Chapter 4

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Dois anos antes

- Sabe por que ele terminou comigo? Porque ele não gosta da nossa amizade. Acredita nisso?

- Ele tem ciúmes da gente?

- Não é idiota? Claramente somos só bons amigos. Por que ninguém entende isso? - cruzo os braços.

- Talvez seja porque você é mulher e eu sou homem. É raro amizades assim por aqui.

- Eu sei, mas, se eu digo que somos amigos, ele tem que acreditar e confiar em mim.

- Eu confio em você. - revirei os olhos.

- Claro, né. - o empurrei de leve e sorriu.

- Esquece aquele idiota. - me abraçou.

- Eu só queria que alguém me quisesse de verdade, entende? - nos encaramos.

- Perfeitamente.

Entramos em um bar e pedimos soju como sempre fazíamos em dias como esse. Jimin sabia me desarmar. Eu só bebia assim com ele, até porque eu me tornava outra pessoa. Uma bem chata, inclusive. Ficava reclamando da vida e lhe dava trabalho.

- Yah...já te falei o quão bonito você é? - tomei outro shot. - As armys tem razão em se apaixonar por você. Só não entendi porque você ainda não namora.

- Por que você acha?

- Hm...você é um idol. Mas isso não é motivo. Muitos idols namoram escondido.

- Não quero arriscar. - assenti.

- Muito certinho. - seguro seu rosto e paro meus olhos em seus lábios. - Se não te conhecesse, diria que fez preenchimento. - riu e segurou minha mão.

- Você é muito implicante. - aperta meu nariz e sorrio.

- Mas você gosta. - assentiu.

- Você é minha melhor amiga.

- Temos boas memórias, não é? Wah...como o tempo passou.

- Mas a gente não mudou quase nada.

- Hm. - concordei. - Só ficamos mais bonitos. - baguncei seu cabelo.

- Yah...- arrumou os fios loiros e o admirei.

- Quando descobriram que éramos amigos, a mídia ficou louca. Achei que fosse morrer. - riu.

- Imagina se fosse minha namorada. - brinca com os anéis.

- É, isso nunca vai acontecer. - empurrei seu ombro. - Somos quase irmãos.

- Irmãos...- fez um bico. - Pois é. - bebeu direto da garrafa.

- Será que hoje eu vou ter que te carregar?

- Aniyo. Você que parece ter perna de gelatina quando bebe. - rimos.

- Eu sou fraquinha.

- Fraquinha nada. Já me deu um soco quando estudávamos, ficou roxo.

- Você não devia ter aparecido daquele jeito. Era uma rua deserta, escura e eu estava alterada.

- Mesmo assim, doeu. E não era para a senhorita estar alterada. Éramos melhores de idade.

- E daí? Você sabe que eu sempre tive problema com as regras.

- Sempre metida em furada. Eu que ia te salvar.

- Ainda bem que eu tenho você, ChimChim. - acaricio seu cabelo sedoso. - Eu estaria presa se não fosse por você.

- Que exagero.

everything I wantedOnde histórias criam vida. Descubra agora