Capanga, a pista.

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Chegando na sala de aula, várias pessoas me olhando e me encarando, o que não era novidade, já estava acostumada,simplesmente pelo fato de ser a rainha das tretas. Olhei o relógio e vi que estava atrasada, sai correndo desesperada e quando vi estava jogada junto com as minhas coisas. Nunca senti tanta vergonha na minha vida, todos ao redor me olhando e minhas calças totalmente borradas de lama, e eu achando que não podia piorar, levanto minha cabeça e dou de cara com Karen, mais conhecida como "a piranha", não gosto muito de chamar ela assim, pelo fato de nós já termos sido melhores amigas no ensino médio. Digamos que eu e ela não combinamos muito, e ela achava que eu á copiava, mas eu ainda acho que é tudo ao contrário. Basicamente o propósito de vida dela, era me encher e ser igual a mim.

- Parece que o porco encontrou o seu lugar!

- Não enche Karen!

- Kevin, me dá a garrafa de água.

- Karen, você não vai fazer isso não.

- Não? me dê um motivo.

- Não precisa. O que você tem contra mim em? eu sei que você quer ser igual a mim, mas por favor, já esta passando dos limites. Não se rebaixe a esse ponto  Karen.

- Igual a você? Quem iria querer ser alguém que nem pais tem. E que ainda por cima tiraram as suas vidas e deixaram as filhas sozinhas?

- PELOS MENOS ELES ME AMARAM E ESTAVAM JUNTOS ATÉ A MORTE DELES. 

Eu sabia que aquele era o ponto fraco dela. Mas eu não tenho culpa, ela também tocou no meu e eu não deixo barato, A Karen desde de pequena muito amor dos pais e logo que eles se separam, ela recebeu muita pressão para decidir com quem ela deveria ficar. Ela acabou ficando com o pai que a bateu por muito tempo e hoje ele está preso e a mãe fugiu. Ela mora sozinha e se sustenta desde dos 18 anos.

Karen se alterou e sua mão já estava em minha direção para  transferir-me um tapa. Quando eu vejo braço do Harry interrompendo a baixaria.

- Eu não faria isso se fosse você. Escuto voz calma e debochada do Harry.

- Quem é você? Pergunta Karen num tom bravo.

-Eu? Sou o oficial Harry. Namorado da Megan. Por quê?

- Namorado?

- Sim. Vamos sair daqui logo Megan.

Harry tira seu casaco preto e quente e cobre minhas calças, me abraça e devagar me leva até o seu carro.

-Obrigada.

- Não precisa agradecer. Só fiz o que eu tinha que fazer como seu como seu namorado falso.

Nesse momento percebi o quanto o Harry era precioso, ele foi a primeira pessoa disposta a me proteger.

-Olha se você quiser chorar. Pode chorar. Eu sei bem como é passar por atormentações assim, eu não vou te julgar.

Nesse momento meu coração desabou e comecei a chorar compulsivamente. Ele cobriu minha cabeça com um manto e me abraçou. Adormeci ali mesmo e acordei em uma cama totalmente desconhecida.

- Bom dia durminhoca.

- onde eu estou Harry?

- Bem vinda a minha casa e no momento você está deitada na minha cama.

- Eu não acredito nisso.

- Chega de enrolação que eu consegui uma pista.

- Uma pista? qual?

- Eu achava que deveríamos esperar mais cartas. Mas não tinha certeza de que ia chegar mais, então decidi procurar por mim mesmo. E eu também acho que deveríamos começar de baixo da piramide e ir subindo aos poucos. O que você acha Megan?

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