Meia-noite

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Sabia que ele estaria no local...
...

Nikolai Gogol sabia que Fyodor estaria sentado, observando as estrelas, no prédio mais alto de Yokohama.

Mesmo sem iluminação, o céu estrelado iluminava tudo. Realmente, uma bela imagem.

Então, é claro que Fyodor estaria ali, sentado, admirando as estrelas.

Depois de um longo tempo subindo as escadas, Gogol chegou ao topo.

E lá estava ele.
...

Fyodor estava sentado na beira do prédio, com duas taças de vinho e uma garrafa de vinho. Nikolai Gogol pensou em o empurrar para cair do prédio, mas, não o fez.

— Como me sabia que eu estava aqui?— perguntou o rapaz de cabelos negros.

Não houve resposta.

— Oque esta fazendo aqui?— perguntou Nikolai.

— Por que a pergunta? Você ja sabe a resposta.— fez uma pausa e suspirou— Admirando o céu, as estrelas e bebendo vinho.

Nikolai olhou para as taças.
O palhaço não sabia onde Fyodor avia pego o abito de beber vinho admirando algo. Talvez do tal ruivo de chapéu? Provavelmente sim.

— Por que duas taças de vinho? Chamou alguém?— O palhaço e o rato estavam brincando de pergunta e resposta.

— Para você, Gogol.— respondeu.

— Sabia que eu estava vindo?—perguntou.

— Vamos parar de perguntar as coisas um para o outro. Tais perguntas não haverão respostas.— Bebeu um golhe do vinho.

— Certo. Então vou me juntar a você.— Sentou-se ao lado de Dostoyevskye e pegou uma taça de vinho colocando tal álcool na mesma.— Prefiro vodka, Dos-kun.

Nikolai começou a beber. O palhaço não admirava o céu, vinho ou, até mesmo, o homen que dizia ser Deus — vulgo Fyodor.—.

Nikolai admirava a dor que estava sentindo agora. A dor de quem vai perder alguém especial, querido e amado.

Esse alguém é Fyodor.
...

— Vamos embora.— disse Gogol se levantado.

Fyodor levantou-se, foi até Nikolai e o beijou, enquanto Gogol entrelassava seus braços na cintura de Dostoyevsky. O beijo foi calmo, sem malicias mas exitante.
Pena que isso iria durar pouco.
Nikolai Gogol, de cabelos longos e trançados, iria matar Fyodor Dostoyevskye.

Gogol não queria viver sob as ordens de um Deus. O palhaço queria exatamente o oposto; ser livre.

Mesmo assim ainda doia. Mesmo querendo matar Fyodor, Nikolai Gogol ainda o amava.

Assim que o beijo terminou, Fyodor Dostoyevsky sentiu um objeto pontudo entrar em seu peito.
Um sorriso ainda permanecia no rosto de Nikolai, mesmo com algumas lagrimas. Sangue escorria pela boca de Fyodor. Aos poucos, a pele do rato ficava cada vez mais palida.

— Прощай, Николай (adeus, Nikolai)— Disse Fyodor enquanto a única lagrima escorria sobre seu rosto.

Logo o corpo de Fyodor começou a escorregar dos braços de Nikolai.

↪Obrigado por quem leu até aqui.
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📎Desculpe por qualquer erro
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