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"Cansei, Diário. Hey Channie hyung, você provavelmente está a ler isto..."

Chan arregalou os olhos, ainda choroso.

"Digo, eu tentei encontrar uma forma de você encontrá-lo, mas bom, se não deu certo, então já não tem como despedir-me."

'Como assim, despedir?' era tudo o que o menino se perguntava.

"Mas bom, eu queria agradecer por todos os nossos bons e maus momentos, pelas risadas e pelos sorrisos que dei graças a si. Queria agradecer pela ajuda que sempre oferecu, pelos conselhos lindos que dava, por tudo. Queria agradecer pelo carinho que proporcionava, pelas piadas que contou, por tudo o que fizemos juntos..."

Abriu um sorisso tristonho, sentindo o seu peito aquecer imenso, além de que seu coração acelerava drásticamente.

"Eu não sei como dizer isto, mas eu amo-o. Não só como um amigo, eu sempre fui apaixonado por si, entretanto era covarde demais para confessar os meus sentimentos."

'Eu também amo-o, Jisung.' Pensou sentindo as lágrimas caírem com mais intensidade. Não fazia mínima ideia do que acontecia mas tudo o que conseguia fazer era chorar enquanto tentava ler o que estava naquela folha.

"Oh, e queria dizer-lhe tchau. Gostei do nosso último abraço, ontem quando trouxe-me para casa. Infelizmente não irá reproduzir-se. Você já deve ter entendido o que eu fiz, e sim, eu sei que foi um ato egoísta... Muito egoísta, e se quiser pode não perdoar-me por isto, mas eu não aguentava mais esta vida. Você foi a pessoa que mais me fez feliz. E talvez nos encontraremos nas nossas vidas futuras, 'uh? O que acha? Beijos do seu esquilinho, hyung."

Bang Chan entrou em pânico completo, jogando o caderno para um canto qualquer e pegou o dispositivo móvel de forma desajeitada.

As suas mãos tremelicavam enquanto ele procurava pelo contacto do Jisung, quando o encontrou, não hesitou em chamar.

Aguardou segundos, segundos esses que lhe pareciam séculos, a sua ligação não foi atendida. Mas ele persistiu e ligou novamente e dessa vez, ele pude finalmente ouviu a voz do outro no outro lado da linha.

"C-chan..." o menor disse com a voz trémula, podia ouvir-se soluços e alguns fungares vindos dele.

"Esquilinho!" Gritou, enquanto soltou um suspiro em alívio, porém não pode dizer mais nada pois o menor pronunciou-se mais rapidamente.

"E-eu estou c-com medo." O pequeno retomou o choro. "Venha, por favor." implorou com uma voz fraca e fina antes de desligar a ligação sem justificativa alguma.

O Bang não mudou de roupa, tampouco ajeitou seus fios, apenas calçou suas pantufas e correu até ao apartamento do menor, não ficava tão longe da sua casa.

Ele estava ofegante, todo desengonçado, mas não bateu na porta, apenas a abriu. Surpreendeu-se pelo facto de ela estar mesmo aberta.

Seguiu até ao quarto do outro sem demoras, o choro que ouvia ficava cada vez mais alto conforme tomava proximidade.

Em frente à entrada do quarto, parou, enquanto observava o outro encolhido no chão. O pequeno chorava obstinadamente. Podia sentir a sua mágoa, a sua angústia, sua infelicidade. E com essa cena, sentiu o seu coração despedaçar-se completa e lentamente, o que tornou mais doloroso.

Correu até o moreno e o abraçou fortemente enquanto deixava um breve carinho nos seus fios. E conforme o tempo passou, Han acalmou-se e cessou o choro.

Haviam ficado assim por quase uma hora, mas não se importavam. Eles agora estavam juntos, estavam seguros.

O moreno olhou para o maior e suas bochechas tomaram um tom avermelhado ao lembrar-se do que havia escrito no seu caderno que ele usava como diário. Ele não havia realizado o que queria, não sabia como seria dali para a frente.

"Eu-" foi cortado por um selinho demorado que foi disposto em seus lábios pelo outro. Quando cessado olharam-se de forma apaixonada e sorriram um para o outro.

"Eu não vou mais deixá-lo sozinho...Você pode chamar-me a qualquer hora. Eu nunca vou deixar você para trás."

"Promete?"

"Prometo."
🃏 𝙴𝚗𝚍𝚒𝚗𝚐.

Se eu me arrependi de ter relido isto? Claro. Se eu soubesse antes que estava tão mau- aiaiaiaiiaai

phobia.Onde histórias criam vida. Descubra agora