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prólogo

❝ Todo desenrolar de uma história leva a um final. Mas, antes disso, sempre há um começo. ❞

— Como vamos fazer?

Peter fez a pergunta com a qual todos estão acostumados. Toda vez que nos reunimos nesse galpão velho para discutir sobre negócios, essa é a primeira coisa que ele fala.

— Simples. — Owen abriu a planta de uma joalheria e pôs o papel sobre a mesa, fazendo com que os outros se aproximassem para averiguar. — Nós vamos entrar pelos fundos. — apontou para um caminho. — Assim que entrarmos, vamos focar nas joias que estão nas vitrines.

— Eu tenho certeza que tem algo que poderia render melhor dentro do cofre. — Kylo se apressa em dizer, como sempre pensando grande.

— Não. — digo apoiando minhas mãos sobre a borda da mesa e alterno meu olhar entre os membros da equipe. — Não podemos nos arriscar. Roubar o cofre exigiria mais tempo, precisaríamos estudar o local e encontrar a melhor maneira de arromba-lo porque não é sempre que podemos contar com a ajuda do proprietário, se é que entendem.

— É, ele está certo. — Ryan diz, bebendo um gole de sua cerveja e ergue a mesma em minha direção com o seu sorriso inconfundível nos lábios. — Se vamos fazer isso, é melhor que seja a noite, sem testemunhas.

— Sem cofre, sem erros. — Owen continua. — Teremos no máximo dois minutos, talvez um pouco mais com a ajuda da Rose.

— Posso atrasar a polícia. — ela deu de ombros.

— Ótimo. — balanço brevemente a cabeça em aprovação para a ruiva. — Prossiga, Owen.

— A nossa rota de fuga é essa. — ele colocou outra planta em cima da mesa e indicou o túnel de esgoto. — Por isso vamos deixar a nossa van desse lado. Assim, não teremos problemas para fugir. — olhou para o motorista. — Certo, Ryan?

— Sabe que pode contar comigo. — soltou uma risada. — Qual o nosso plano reserva?

Deixo um sorriso surgir em meus lábios com o comentário alheio. Eu estava esperando que fizesse essa pergunta.

— Explodimos tudo.

Assim que respondo, todos os olhares se voltam a uma única pessoa. Kylo.

— Vamos precisar de C4. — ele respondeu com um brilho nos olhos.

— Posso resolver. — Mitchell finalmente se pronunciou, estava apenas observando mas quando mencionamos brinquedos novos, ele se faz presente. — Eu vou garantir armas e munições também.

— Acabamos por aqui. — digo pegando o meu chapéu preto com uma faixa branca e ajeito o cabelo antes de colocá-lo. — Amanhã, no mesmo horário.

Faço um gesto com a mão indicando que estão liberados, caminho até o enorme portão e dou uma olhada no monitor de segurança, checando as câmeras antes de digitar a senha para abri-lo.

— Espera, cara. — o Ryan diz quando me alcança e estende uma garrafa de cerveja para mim.

— Eu espero que você não beba no dia do assalto. — digo pegando-a e saio do galpão sendo acompanhando pelo meu confidente.

— Já lhe decepcionei alguma vez? — pergunta, semicerro os olhos o encarando e reviro-os ao negar com a cabeça. — Exatamente. — o loiro parou ao lado de seu carro e lançou um olhar desafiador na minha direção. — O que acha de uma corrida?

Solto um riso nasalado com a proposta, ficando surpreso quando percebo que é sério e afirmo indo até o meu veículo.

— Espero que seu motor seja potente, Christensen. — disse em um tom divertido.

Assim que entramos em nossos respectivos carros, dirigimos até voltar para a rodovia, parando um ao lado do outro e abaixo o vidro da janela notando que ele fizera o mesmo.

— Eu vou te esperar na boate. — falou em um tom convencido.

— Está comemorando uma vitória que nem teve ainda? — ergo a sobrancelha em um semblante sarcástico. — Veremos.

— Cuidado para não se decepcionar, Hayden.

Ele disse dando risada e concentrando seu olhar na pista, faço o mesmo, escutando ambos motores preparados para esse momento como nunca estiveram antes. Quando o semáforo abre, saímos em disparada, cantando pneu.

Troco a marcha pisando no acelerador e consigo uma vantagem, ficando à frente do meu amigo, tento manter daquela forma mas acabo diminuindo em uma curva, o que foi um erro já que o Ryan é especialista nisso. Ele passou de mim muito fácil.

— Droga. — murmuro.

Ficamos alternando a vantagem até que finalmente avistamos o local mencionado. É tudo ou nada agora.

Piso no acelerador, tentando alcançá-lo a qualquer custo mas não teve jeito. No último segundo, Ryan conseguiu virar o carro de um jeito surreal para dentro de uma das vagas.

Balanço a cabeça em negação quando saio do carro e o travo logo soltando uma risada quando cumprimento o loiro com um toque de mão.

— Por que está rindo? Fui eu que ganhei. — disse, brincalhão.

— Cara, eu quase te alcancei. — falo ainda dando risada.

— Quase. — riu. — É por isso que você não é o motorista.

Ele abriu nossas garrafas e encostou ambas em um brinde, fazendo um sinal para entrarmos naquela casa noturna.

a minha inspiração para o ryan foi o paul walker):

espero que tenham gostado!

𝐁𝐋𝐎𝐎𝐃𝐒𝐇𝐄𝐃Onde histórias criam vida. Descubra agora