Meus Olhos São Poder

Banquete

Durante o banquete a família real conversava entre si e com outras pessoas, o mais interessante era eles serem gentis com todos ali e alguns até sorrirem para eles, o normal seria todos abaixarem suas cabeças e evitar contato visual.

- Senhores, eu Tân Ludlow dou as boas vindas a todos os novos nobres que compartilharam da sua riqueza com a Nobreza. - disse olhando a todos com uma postura invejável - Como fazemos todos os anos, escolhemos os mais novos e bem sucedidos no nosso mercado para ajudar a Realeza na sua riqueza, claro, vocês seram recompensados com tudo que desejarem. - deu um sorriso fechado - Os homens podem ter as mulheres que desejarem, as mulheres o que quiserem, aqui vocês são livres e meus cidadãos mais preciosos. - concluiu olhando para a sua filha.

- Eu Seren Ludlow direi as regras. - olhou a todos - um: ninguém pode me desejar; Dois: nada do castelo será seu; três: obedeça a nós e terá proteção. Eu sou a futura rainha. - sentou-se.

Então aquele jantar não era exatamente um banquete de comemoração e sim uma cilada para manter os homens e mulheres que tinham dinheiro na linha e lhes mostrar quem manda.

Agora estamos agindo com "liberdade", podemos pedir "o que quisermos", mas não é assim, a manipulação acontece da forma mais sutil, dando a liberdade nem que seja um pouco para certos homens, podem descobrir quem será o próximo a ser enforcado ou o que vai ficar calado de cabeça baixa.

- Essa liberdade é uma idiotisse.

- Idiota é quem acredita nela Partner.

Os dois riram, mas estavam preocupadas com o futuro, o que iria acontecer? Será que algum dia eles seriam realmente livres naquele mundo? Ou apenas viveriam pela eternidade no comando de Ludlow?

Darogan começou a ter uma dor de cabeça leve, algo estava o incomando, alguma pessoa naquele lugar, tinha alguém ali diferente, mas resolveu ignorar esse pressentimento, aquele lugar não era apropriado para mostrar quem ele realmente era.

Tinha uma mulher no fundo que tinha chamado a atenção de Darogan, ela era linda e pertencia a família Torf, eles sempre vestiam roupas pretas e ela não era diferente, tinha os cabelos pretos como a noite e os olhos cinzas como um tempo nublado e sua pele era um marrom clarinho.

Darogan estava encantado, esperava no final de tudo ir conversar com ela, nunca tinha visto uma mulher tão bela.

- Ei, Partner já viu aquela mulher?

- Ela? Já! conversei com ela quando você estava no Jardim, se chama Noson Torf. - olhou desconfiado para o irmão - porque?

- Só achei ela bonita, apenas isso.

- Pelos deuses, então até você se apaixona? - começou a rir.

- Eu não estou apaixonada, apenas senti uma atração física, cala a boca. - virou a cara e voltou a pensar sobre coisas aleatórias.

Foi então que começou uma onda de sussurros no fundo, as pessoas começando a ficarem agitadas e toda aquela agitação passando para as pessoas da frente até chegar na família Duw.

Tudo que diziam era: corram em sussurro. Noson levantou rapidamente do banco olhando para todos principalmente para os Ludlow.

- EU SOU A RESISTENCIA E JAMAIS VOU ME RENDER A PESSO...

Tudo ficou escuro, começou! Seren usou seu poder, ela podia controlar a luz e a escuridão deixando tudo completamente escuro e somente ela poderia enxergar.

Todos estavam parados nos cantos das paredes sem ousar se mexerem pois seriam mortos sem nem saberem como.

O mais chocante quando a luz voltou foi ver Noson com corvos sendo incinerados ao redor dela pelo poder da Rainha e mais uma vez a Escuridão veio a tona.

- PODEM TENTAR ME ESCODER MAS EU TAMBÉM SOU COMO OS LUDLOW, EU TENHO PODER, E EU CONTROLO ANIMAIS DA FAMILIA TORF E NÃO SEREI CALADA.

Quando a luz voltou ao normal, Noson não estava mais ali e todos estavam chocados com o tinha acontecido, ninguém sabia o que falar e como reagir.

Eles não estavam perdidos, a nova geração estava vindo com poderes e eles poderiam lutar agora, mas o que fazer?

- PROCUREM! - Gritou Tân para seus guardas - Procurem e a tragam para mim, se ela resistir matem e me tragam sua cabeça. - olhou para os membros da família Torf e disse - matem todos eles, mostrem para aquela garotinha quem é que está no poder.

Todos da família Torf começaram a gritar por misericórdia, implorando para serem perdoados, alguns estavam procurando um jeito de sair dali, mas os guardas não deixaram ninguém sequer chegar na porta ou nas janelas.

- Se alguém que está nesse salão ousar espalhar boatos do que aconteceu, teram o mesmo destinos dos Torf.

Naquela tarde todos vimos alguns da família Torf sendo enforcado e outros queimados vivos no belo jardim do castelo. A plateia que assistia aquele cenário era a própria Realeza,os convidados do banquete daquela noite e os soldados.

Dava para ouvir os gritos da família, pedidos de socorro e misericórdia, mas o que mais impressionava e aos mesmo tempo não, era a seriedade no olhar dos Ludlow.

Darogan só pensava em uma coisa naquele momento: em como ele ia saber quem era igual a ele? Como achar Noson? E jamais mostrar o seu poder a alguém como os Ludlow. Ele não queria ter a sua família enforcada e queimada.

Todos estavam em silêncio, ninguém ousava dizer uma palavra sequer. E foi daquele jeito que terminou a sua primeira visita ao Palácio.

Já na carruagem de volta para casa, os Duw ainda estavam digerindo tudo que tinha acontecido. Tinham pessoas igual a Darogan, ele não estava sozinho, nao mais.

- Então... Não sou apenas eu?

- Parece que não irmão, e pensa o quão sortudo você é: a pessoa que você se apaixonou também tem um poder. - riu tentando descontrair o clima.

- Mãe cala a boca dele por favor - disse com a cara séria.

- Partner não é um momento muito bom para brincar agora, não quando uma coisa tão séria aconteceu, você não viu? Mataram a família da menina.

- Me desculpa mãe. - abaixou a cabeça.

- Eu amo vocês, não quero perde-los, vocês teram que tomar mais cuidado a partir de hoje, a Realeza vai vigiar todos que estavam lá dentro agora, isso é certeza.

- A senhora tem razão, eles não vão deixar nada estragar a monarquia deles.