C A P Í T U L O 2

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Escrito por: JuliaDeOliveiraPorfi

Como sempre sentamos nas cadeiras próximas as janelas, logo depois de um revirar de olhos nada sutil do professor bigode

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Como sempre sentamos nas cadeiras próximas as janelas, logo depois de um revirar de olhos nada sutil do professor bigode. Apesar de - por culpa da Amélia - chegamos atrasadas, ninguém se atreveria a sentar nos lugares ocupados por nós.

Talvez isso aconteça pela minha personalidade forte, me consideram uma pessoa muito explosiva e minha presença causa um certo medo nas pessoas, não me julguem, afinal isso não seria assim se a Lia não tivesse se metido em confusão no ano passado, (na verdade ela vive se metendo em confusão). Por ser uma menina muito calma, tranquila e a maioria das vezes boba, ela acabou "irritando" uma das garotas que se dizia "popular" aqui na Universidade. Ela afirmou que Amélia tinha dado em cima do namorado dela, mas na verdade ele é quem estava com gracejos para com minha amiga. Ficava mandando piscadelas escondidas ou então beijos, outrora ele tinha convidado ela para ir na casa dele com a desculpa de que era pra ajudar em um trabalho. De certa forma não o culpo, pois modéstia parte minha amiga é dona de uma ótima aparência, mas isso não lhe dá o direito de ser um macho escroto.

Moral da história, a tal da Elisabeth quis bater em Lia, super adulto da parte dela, mas óbvio que eu não iria deixar, Amélia era inocente nesta história. Posso ser bastante mandona com ela, mas só porque quero o melhor que a vida poderá dar a ela, e não quero que ela volte a ser aquela menina triste e sem expectativas de futuro de quando sua mãe faleceu. E eu nunca deixarei alguém encostar um dedo que for nela.

Bom, voltando pra corna da Elisabeth, eu acabei metendo a mão na cara dela pra ver se ela deixava de ser abusada e ridícula, (nada adulto da minha parte, pois é, a perfeição custa muito) e depois bati no safado do namorado dela também, como minha mãe costuma dizer, sou uma fada sem senso, porque não tenho um pingo de paciência para dialogar com as pessoas que não estão próximas o suficiente de mim, ainda menos com as ridículas e abusadas. Depois disso todos começaram a me tratar com um certo respeito e medo, consequentemente não mexem com Lia, mas eu não ligo até gosto disso, assim ninguém me aborrece.

Vocês devem estar se perguntando - ou não né, quem sabe? - como eu não levei uma advertência depois desse show de tapas e alguns socos. Isso foi graças a minha amada mãe e o tio Joaquim, como já foi citado antes, nossos pais tem uma biblioteca e uma grande e famosa empresa no ramo editorial ao qual não nos interessa. Ou seja, sempre fomos filhinhas ricas e mimadas, só que esse título só faz jus a uma de nós e certamente que não sou eu.

O resto da aula passou feito uma tartaruga com câimbra, e depois do fiasco de hoje de manhã não tive tempo de me arrumar adequadamente para a aula, fiquei quase meia hora tentando acordar o bicho preguiça que é Lia, ela tem sérios problemas em acordar cedo e escutar o que digo, Lia não tem uma vírgula de compromisso com os horários, mas não são horas para discutir todos os defeitos de minha amada amiga. Como disse antes não pude me arrumar direito, mas claro que isso não impede Christian Cooler de me estressar.

Christian faz parte do time de futebol da faculdade, Lia costuma dizer o quanto ele gosta de mim, mas não podemos acreditar em tudo o que ela diz. Ele é bonito de certa forma, tem um belo par de olhos caramelos e um sorriso lindo, além do corpo esguio e musculoso. Mas eu não estou muito interessada em atletas no momento, preciso me concentrar apenas em minha carreira de jornalista.

- Oi Mali, você está linda hoje. - Diz o garoto caminhando ao meu lado.

- Agora não Christian, hoje não foi um bom dia. - Falo ao lembrar da manhã turbulenta de hoje.

- Amélia te fez chegar atrasada de novo? - Olho para ele com cumplicidade.

- Sim e eu nem tive tempo de arrumar o cabelo, ela vive reclamando que eu demoro horas demais para arruma-lo. - Pois é, sei que disse não estar interessada nele, mas não em um sentido amoroso. Ele é um bom ouvinte e gostaria muito que só gostasse de mim como amiga.

- Nossa, mas sabe que eu nem percebi. Você fica linda de qualquer maneira. - Dou-lhe um olhar de advertência. - Eu sei, somos apenas amigos. Eu sei que nunca serei digno do amor da minha rainha do gelo. - Ele me olha com um olhar de cachorro sem dono o que me faz rir.

- Você é inacreditável - Ele sorri.

- E você é muito malvada e sem coração. - Somos interrompidos pela chegada atrasada, de novo, de Amélia.

- Imaginei que veria os pombinhos aqui juntinhos. - Ela e Christian trocaram olhares de que tinham tramado algo maléfico para mim.

- É com muito pesar que anuncio ter chegado a minha hora de partir. Não quero atrapalhar a fofoca entre vocês - Disse ele cheio de graça e sarcasmo, referindo-se a nossa tradição.

- Como se você tivesse o direito de ser incluso em nossa apuração jornalística dos acontecimentos vividos neste lugar. - Falo e ele dá uma gargalhada genuína e vai em direção ao campo de futebol.

- Gosto dele. - Pronúncia minha melhor amiga, com certa malícia na voz. Enquanto o vemos se distanciar.

- Não começa, já falei que não quero compromissos no momento. - Ela revira os olhos.

- Só está dizendo isso por ele ser atleta, não entendo por que insiste em despreza-los.

- Claro que entende, você lembra muito bem que fui dispensada em público por um deles. - Vejo a sombra de um sorriso em seus lábios à medida que ela lembra desse trágico dia.

- Mas nem todos são assim, principalmente o Christian, já que sua intuição não apitou quando o conheceu. - Ela tinha um ponto.

- Realmente, mas ainda tenho receios. - Andamos em direção ao refeitório. Se um dia ocorrer de me apaixonar por alguém, esse alguém não será um atleta, mas uma pessoa bonito e inteligente... Mal sabia eu que essas características seriam acompanhadas pela ruína de minha vida.

- Depois não reclama de estar sozinha. - Deixo-a falando com as paredes e vou para a grande fila de pessoas com fome a espera de comida e tempo para socializar.

- Você é um poço de mau humor, sábia? - Questiona ela assim que me alcança na fila. Eu reviro meus olhos.

- E você é um poço de inconveniência - Ela ri de meu comentário maldoso.

- E é por isso que me ama. - De fato.

Não esqueçam de deixar a estrelinha, meus queridos❤

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Não esqueçam de deixar a estrelinha, meus queridos❤

Beijos...


Até que a morte nos separe Onde histórias criam vida. Descubra agora