Capítulo Três: A Lenda

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   Andrew acompanhado de Louis veio me buscar no quarto. Como não tenho muito opção do que vestir, pego uma calça jeans clara e surrada, um suéter e um converse. Sei que vai fazer frio lá fora e eu não sou uma loba e sinto frio. Penteio meus cabelos castanhos claros e respiro fundo antes de sair do quarto. Andrew me olha sorrindo e segura minha mão entrelaçando nossos dedos. E Louis gruda em meu braço desocupado.

   Penso em frações de segundos que seria incrível ter uma família. E tenho uma visão: Eu, Andrew, Louis e duas crianças; uma menina e um menino. Ambos correm em nossa direção. O menino tem cabelos platinados e olhos azuis claros quase branco e a menina cabelos castanhos quase preto igual ao de Andrew e seus olhos são iguais ao do menino. A menina é mais velha que o menino, e eles sorriem.

- Eles são lindos... - ouço a voz rouca de Andrew, tirando-me do meu transe. Pisco algumas vezes e olho pra Andrew que tem um sorriso imenso.

- Sim... - disse envergonhada.

- Vamos Tia Izzy - Louis diz fazendo eu e Andrew desconectar-mos nossos olhos um do outro.

   Caminho lado a lado com os dois, saímos da grande casa e fomos a um espaço aberto com uma fogueira no meio. Olho e vejo que já tem bastante pessoas agrupadas, as crianças e os jovens sentam no chão, os adultos sentados sobre os vários troncos de árvores que estam dispostos sobre o solo, há muita gente, então os casais ficam grudados um no outro e os outros sentam lado a lado. O Alfa está sentado num espaço que cabe mais algumas pessoas. Valentim, Carla, Juliah e Samira estam sentados ao lado do Alfa. Juliah esta sentada no chão ao lado de Liah e logo Louis também senta-se no chão. Enquanto Andrew me puxa me fazendo sentar muito próximo a ele. E percebo que Samira está grudada a Valentim.

- Eles são companheiros. - Andrew diz ao meu ouvido. Oh! Então provavelmente Liah e o bebê sejem filhos dele.

- E são... - Andrew diz lendo meus pensamentos. Eu odeio isso.

- Eu já te disse que é inevitável. - ele sussurra em meu ouvido.

- Silêncio! - o Alfa exclama e todos se calam na mesma hora. Andrew segura minha mão.

- Vamos dar inicialização da história. - ele continua.

- Diz a lenda de nosso povo, que numa bela noite de lua cheia, ao norte da Grécia. Dois bruxos muito amigos estavam a discutir, sobre um assunto sério. O primeiro bruxo teimava em dizer que a peste estava assolando a população e que eles precisavam fazer algo a respeito. Já o segundo bruxo rebatia dizendo que a única forma de banir aquelas criaturas era criando uma outra que não prejudicasse os humanos.

Durante 6 luas, os dois bruxos estudaram incansavelmente um método de dar origem ao seu plano. Enfim, lembraram da antiga história de seu povo, sobre os Deuses que tanto acreditavam.

E olhando para o céu, constataram algumas constelações. E a que mais chamou a atenção dos dois foi a costelação do Centauro, ela aparentemente emanava muita energia. Mais e mais luas se passaram, e aqueles dois amigos bruxos continuaram a observar aquela constelação.

Já era lua cheia de novo, e o céu estava coberto por nuvens deixando apenas a grande e bela lua a vista, os dois ficaram possessos, até que o segundo bruxo apontou para o céu, exclamando para o amigo: Lá!. E apontou para cima. O primeiro bruxo olhou e viu uma constelação menor ao lado da constelação do Centauro. E ambos enfim viram que não era a de Centauro que emanava a aquela grande energia e sim a pequena constelação ao lado, denominada como Lupus.

Os dois bruxos se entre-olharam e descobriram uma forma de fazer o feitiço dar certo. Eles esperaram a Lua cheia chegar ao ápice da noite para iniciar o ritual.

Lupus: A Origem dos LobosOnde histórias criam vida. Descubra agora