Você Narrando:
A noite estava calma, a brisa leve batia contra meu rosto enquanto eu segurava a mão dele, caminhando no nosso mundinho especial. Ele era magnífico, toda vez que eu olhava pra ele, eu perdia a fala, perdia a voz, perdia a noção do tempo e a noção de quem eu era.
Meu coração batia mais rápido, minha respiração ficava irregular e eu me perguntava a razão por ele causar esse efeito em mim.
Estavamos juntos faziam 6 meses, mas o que eu sentia por ele, eu nunca tinha sentido por ninguém.As estrelas pareciam brilhar mais naquela noite, e a brisa suave parecia como um pequeno sussurro dizendo "eu te amo".
Não estávamos fazendo nada demais. Apenas caminhando de mãos dadas, enquanto ele me levava até minha casa. Mas eu não poderia desejar nada mais. Não estávamos conversando, rindo e nem nada do tipo.
E simplesmente a presença dele ao meu lado, o toque dele contra minha mão, era o suficiente para me deixar perdidamente, completamente e incondicionalmente apaixonada por ele, por nós, pelo pensamento do nosso futuro.Era isso. Eu o amava. Amava mais do que a vida. Amava mais do que as pequenas discussões. Amava mais do que os obstáculos que nosso amor enfrentava. Amava mais do que tudo. Tenho certeza que o amava mais do que a própria morte.
Os olhares, os julgamentos, as tentativas de nos separar, a distância, não significavam absolutamente nada enquanto eu olhava pra ele, nessa noite estrelada. Deus! Eu realmente o amava.Logo tínhamos chegado em frente ao complexo de apartamentos, onde eu morava, e eu podia sentir meu coração apertado apenas com o pensamento de que nosso tempo juntos estava prestes a acabar. Eu não o veria pelos próximos meses, e pensar nisso fez um nó se formar em minha garganta.
Suspirei quando paramos em frente ao meu bloco, eu subi um degrau na escada que havia ali, e me virei para encará-lo. Ele tinha um sorriso estampado nos lábios, mostrando suas lindas covinhas adoráveis. Sorri também, enquanto tentava conter minhas lágrimas. Eu amava esse homem mais do que a mim mesma.Ele se aproximou, envolvendo seus braços ao redor da minha cintura, enquanto eu envovia meus braços em volta de seu pescoço. Mesmo eu estando em cima do degrau, ele conseguia ser maior do que eu, fazendo assim com que eu tivesse que olhar para cima, para poder olhar em seus lindos olhos.
Sem desperdiçar mais um segundo, enterrei minha cabeça em seu peito, enquanto o abraçava forte. Ouvi ele gargalhar, e meu coração doeu pensando que não ouviria esse som por longos meses.- O que há de errado amor ? - ouvi ele perguntar. Suspirei negando com a cabeça, enquanto me separava dele. Um grande ponto de interrogação se formou no meu rosto, quando vi o olhar preocupado dele. - Não minta pra mim. Algo obviamente está errado... Você está chorando. - disse ele, enquanto exugava minhas lágrimas gentilmente. Eu nem tinha reparado que eu estava chorando. Acho que era algo inevitável naquele momento.
- Só me abrace forte... Por favor. - eu disse baixinho. No mesmo instante, ele me envolveu em seus longos braços, e me apertou forte.
- Por favor, me diga o que há de errado. Eu não gosto de te ver assim. - disse ele enquanto beijava o topo de minha cabeça.
- Eu... Te amo. - eu disse. - Diga que vai sentir minha falta... Diga que vai sonhar comigo enquanto estiver longe. - acrescentei enquanto fungava.
- Amor... Não faça isso comigo. Isso já é tão difícil pra mim. - disse ele com a voz trêmula.
- Me desculpa... É só que... Eu te amo... Droga eu realmente te amo. - respondi ainda no abraço dele.
- Eu sei. E eu também te amo. Acho que nunca amei ninguém como eu te amo. E eu queria que você pudesse vir comigo. Merda, eu queria você comigo 24 horas por dia. Mesmo que eu tivesse que cantar carregando você... - ele disse e eu gargalhei. - Mas... Não é tão simples. Temos nossas vidas e nossos afazeres. Não posso simplesmente pedir pra você largar tudo e vir comigo. Não fique triste, não chore. Isso parte meu coração. - disse ele. Assenti enquanto ficava na ponta dos pés para beijá-lo. - Ah meu Deus... Eu vou sentir falta disso. - disse ele quando eu nos separei. Sorri.
- Sonhe comigo enquanto estiver longe okay ? - eu pedi. Ele assentiu enquanto me selava.
- Eu sonho com você faz muito tempo... Você é tudo o que eu sempre sonhei. Isso nunca vai mudar. - disse ele.
- Isso é covardia Kim... Não faça isso com meu pobre coração. - disse fazendo um pouco de drama, enquanto gargalhavámos juntos. - Você deveria ir agora. Você viaja cedo amanhã. - eu disse.
- Eu sei. Mas eu não quero ir. - respondeu ele me abraçando. Nos beijamos novamente, e ele nos separou, se virando e seguindo pela rua. Eu fiquei vendo ele partir, desejando que esses meses passassem rápido.
Quando ele estava quase no final da rua, se virou dando um tchau pra mim. Dei um tchauzinho pra ele, enquanto sussurei: por favor, sonhe comigo.