capítulo 2

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Estava me preparando para sair, a concentração seria na praça. Peguei a mochila, que esteja transbordando de coisas, que iam desde os cartazes até vinagre (usado para cortar o efeito do gás lacrimogênio). A aquela altura não havia nada de novo, há dias era a mesma coisa: nos reuníamos, combinávamos pontos estratégicos, como a prefeitura, a câmara dos deputados; Nos dirigíamos para lá, os policias chegavam e tentavam nos impedir e começavam os confrontos, que ficavam mais violentos a cada dia.

  - Prontos para mudar o país? falei ao chegar na praça e encontrar meus amigos.

  - Vamos lá! Pensou em alguma frase de efeito? Perguntou o Miguel.

  - O que você acha de '' Pai, afasta de mim esse cálice (cale-se)'' ? 

   - Essa aí é antiga... Do tempo da ditadura militar.

  - Antiga nada, é clássica. E após décadas a mensagem dela, ainda que com algumas diferenças, não perdeu seu sentido.

  - Deixa de desculpa, isso é só porque a senhorita é fã do Chico Buarque. 

  - Obviamente isso ajuda, mas vai dizer que ele não é um poeta? Falei rindo.

  - Não há nada que eu vá falar que vai te fazer mudar de ideia então tudo bem, vai ser esta mesmo. Nós dois rimos.

***

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⏰ Última atualização: Jan 14, 2015 ⏰

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