5. Primeiro Abraço

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Enquanto comíamos Castiel fazia palhaçadas, e isso me fez engasgar algumas vezes, e isso claramente o preocupava, então ele parava.

                - Então Winchester, você sempre traz desconhecidos à sua casa? – Ele perguntou enquanto dava sua ultima garfada.

                - Não costumo não, só trago os que parecem psicopatas. – Brinquei.

                - Sério? – Cass parecia alarmado e seu rosto ficou completamente sem humor.

                - Oh, calme, é uma brincadeira. – Respondi rápido.

                - AH! Ok. – Ele suspirou.

Para algumas coisas Castiel era tão espero e desencanado mas é só acrescentar sarcasmo que ele se perde inteiro, era engraçado e até mesmo fofo.

Fomos para o banheiro rapidamente e escovamos nossos dentes, voltamos para o quarto e Cass parecia inqueto.

                - Então... você tem namorada? – Cass finalmente falou.

                - Que? Eu? É.. eu, eu não-não tenho não. – Senti meu rosto ferver

                - Oh, legal. – Ele sorria. – Eu também. Na verdade nunca fiquei com ninguém nem nada. – Castiel baixara os olhos, envergonhado.

                - Nossa, sério? Qual a sua idade mesmo?

                - Sou um ano mais novo que você lembra? Tenho 16. É embaraçoso eu ainda não ter “pego” ninguém. – El fez aspas com os dedos.

                - Resolva isso para ele Dean, ele está quase implorando, olhe para aqueles olhos te perfurando, é óbvio que ele te quer. – Meu subconsciente apontava setas luminosas na direção de Castiel.

                - Olha, eu “peguei” um garot... – Engoli em seco. – uma pessoa, quando tinha 15 anos, então não estou muito longe de você.

                - Oh, será que eu conheço esse garoto? – Ele sorriu. – Não se preocupe, seu segredo está bem guardado comigo. – Cass piscou, e isso me fez corar ainda mais. Coloquei as mãos no rosto involuntariamente e em alguns instantes senti suas mãos removendo as minhas de minha face. – Hey! Não tenha vergonha de ser você mesmo. E daí que você beija rapazes? – Ele brincou. E eu me limitei a sorrir. – Você é maravilhoso do jeito que é, e se alguém disser o contrário... Bom, aí você me chama que eu dou uns bons chutes em quem se atrever. – O rosto dele estava tão perto do meu que pude ver todos os detalhes de sua face angelical. O cheiro maravilhoso de hortelã emanava de suas roupas. – Entendeu? – Agora ele literalmente parecia estar me perfurando com os olhos, seus belos olhos azuis, cristalinos e tranquilos, era quase que, quase que se essa cena estivesse escrita, eu tanto sonhara com a presença deste garoto, tantos anos o observando e agora ele esta aqui, sabendo do meu segredo mais profundo, me confortando e compartilhando essa energia comigo. Era incrível como a presença dele me acalmava, estava tudo perfeito. – Dean?

                - Oh, entendi sim. – Respondi com a voz fraca.

                - Muito bem. – Ele sorriu e me abraçou. Aquilo me pegou de surpresa, mas era bom, era quente e acolhedor, como eu sempre imaginei.

Thousand Years - Short Fic (AU/HS)Onde histórias criam vida. Descubra agora