Henry Styles e Liliana Eyran se tornaram melhores amigos desde os seus primeiros passos, os dois juntos tiveram uma infância plenamente feliz e divertida sendo vizinhos no país do México, incluindo dias no parque, piqueniques a luz do sol e até mesm...
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Eu simplesmente não conseguia acreditar que Henry estava ali tão perto.
Ainda não sei dizer porque quis aquela última noite, muito menos porque deixei ele ir embora sem ao menos tentar impedi-lo. Acho que no fim meu orgulho falou mais alto do que meu coração machucado e quando ele assumiu que não poderia me escolher naquele momento o resto de dignidade que eu tinha pareceu evaporar.
Me senti nada mais nada menos que um objeto e eu me odiei ainda mais porque mesmo assim quis senti-lo por uma última vez.
Dei para Henry de bandeja os restos que sobraram da minha alma.
E não sei porque fiz isso.
Meus pensamentos estavam bagunçados, não sabia mais o que esperar da vida, ou do destino. Tinha xingado o universo durante todo o caminho de volta para casa e quando pisei na fazenda naquela mesma madrugada fria, meu avô me abordou da poltrona na sala:
—Ele te encontrou?
Levei um susto.
—Sim. -Tremi enquanto entrava na casa. —E ainda não sei quem posso culpar por isso. O México é enorme para ele ter me encontrado naquela maldita praia. -Resmungo.
—Ora, não xingue a praia Liliana, pode me culpar por isso.
Eu paraliso encarando meu avô.
—O senhor disse a Henry onde eu estava? -Soei confusa e me aproximei. —E como ele veio parar aqui?
—Sim, eu disse.
Arregalei meus olhos, incrédula.
—E quem lhe deu permissão para isso? Sabe o que me custou? -Caminhei até perto dele, o suficiente para que visse meus olhos vermelhos e inchados.
Eu nunca tinha faltado com respeito para Miguel, mas naquela situação perdi a cabeça.
—Até onde eu sei sou dono do meu próprio nariz. -Ele fez uma pausa me olhando. —E se além disso vai me perguntar porque o rapaz apareceu todo ensopado, fique sabendo que lhe dei um belo banho frio.
