E no verão escaldante regados por alguns beijos de brisa, Jimin trouxe a seu cotidiano o ato de se apoiar em sua janela e deixar-se derreter pela visão que seus orbes tinham do outro lado da calçada, lugar qual se recolhia pares de olhos felinos e petúnias roxas que lhe tirava o fôlego, enquanto a fragrância amorosa e floral se aconchegava, graças ao abrir de braços abertos da janela, em seu ser aos sussurros de camomila e selares leves de ventania.
E sempre sorria quando aspirava tal cálido odor e sentimentalismo, pois sentir o amoroso inexplicável no ar era o mesmo que tomar as declarações de ternura vindas do existir simples, cru e nu, mas repleto de significados que reluziam como pequeninos diamantes encontrados no céu aqui e aco-lá; encontrava, com cortesia adorada, ternura nos por menores.
No gracioso jeito que o sujeito — decobrido após três dias de minuciosas tardes de verão e observação se chamar Min Yoongi — que lhe causou tantos piscares admirados tomava uma rosa cálida em mãos, como se tivesse entre os dedos a guardadora de todos os feitios dos quais lhe faziam sorrir e se sentir aconchegado no inundável do mundo imenso: no jeitinho que o sol lhe banhava o rosto, e ele resmungava para seu companheiro o quanto lhe era chata tal situação mas, quando achava que ninguém estava o observando, se sentava na calçada cinza e amorosa em coloridão graças às róseas, e fechava os olhos ao sentir o carinho do globo que ardia por si, por seres na terra e principalmente pelas flores que faziam sombras arredondadas de algo âmago e, que não importasse quantas palavras Jimin procurasse no dicionário velho e puído com folhas amareladas em seu quarto, talvez nunca fosse encontrar.
E, caso encontrasse, desejava nomear o florista Min Yoongi com tal emblemático significado que lhe gritava tanta ternura, encanto de sol e floral; tudo junto e cometido por beijos dados aos ventos que se aconchegavam no cantinho de outro existir inábil que vivia dentro de si, crepitando calor de aconchego sempre que os orbes batiam no de essência de petúnias violetas.
Então as semanas passavam, e já tornara uma rotina sua levantar-se da cama, rodar em afazeres pelos cantos do apartamento e embrenhar-se de tarde na pequena redoma de petúnias roxas do outro lado da calçada, observando seus trejeitos e cotidianos enquanto eternizava, com o traço singular de seu olhar, tudo e todas as pequenas coisas nas telas onde se fazia orquestragem de cores, sorrisos que lhe dificultavam a visão devido ao sentimento grácil no peito e primaveras de tintura, coloridão terna e eterna.
Idêntico a um sopro leve, botava, sem intenção e quase que sem-querer, seus orbes na petúnia violeta de Min e em veloz de piscares, o pincel já jazia no meio de seus dedos, tentando transmitir tudo o que vira e o que sentia latejar no seio direito.
Era dúvida bela; jurava em suspeita felicita que talvez brotassem flores em seu peito, para sorrir tanto como fazia.
Fora na segunda então que jurara, com bochechas brilhando em adrenalina rúbea, que deveria ter algo errado consigo.
Algo de muito errado!
Estava voltando do mercado com os dedos encrustados de anéis cintilantes, segurando as sacolas biodegradáveis: ainda era tarde e o sol se mostrava em todos as mínimas frestas quando parou, seu apartamento à pequenos passos de distância quando teve a atenção roubada sem piedade alguma pela fragrância primaveril que saia do estabelecimento, a apenas uma calçada de si, tão perto quanto uma motocicleta azul-céu, reluzindo todas as suas partes e fazendo alumbramento de sorvetes em tardes de verão e paixão infantil à Jimin.
Passaram-se semanas desde a inauguração da floricultura, desde o primeiro dia que Jimin dormira e se embrenhara em sua janela devido a fragrância das flores: e nunca se atrevera a entrar no estabelecimento de fato, apenas observava com dócil admiração de sua janela, eternizando tudo que achava belo demais para ser esquecido entre os ventos. E entre as rosas, estava Min Yoongi; com seu avental alabastrino, o encantamento de seu olho puxado e a sua voz que, mesmo a uma calçada e janela de distância, ainda reverberava por todo o seu ser como brisas leves de verão, comumente o fazendo fechar as pálpebras em derradeiro arrebatamento.
Então a curiosidade fez chama, brasa quente em todo o seu corpo quando, parado à uma distância, teve o vislumbre ternuoso frente a si: a movimentação vinda de dentro, as vozes que faziam música com sabor característico de mundo e brisas leves, a arquitetura, tão bela ao seu ver, incrustada por cestinha de palhas onde se espalhavam milhares e milhares de rosas, incontáveis aos seus olhos e que lhe desafiavam a chegar mais perto, apenas um pouquinho mais perto para senti-las, e se perguntar se ele tinha o mesmo cheiro, a mesma fragrância que vinha lhe graciar todas as noites e momentos pequeninos onde se apoiava na janela, e aspirava o ar glorioso de floreio às escondidas.
Mordeu o lábio, virou para seu apartamento e deu apenas três passos, três pequenos passos antes de apenas balançar a cabeça e atrevessar a rua com orbes reluzentes e coração palpitante no peito: pouco se importava, naquele momento só queria se atrever a ter o que não tinha nome nem codinome para nomear, mas que poderia muito bem ter a seus olhos e lhe encantar, retirando-lhe suspiros derradeiros por milésimas gracejos e sensações.
E as margaridas foram as primeiras a lhe fazer nascer um sorriso, seus dedos fraquejando em desejo para tocá-las e sentir o aveludado das pétalas; mas não se atrevia, apenas as olhava em vastidão de brilhantina mesclado a curiosidade latente, que lhe apossava todo o ser. Apenas na calçada, com inúmeras delas decaídas nas cestinhas e lhe cercando, Jimin sentira-se inundado por magníficas companhias. Olhou, olhou e olhou com brilhantino encanto nos orbes cada uma das flores, cada floreio singular lhe tomando os devaneios e pensamentos, fazendo-o se esquecer do mundo afora para enfim piscar atordoado, ao ouvir a porta sendo aberta.
E lá estava ele.
Parado em frente a si, ao lado da porta: os olhos puxadinhos agora pertos demais, fazendo os pensamentos de Jimin de súbito se incendiarem, misturando-se com o vento que passava ali, enquanto ele trancava a respiração de nervosismo, uma vontade imediata e desesperadora de correr para longe dali o mais rápido e veloz possível. As bochechas coraram, igualmente às róseas que antes observava.
O florista ainda o olhava atentamente, talvez surpreso com sua inesperada presença cadente ali, guardando todos os detalhes do rosto rúbeo de Jimin, seus orbes fulgidos de surpresa latente e a expressão de êxtase pelas flores antes pregada em sua face. Então Yoongi abriu os lábios, mas antes que dali saísse um convite ou uma pergunta repleta de confusão, Jimin lhe deu as costas e correu rapidamente para seu suposto apartamento, fazendo o tão conhecido vento de verão atingir a face em cheio de Yoongi, junto com o cheiro de camomila do estranho grácil que estivera a poucos instantes a sua frente.
E era verão, quando viu a camomila nos passos e trejeitos de um alguém pela primeira vez.
// heyy, aceito críticas ou opiniões 👉🏻👈🏻
mudei um poquito o 1 cap pq sou uma autora bipolaaaaaar aknsja desculpem por isso e espero q tenham gostado desse
capitulobom, vejo vcs antes de outubro!!
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GRÁCIL | YOONMIN
Romance☾︎ 𝐘𝐎𝐎𝐍𝐌𝐈𝐍 ☽︎ Entre cortinas brancas pintadas de girassóis amarelos e lírios que o desafiavam a amar, Jimin era um pintor amador e entediado que passava quase todas as suas tardes pintando a miragem cor de pétalas violetas que era Min Yoongi...