Ela pode ser uma criança, mas ela sabe o que sente falta, e essa febre é emocional.

-E o que quer que eu faça!? Que conte a ela, que o pai dela é um canalha? Ela não tem idade pra isso.

-Eu não estou dizendo que é pra você dizer tudo a ela, tudo o que aconteceu. Apenas dizendo o que ela está sentindo. Tudo o que você sente; raiva, tristeza, medo, angústia e etc.. Acaba passando pra ela.

-Não quero falar sobre isso agora. - suspirei.

-Você precisa de ajuda Sininho, por favor. Procure um psicólogo para te ajudar, vocês duas merecem ser feliz. - ela sorriu.

-Liga pra joalin por mim e fala que ela precisa vim mais cedo, Malu não vai pra escola hoje e eu preciso trabalhar.

-Tudo bem.. - a mesma assentiu e saiu de lá.

𝗻𝗼𝘀𝘀𝗮 𝗾𝘂𝗲𝗿𝗶𝗱𝗮 𝗺𝗲𝗻𝗶𝗻𝗮 | 𝐧𝐨𝐚𝐫𝐭 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora