Capítulo único: Vermelho sangue, a cor das rosas

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   Midoriya caminhava por seu extenso jardim, repleto de rosas, todas da cor branca, o lugar tinha o aroma doce do garoto, que tinha o mesmo cheiro das exuberantes flores, era fácil o encontrar naquele matagal com coloração de neve, seus cabelos e olhos esverdeados se destacavam no lugar.
   O garoto estava concentrado podando suas roseiras e regando-as, mas sua concentração e retirada pelo seguinte acontecido, Katsuki Bakugou chega por trás do pequeno príncipe, beijando-o na nuca e dizendo:

- Dentre todas as flores mais belas, você se destaca entre todas elas, sabia disso?-(Katsuki)

- E-Ei! Não sabia que vocês vinham hoje...-(Midoriya)

- A sua cerimônia de casamento tá chegando, estamos preparando cada detalhe para que nada de errado.-(Katsuki) Explica com um olhar expressando desgosto.

- Ah, é claro...-(Midoriya) Diz em tom de desânimo.

- Você não quer se casar com a minha irmã né?-(Katsuki)

- Você sabe que eu gosto de você, óbvio que não quero!-(Midoriya)

- Eu lamento...-(Katsuki) Diz colocando  a cabeça do menor em seu peito, e o abraçando pela cintura.

- Acha que algum dia poderemos ficar juntos?-(Midoriya)

- Se depender dos nossos pais, provavelmente não-(Katsuki)- Mas mesmo que tentem me separar de você, nunca vou te esquecer!-(Katsuki) Recita levantando a cabeça do garoto a sua frente lhe roubando um selinho, não faziam coisas a mais que isso, como um beijo de língua, ou trocarem carinho, havia a preocupação de serem pegos, ou de irem longe de mais...

- Vamos, temos que entrar para o castelo.-(Midoriya) Diz virando o rosto e puxando o maior para o grande local.

Entrando pelas portas dos fundos, os garotos sobem as grandes escadas com pressa, e vão ao salão secundário, foram repreendidos pelo atraso, mas ninguém se importou muito com o ocorrido, foi iniciada a discussão entre os reis e as rainhas sobre o casamento de Izuku e Hinami, irmã mais nova de Bakugou.
   Quanto mais o papo ia, mais os garotos se sentiam desconfortaveis.

- Com licença, eu e o Bakugou vamos ficar lá fora, nos chamem caso seja nessecario.-(Midoriya)

  Eles se levantam e voltam para o jardim.

- Cara, não aguentava mais, faz umas duas horas que nós ficamos sentados só escutando eles debaterem!-(Katsuki)

- É, tava realmente muito insuportável! Hahaha!-(Midoriya) o garoto dos cabelos verdes, forra um pano no chão e coloca algumas almofadas que pegará do castelo, se senta com as pernas cruzadas, e dá uns tapinhas sobre o joelho sinalizando para que o maior deitasse em seu colo.

- Você tem certeza?E se alguém vier?-(Katsuki)

- Tudo bem, você só vai estar deitado no meu colo, amigos também fazem isso!-(Midoriya) O loiro simplesmente coloca sua cabeça entre as pernas do amante, enquanto recebe um cafuné, o mesmo se senta e vira de frente para o que antes lhe acariciava, segurando seu queixo:

- Oque foi?-(Midoriya)

- Nada-(Katsuki) Diz aproximando seu rosto do garoto e lhe roubando um beijo, não um simples selinho dessa vez, mesmo sendo pego de surpresa o menor cede e em um singelo ato de demonstração de carinho há muitos sentimentos e desejos juntos.
   Hinami andava para o suposto esconderijo dos garotos, e ao se de parar com a cena não soube o que fazer, simplesmente correu para o castelo e ralatou o ocorrido aos pais, imediatamente os reis foram ao local.

- SAIAM DAÍ SEUS ABANTESMAS!-(Hasashi)

- Ei! Kacchan?!-(Midoriya) Olhou assustado para o de olhos rubis.

- Caso algo aconteça, me encontre aqui, um dia antes do seu casamento, você me promete?!-(Katsuki)

- Sim, eu prometo!-(Midoriya)

- Vamos sair.-(Katsuki) Falou pegando a mão do amado, e caminharam para frente de Masaru e Hasashi, que os olhavam com desprezo, como se fossem aberrações.
  Masaru puxou Katsuki com brutalidade e começou a insultar o garoto de todas as formas mais cruéis possível.
  Já Hasashi deu um tapa no rosto de seu filho, e começou-lhe a jogar a pragas e xingar-lhe, desolado o garoto chorava, mas era mandado que se calasse.
  No fim as famílias chegaram ao acordo, e castigaram os garotos, foram condenados a nunca mais se verem, e iriam ficar trancados em seus quartos até o dia do casamento, para previnir que fizessem algo além do acontecido, caso fosse nescessário sair do castelo, seriam acompanhados por guardas e pelos reis, para previnir qualquer chance de se aproximarem; seus compromissos e visitas a lugares das vilas foram cancelados, e foi explicado a situação aos donos dos estabelecimentos. Os boatos foram se espalhando por ambas as vilas, e em pouco tempo todos já sabiam, toda vez que algum dos príncipes andavam pelas ruas, era possível escutar comentários maldosos e lançado-lhes olhares de ódio, repugno e pena.
  
   Dias e dias se passavam, e como combinado, os garotos fujiram, Midoriya quebrou sua janela, com suas cobertas amarradas, improvisou em uma corda, amarrou uma ponta no pé de sua cama, e desceu, ao colocar os pés no chão correu para o esconderijo repleto de rosas.
   Katsuki, que sabia lutar muito bem, golpeou seus guardas, e correu pelas portas dos fundos, pegou um de seus cavalos e correu em direção ao canteiro e rosas brancas.
    
- Deku!-(Katsuki) Chamou abraçando Midoriya.

- Kacchan!-(Midoriya) Retribuiu chorando de emoção.

  Enquanto isso, era possível ver uma grande movimentação na vila Izuku, o  rei Masaru e seus cavalheiros vinham na frente:

- BAKUGOU! ONDE VOCÊ ESTÁ?!-(Masaru)

A população se uniu ao rei em busca do príncipe, alguns seguravam arpões, outros flechas ou até mesmo facas.
   Um grupo de pessoas invadiu o jardim de Izuku, e cercaram os garotos, Bakugou e Midoriya ficaram de costas um para o outro, mas não se desgrudavam em momento nenhum, Midoriya pode perceber algo vindo na direção do amado, que não perceberá,  o pequeno empurrou o olhos rubi, e se atirou na frente do arpão, caindo no chão, sangrando sobre seu canteiro.

- DEKU!-(Katsuki) Se ajoelho e agarrou o rosto branco do amante- DEKU! DEKU! POR FAVOR NÃO ME DEIXA! Por...favor....- Suas lágrimas caiam sobre o rosto do esverdeado, que levou sua mão gelada ao rosto do maior, e dizendo suas últimas palavras:

- Eu...te...amo,n-não...se esq-queça...d-de mim...-(Midoriya) neste momento sua mão caiu, e Bakugou só chorava sobre o corpo de quem um dia amou.
  
   Dês de então, seu canteiro antigamente branco como a neve, ganhou a coloração vermelha de seu sangue, e hoje em dia, há boatos de que o espírito do garoto continua no lugar conversando com as plantas e confortando a seu amor, que agora cuida de suas rosas em seu lugar...

    Espero que tenham gostado dessa one-shot, desculpe qualquer erro ortográfico!

 

•°Maldição das Rosas°•Onde histórias criam vida. Descubra agora