Apolo - 12 anos

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Havia terminado de colocar o uniforme do futebol na mochila quando ouvi a buzina pela janela do quarto. Era tia Mary, mãe de Alpha, que me daria uma carona até o campo.

Entrei no carro e me sentei no banco de trás, junto com a figura loira de olhos azuis e pele clara, que me encarava sorrindo.

-Oi Polo! – Claro, apenas ela me chama assim há anos.

-Oi Baixinha, tia Mary.

-Olá querido, como está? – A mãe de Alpha me perguntou.

Gosto da tia Mary, ela sempre foi muito simpatica e ultimamemte, quando podia, me levava é todos os jogos de futebol, contanto que Alpha pudesse ficar nos jogos e assistir a todos os treinos, e quando terminassem, eu me responsabilizasse de leva-la para casa em segurança. Eram bons termos, ao meu ver. Quase sempre ela deixava também dinheiro para um sorvete.

-Estou bem tia, obrigada.

-Polo, podemos tomar um sorvete depois do jogo? – Questionou, porém eu já esperava. Em quase todos os jogos do verão ela me fazia a mesma pergunta.

-Só se meu time ganhar. Se não, estarei muito triste para tomar sorvete. – disse em tom de brincadeira, sabendo que ela rebateria.

-Se o seu time ganhar, tomamos para comemorar. Se perder, tomamos para ficarmos mais feliz. O que acha, Polo?

Não tinha argumentos com ela. Alpha queria, eu faria. Simples assim.

Sorri para ela, e ela sabia que era mais uma batalha ganha para ela. 

Trajeto Paralelo - Alpha e Apolo | Parte I (Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora