Dois anos antes
- Meu bolinho, quando a gente vai se ver de novo? - o segurou pelo braço, olhando apaixonada.
- Semana que vem. Pode ser?
- Claro, tudo que você quiser. - ela sorriu e eu fiz uma careta.
- Preciso ir agora. Nos vemos depois. - a dispensou com cuidado. Vai que ela surta aqui no meio da rua.
- Tá bem, até depois. - beija seus lábios e vai embora.
- Porra, como você aguenta ela?
- Tô pensando em terminar.
- Jura? Eu já teria feito isso há um tempão.
- Ela não é tão ruim assim.
- Bolinho, do que você sabe? - a imitei, segurando seu braço e fazendo voz de bebê.
- Aish...isso não combina com você.
- O que?
- Ser tão...grudenta e infantil.
- Eu posso ser carinhosa.
- Nunca vi. - cruza os braços, mas pego sua mão.
- Posso te mostrar. - entrelaço nossos dedos.
- Aniyo.
- Vai, ChimChim. Me deixa te mostrar que eu posso ser melhor do que ela. Meu orgulho está pedindo.
- Seu ciúmes tá pedindo. - me corrige.
- Yah! - riu e assentiu.
- Claro, claro. Seu orgulho. - sorrio e o abracei de lado.
- Vamos ao shopping, ver um filme e tomar um café depois.
- Esse é seu plano de encontro?
- É um bom plano. O shopping é o melhor lugar pra essas coisas, porque podemos testar a integridade do sujeito. Se é mesquinho, chato pra comer, se gosta de fazer compras ou se faz coisas pra te agradar.
- O que normalmente é...
- A última opção, já que eles esperam no mínimo te levar pra cama. Continuando, no cinema a gente não precisa conversar muito, então fica mais pra dar uns beijos.
- E você faz isso com todos os caras?
- O que você acha? É procedimento padrão, Park. Tiro e queda. Sempre funciona. Testar o beijo é o mais importante.
- Tá. E no café?
- Bem, no café a gente descobre os interesses um do outro e vê se quer ter outro encontro ou se é perda total.
- Você diria que eu sou o que? Um possível próximo encontro ou perda total?
- Perda total. - fez cara feia e gargalhei. - Estou brincando com você. Baseado na nossa amizade, eu diria que você vale vários encontros e até possibilidade de namoro.
- Hm. Sou um cara formidável.
- Sim, meu caro. Um bom partido, eu diria. - sorriu e abriu a porta do carro para eu entrar. - Qual é o destino, Park?
- Surpresa. Minha vez de mostrar que eu sou melhor do que você.
Inacreditável. Esse cara não sabe perder.
Pediu que eu fechasse os olhos e deitou meu banco.
- Isso não vai funcionar comigo, Park.
- Vamos ver. - dirigiu por alguns minutos e o cheiro da maresia me dizia bem aonde estávamos.
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everything I wanted
Fanfiction- Beija! Beija! Beija! Tudo começou nesse dia. Mas, para contar essa história, é preciso voltar algumas horas.