𝕻𝖆𝖗𝖙𝖊 𝕯𝖔𝖎𝖘

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Uma hora antes

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Uma hora antes...

- Você precisa descansar Bryan, esse caso não vai mudar de uma hora pra outra, Valerie está bem e em casa, você fez tudo o que podia e até o que não podia - A voz de Razel se fez presente, o homem sentado na cadeira em seu escritório mau havia notado sua chegada, estava tão concentrado nos papéis a sua frente que mau havia notado a presença de sua amiga de trabalho.

Razel assim como ele trabalhava no LAPD (Los Angeles Police Department), a loira entrara para o departamento no mesmo período que ele, e desde então se tornaram bons parceiros de trabalho, e além dele também. A alguns meses a loira vinha se relacionando com Mason outro policial do distrito, e também superior de ambos, embora Bryan não saiba bem como tudo começou ele via sua parceira cada dia mais feliz ao lado de Mason, embora parecesse que toda semana houvesse alguma desavença entre eles, e sempre sobre o mesmo assunto, "o pedido de namoro". 

Mason queria oficializar a relação, enquanto Razel estava relutante sobre o assunto, logo que pensava que seus colegas iriam achar que ela fosse uma oportunista, namorando seu superior para crescer dentro do departamento e ganhar privilégios, entretanto assim como Mason, Bryan sabia muito bem que não era bem assim, e que de oportunista sua amiga não tinha nada.

- Eu estou bem Razel, não precisa se preocupar. - Disse revirando os olhos enquanto recebia um olhar duro de sua parceira encostada na porta.

- Não está não - Disse a loira enquanto andava até a cadeira enfrente a mesa de Bryan. - Você está sentado nessa mesa a 4 horas, tentando achar qualquer falha e se questionando, onde diabos o filha da mãe está, mas adivinhe aquele miserável deve estar a quilômetros de distância daqui,  além do nosso distrito - Disse enquanto mexia na mesa e tentava "juntar" os documentos para que Bryan não mexesse mais

- Razel! Pelo amor de Deus! - Grunhia enquanto tentava afastar as mãos de sua amiga das folhas, sua cabeça estava a mil por hora e por Deus, ele queria muito mandar Hazel cair fora da sala, mas tinha amor a sua própria vida.

- Pare de reclamar, já fizemos todo o possível, enviamos o arquivo do sequestrador para os outros distritos, e fizemos o mandado de busca para o apartamento da família dele, ele vai ser pego Bryan.

- Eu sei loirinha, é só que... - Mau conseguiu finalizar sua frase quando batidas na porta foram ouvidas, Razel olhou para ele seriamente enquanto ouvia um "entre" saindo da boca de seu amigo nada contente. Segundos depois Lucca atravessa a porta sua expressão séria de sempre onde nunca passava muitas emoções estava ali, sua entrada causou alerta nos outros dois policiais, Lucca trabalhava assim como eles na área que eles carinhosamente apelidaram de "Stand da Morte", qualquer caso de homicídio e suicídio era mandado para esse setor.

- Vamos, tem serviço para vocês - Disse olhando para ambos policiais, sua voz grave adentrou seus tímpanos e meio segundo depois virou-se e saiu da sala

- Nunca vou me acostumar com esse cara, três anos nesse serviço e ainda me arrepio como uma novata assustada só de olhar pra ele - Disse Razel enquanto saiam da sala.

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Vinte minutos depois estavam na frente de algo que parecia um galpão abandonado, as instruções de Lucca eram claras, "possível suicídio, beco ao lado do Boony's em Clausborn Hill", Boony's era uma antiga cafeteira que Bryan e Razel costumavam frequentar rotinamente antes de irem para o departamento.

Havia mais uma viatura no local, aparentemente havia tido um chamado no qual dizia que alguns adolescente tentaram invadir o balcão e acabaram encontrando o corpo de uma mulher dentro dele, correram dali e logo após fizeram uma ligação para a policia contando do ocorrido, a viatura mais próxima recebeu pelo rádio e foram averiguar as informações, logo descobrindo a veracidade e direcionando para o setor de Bryan.

Razel estava conversando com um policial ao seu lado quando disse que iria entrar no balcão, pelo o que ouviu a garota havia se matado com uma flecha, algo bem incomum.

Bryan por algum motivo sentia-se entranho perante a situação, andando em direção ao balcão notava as paredes descuidadas, as latas de lixo ao caminho, e ao adentrar o galpão um mau-estar o atingiu, logo a frente viu o corpo a cima do colchão, o local embora fosse úmido e de aparência nada agradável, era organizado, mostrando que realmente alguém estava morando ali, algumas prateleiras de madeira velha continham bonecos de madeiras diferente de qualquer um que já tinha visto, seus olhos fixaram novamente no corpo a sua frente, andando em passos curtos, conseguia ver agora claramente a mulher a sua frente.

Cabelos loiros praticamente brancos contrastando ainda mais com sua pele pálida, traços finos e delicados, os lábios estavam brancos indicando a falta de vida, os olhos se escondiam atrás das pálpebras fechadas, por algum motivo imaginou como seriam a cor deles, a mulher a sua frente era linda, questionou porque faria algo assim, ele encarou a flecha atravessada em seu peito e uma dor surgiu em seu próprio, como uma moça que parecia tão jovem fazer algo assim? Como? Ela não era feliz? Talvez tenha tido seu coração quebrado por algum namorado. Ela não tinha aparência de ser usuária embora a pele pálida e seu corpo magro, não havia evidências de algo do tipo, não havia marcas, sem agulhas pelo local, não havia cheiros. Então por quê?

Fechou os olhos e se agachou ao lado do corpo seu rosto perto do outro, conseguia ver algumas sardas nas bochechas da jovem, suas mãos formigaram em uma súbita vontade de afastar alguns fios do rosto pálido, seu coração estava apertado enquanto a observava, levou a mão enfim aos fios que cobriam o rosto.

E do nada algo aconteceu, seus olhos não podiam acreditar, se afastou assustado. A flecha, cadê a flecha? Ela estava ali agora mesmo, como? O que aconteceu? Seus olhos corriam do peito da jovem até seu rosto, assustado de mais, nervoso de mais, estava ele ficando louco?

Mas ele vira ali a flecha, os outros também, então como ela sumiu assim? Estava preso em seus próprios pensamentos quando notou a movimentação estranha no rosto a sua frente, seu coração estava acelerado, aproximou devagar novamente, um segundo depois ali estavam eles, um verde límpido, claro de mais para parecer real, a confusão neles era evidente, ele comparou o verde como as águas do Caribe, mas repensou rapidamente, aquele verde era ainda mais bonito, calmo e claro.
Era ainda mais bonito do que imaginou, ainda encarava assustado eles quando a voz de Razel se fez presente, e foi como a realidade o atingisse.

 A menina a sua frente estava viva.

- Como? - Sussurrou.

CUPID ANGEL (SHORT FIC)Onde histórias criam vida. Descubra agora