Capítulo Um: Acordando em um lugar desconhecido

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   Abro meus olhos e sinto uma claridade forte sobre meu rosto. Meu corpo inteiro doí. Afinal das contas não estou morta?! Se não estou morta aonde estou? Pelo que me lembro estava na floresta, e... Um lobo estava em cima de mim, e logo era um homem e depois apaguei. Oh Merda! Minha cabeça doí, meu corpo inteiro doí.

- Já demos um remédio para dor, logo passará o seu desconforto.

   Assusto-me ao ouvir uma voz grossa e assustadora, a mesma daquele homem-lobo. Viro-me devagar e arfo de dor.

- Hey... Não se mexe! - ele disse indo até a cama em que estou. Olho para ele assustada. O que ele quer de mim?

- Não se preocupe, não vou te machucar. - ele diz baixinho. Ha! Quem garante que não?!

- Lhe dou minha palavra que não ferirei-lhe mais. - ele diz baixinho olhando para os lados como se sentisse dor. Como se a palavra dele vale-se algo para mim.

- Assim você fere meu ego Princesa. - Mas o quê?! Desde quando ele consegue ler meus pensamentos?

- Desde... Argh, droga! Desde que você está ligada a mim. - ele disse e eu fiz cara de quem não entendeu absolutamente nada.

- Em breve você saberá, agora descanse. - ele completou. Virando-se para sentar-se na poltrona em que estava minutos atrás. E só agora pude perceber que ele está vestido, com uma calça jeans preta e uma camisa xadres com os três primeiros botões abertos e com as mangas dobradas até o cotovelo, e descalço, com os cabelos castanhos escuros muito lisos, completamente desgrenhados. Seu olhar de preocupação e culpa é o mais evidente. Após checar mais uma vez este homem-lobo que não sei o nome, acabei dormindo de novo.

   Mesmo inconsiênte pude ouvir vozes bem perto de mim. Uma eu conheço era o tal cara que me atacou na floreta, outras duas eu não reconheci.

- Diga Andrew, você vai ou não clamá-la como sua companheira?

- O que você acha? Mesmo que não quisesse ela já está ligada a mim, sem ao menos fazer a cerimônia de compartilhação. - ele disse, Oh então seu nome é Andrew?!.

-Mas não sei se posso fazer isso com ela. Eu a machuquei. - ele completou.

- Filho... Você não sabia, agora não deve ficar se culpando por isso, todos nós não iríamos adivinhar que ela seria sua prometida.

- Eu sei pai, mas me sinto mal por tê-la machucado.

- Andrew, pense bem cara... Você sabe o que acontece com quem rejeita sua companheira. Sei que é um tanto inusitado, um de nós ter a prometida uma bruxa. Muitos de nós tem humanos ou da nossa espécie, mas não pense demais, se você mesmo disse que ela já está ligada à você, é melhor que pense rápido, pois a lua nova logo chegará e seu tempo terá se esgotado.

- Eu sei disso, ok? - Andrew disse com raiva.

- Filho agora vamos deixar vocês sozinhos, venha Valentim deixe Andrew pensar um pouco.

- Sim Alfa. Até mais amigo!

- O mesmo...

   O quarto ficou em silêncio, um silêncio pertubador. Será que ele saiu?

- Não estou aqui... Sabe que é feio ouvir conversa dos outros enquanto finge dormir?! - Andrew diz aproximando-se e eu abri meus olhos, ele me olha preocupado.

- Desculpe-me. - disse e ele assentiu.

- Você está bem? - ele pergunta e eu não respondo.

- Pode falar comigo, não vou te machucar ok? - ele diz, e vejo sua aurea se tonificar para um azul com amarelo. Isso me deixa tranquila, pois na floresta sua aurea estava marrom com vermelho e aquilo não era bom.

Lupus: A Origem dos LobosOnde histórias criam vida. Descubra agora