- [♡] 1 :: um começo;

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PARK JIMIN
13 de julho.

Todos os dias me lembro do teu sorriso, dos teus olhos, das tuas mãos, de ti.

Eu ainda me lembro, depois de tudo que você me fez.

E o pior, eu ainda te amo, gguk.

Ainda me lembro de quando nos conhecemos, da forma que nossos olhares se encontraram e de como mexeu comigo em tão pouco tempo.

Foi...

O dia estava nublado, a manhã fria, o vento forte corria por todos os lados, e o céu carregava nuvens escuras. Eu estava indo em direção ao café no centro de Busan. Coffee Paris.

Assim que abri as portas o barulho dos sininhos irritantes foram ouvidos. Estava tudo vazio.

Isso não era normal, era uma cafeteria, onde estavam funcionários?

Confuso, eu apenas chamei por alguém, mas me arrependi.

- Olá! Bem vindo ao Coffee Paris. O que deseja? - uma garota respondeu enquanto passava pela porta de um pequeno quarto ao lado da... cozinha?

Ela parecia envergonhada. Sua boca estava vermelha, a roupa amassada, o pescoço rodeado por marcas e sua respiração estava irregular.

- Um latte macchiato, por favor. - respondi educadamente, atento aos detalhes.

Então você apareceu, no mesmo estado que ela, se não ainda pior. Seus cabelos bagunçados, teu pescoço manchado por um rastro de batom e alguns arranhões. E por mais que estivesse consideravelmente longe, era possível ver sua ereção.

Uau, ele era grande.

Pegando uma colega de trabalho durante o expediente?

Você percebeu para onde eu estava olhando enquanto tentava desamassar seu uniforme, o vi engolindo a seco e desviando o olhar.

Você ficava lindo corado. Foi fofo.

Passaram alguns minutos e a garota voltou, me entregando o pedido e sorrindo educadamente. Ela era encantadora.

- Mais alguma coisa?

- Por hora não... - levei meu olhar ao crachá pendurado em seu avental. Lee Ji Eun. - Senhorita Lee.

- Pode me chamar de Ji. - disse simples. - Vou voltar a cozinha, se quiser pedir algo, peça ao Koo- Jeongguk.

Ela já tinha te dado um apelido carinhoso? Tadinha, tão ingênua.

A sua risada irônica foi audível, assim como foi possível ver seu sorrisinho debochado. A senhorita Lee ficou envergonhada.

- Ok. Muito obrigada, Ji.

Então eu te olhei, vagando pelo teu rosto, reparando nos detalhes, imaginando como seria tocá-lo, imaginando a textura de sua pele.

Como seria te ter?

Quando terminei o meu macchiato, fui ao caixa. Eu iria deixar o dinheiro no balcão e tentar não esbarrar com você de novo, mas você não deixou, não é mesmo?

- Ei... - sua voz saiu tímida.

E eu tenho quase certeza de que me prendeu foram os teus olhos, eles pareciam imãs, eram brilhantes, escuros, e o formato deles eram tão convidativos.

Eles prendiam qualquer um.

Naquele momento eu percebi que não era um garotinho bobo. Percebi que não deveria me aproximar, nem aceitar nada que viesse de você.

Mas eu nunca segui meus próprios conselhos.

- Sim?

- Se importa em me passar seu número?

- Onde eu anoto?

Eu vi o seu sorriso convencido quando me entregou o celular.

Eu saí daquela cafeteria consideravelmente arrependido, eu podia ter dito que não passaria meu número para um estranho, mas não foi isso que eu fiz.

E foi exatamente isso que me fodeu.

Fala sério, você estava aos beijos com uma colega de trabalho em horário de expediente.

O que poderia vir de bom de você?

Essa é a resposta, docinho. Nada.

eu matei por amor • jjk + pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora