Little Things - Capítulo 7: When you smile

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~HARRY ON~

Minha mãe vive falando que eu só faço besteira, bem... acho que posso dar um pouco de razão a ela. Eu beijei a Seunome, cara,que loucura. Até agora não entendo porque fiz aquilo,mas ela ficava lá fazendo aquela cara de brava, me xingando de várias coisas das quais nem me lembro e eu só conseguia prestar atenção no brilho de seus olhos e na movimentação daquela boca.

Quando vi, já tinha ela em meus braços, aquele cheiro doce dela já me envolvia. Perdi a noção, mas tenho que recuperar, jurei a mim mesmo que nunca faria aquilo.

Xxx: (toc - toc) Posso entrar? - Fui tirado dos meus pensamentos enquanto olhava para o teto do meu quarto

Era o George, pai da Seunome... o que será que ele fazia ali, será que ela contou o que houve, por um momento congelei.

Eu: Pode sim. - sentei na cama

George: Harry... eu queria conversar com você sobre uma coisa
Eu: Pode falar - Se aquela garota tiver ido fofocar, eu mato ela

George: Primeiro, eu quero dizer que confio muito em você e o considero um amigo
Eu: Da minha parte, digo o mesmo de você.

George: Você conheceu minha filha e pelo visto não foram muito um com a cara do outro
Eu: É, acho que não somos muito parecidos

George: Mas ela é uma boa pessoa, é que depois que ela já sofreu muito e sabe... nem gosto de falar muito nessas coisas - Ele abaixou a cabeça

Não entendi muito bem, ele estava tentando justificar a chatice da filha dele. Como assim sofreu muito? Ela tem tudo, ele é super carinhoso com ela, se eu tivesse um pai desses iria estar feliz

Eu: Okay George, eu entendo.

George: Ela é uma menina meiga sabe, mas começou a ter essa má atitude de uns anos para cá. E não sei como acabar com isso. Já fiz de tudo, psicologo, esportes, aulas de dança, lutas marciais, mas em nenhum desses ela se dava bem

Eu: Quem sabe ela não gostaria de aulas de música? - Falei e vi que seus olhos se ergueram felizes
George: Você acha que ela ia gostar?

Eu: Pelo pouco que conheço dela, acho que sim.
George: Tá vendo? Sabia que você seria um ótimo irmão para ela. - Por algum motivo esse ''irmão'' me soou como um insulto

Eu: Bem, talvez eu possa tentar amansar a fera - pensei alto e olhei para ele, que ria

George: Confio em você Harry, amo demais a sua mãe e quero que nós quatro formemos um linda família feliz. Fiquei sabendo que esse fim de semana vai ter uma festa na casa de um amigo seu...

Eu: É, vai ter sim.
George: Você vai né? - eu assenti- É que a Seunome pediu para ir, mas eu ainda não dei a resposta final, não sei se é uma boa ideia, ela sempre apronta nessas festas

Eu: É, você que decide

George: Eu deixaria ela ir se você cuidasse dela
Eu: O que? Eu? Cuidar dela?

George: Harry, conto com a sua ajuda. Você pode ficar de olho nela, não deixar ela ir para o mal caminho - Eu ri com esse ''mal caminho'' Eu era o ''mal caminho'' na minha escola

Foi legal me sentir como alguém em quem se pode confiar, George foi a primeira pessoa que me depositou uma real responsabilidade, todas as outras pessoas me tratavam como se fosse um moleque. Mas ele não. Mostrou que confiava em mim. Decidi aceitar a proposta e tentar controlar aquela pimentinha da filha dele.

Ele saiu do meu quarto e eu fiquei lá tocando um pouco... de violão, é claro rs. Até que decido ir ao quarto da Seunome, eu quero deixar bem claro que aquilo que fizemos foi um erro. Bati na porta e fui entrando, ela não estava ali, até que ouvi uma voz doce de menina cantando uma canção de ninar. Fui bem devagar e a voz vinha do closet. A porta estava aberta e olhei de canto.

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