Desisto

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Não acredito em nada de bom de quem me jogou na sarjeta.
Quem deixou-me vazio e no escuro e teve a audácia de dizer: "ficará tudo bem”, sendo este o algoz da minha desgraça.

Não existo, por doar-me a quem não deveria,
Para aqueles,  cuja as pernas são rápidas para
fazer a maldade, para rabiscar as piores atrocidades no peito humano.

A cada vazio que sinto, é o corpo reclamando de que já
não caibo em mim.

(Paradoxo do ser)

Vontade de voar, com as asas cortadas.
Sobreposição do que sou e do que eu era,
Não tem sentido algum vislumbrar
um caminho novo e levantar da queda.

Para quê? Logo vão colocar os pés para meu
tropeço e me derrubar em um novo abismo.

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