seu amor ainda é tudo

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Você acredita em destino?

Em duas pessoas conectadas que apesar de escolherem caminhos diferentes, voltariam a se encontrar? Eu não costumava acreditar nisso até conhecer Ino Yamanaka.

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Eu sou Hinata Hyūga. Carrego vinte e cinco anos nas costas e um amor não resolvido no peito. Nunca imaginei contar minha história assim, mas torço para que através das palavras eu ache as respostas necessárias para um coração aflito que se vê cada vez mais claustrofóbico onde resolveu fazer morada. Muitos anos se passaram desde que ele bateu aceleradamente por alguém e também se quebrou em vários pedacinhos.

Eu achei que muita coisa pudesse mudar desde que eu tinha vinte e um anos e me aventurei em um amor de verão, mas a verdade, é que tirando os fios longos que eu costumava aderir, meu coração continua batendo em desespero pela mesma pessoa. É cômico, porque eu já tinha colocado todos os curativos necessários nas feridas que esse amor me deixou, mas tinha dias que eram tão bonitos que eu nem pensava mais sobre.

Mas nos dias comuns tudo que se passava na minha cabeça antes do sono, eram momentos como:

" ... — Hinata Hyuuga você não deveria me provocar dessa maneira — Ela falou, e eu ainda lembro como seus olhos azuis brilhavam. Ela não estava nem aí para estar perdendo ou ganhando em mais um jogo naquele fliperama que costumava ser nosso ponto de encontro desde que tínhamos dezessete anos.

Ino Yamanaka, naquela época, tinha os cabelos loiros sempre presos em um rabo de cavalo perfeito, e nos lábios sempre trazia um batom vermelho que combinava perfeitamente com seu tom de pele e sempre estava levemente bronzeada devido a viver na quente Califórnia, onde fazíamos o mesmo curso de verão que teria fim naquele ano.

— Desculpe se sou melhor no basquete que você. — Os nossos olhos vibraram quando encontraram-se, e daí em diante eu soube que estava perdida. — O que foi?

— Quer saber sobre o melhor dia da minha vida?

— Eu adoraria. — Respondi, saindo do seu magnetismo e acertando mais uma bola na cesta, mesmo que minhas mãos estivessem trêmulas naquele momento.

— Quando eu entrei naquela sala de música e te conheci — Meu coração começou a sambar no meu peito diante daquela confissão. Eu já desconfiava dos meus sentimentos e quando ela pôs a mão quente em meu ombro, me forçando a olhar para ela de volta, eu tive certeza: eu estava apaixonada. — Você tocava o piano com uma majestosidade e delicadeza que me deu a calma que eu precisava naquele dia, e era minha audição para ser aceita no curso de verão. Eu só tinha dezessete anos e lidava com transtorno de ansiedade. Estar ali, era ir contra o que meus pais queriam. Desde então, não é só sua música que é capaz de acalmar todas as moléculas do meu corpo, mas também o som da sua risada... o jeito que você fica vermelha quando recebe elogios... seus olhos que parecem duas luas cheias... Ah, eu estou sendo uma boba, não?

— É a coisa mais linda que alguém já me disse — Eu confessei com toda sinceridade que habitava meu coração.

Naquele mesmo dia, ambas bêbadas, nos perdemos em um primeiro beijo selvagem que nos levou ao mesmo quarto. No mesmo ano, infelizmente, eu tinha iniciado um namoro com Toneri, meu atual marido."

Ou momentos como:

"... Deitei meu rosto exausto enquanto passava na televisão "10 coisas que odeio em você", o filme que eu soube ser o preferido de Ino e lhe dei de presente naquele mesmo dia o DVD junto com um sketchbook para seus desenhos com o tema do filme.

Seu amor ainda é tudo. (inoxhina)Onde histórias criam vida. Descubra agora