Cap 04. O conselho

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Oh, can't you see?
You belong to me
Ow my poor heart aches
With every step you take


The Police - Every breath you take

Na padaria:

Fiquei um curto período de tempo observando o sorriso daquele menino, eu o encarei curiosa - seu rosto era muito familiar. O garoto era alto, tinha um cabelo preto bagunçado, seus olhos eram cor de mel. Muito diferente dos meninos que eu já conhecia.

— Oi, desculpa, aqui é a padaria dos Dupain-cheng? - o garoto perguntou.
— Hã... É sim. - falei meio desnorteada.
— Ah, então eu vim no local certo. - ele me entregou um bilhete com o endereço da padaria. - Meus pais me enviaram aqui pra encomendar um bolo. - seu sorriso parecia que aumentava a cada segundo.
— Ah sim. Pode entrar. - falo tímida.

De repente vejo o azulado caminhando em nossa direção, ele para do lado do menino. O moreno nos encara meio sem graça e entra.

— Você ta bem? - o azulado pergunta. - você parece que viu um fantasma. - ele ri.
— Eu acho que conheço esse menino de algum lugar. - falo pensativa.
— Pode ser impressão. - ele me fita de cima a baixo. - Uau, você ta linda.
— O-obrigado. - minhas bochechas pareciam pegar fogo. - V-vamos?
— Vamos.

No festival:

O festival estava sendo feito num parque do outro lado da cidade, o que nos deu a oportunidade de fazer uma curta viagem de ônibus pelas ruas de Paris. Paramos em frente ao local do evento e avistamos uma fila extensa. Passamos alguns minutos esperando, até que chegou a nossa hora de entrar.

Quando entramos fiquei boquiaberta com a beleza do local, era tudo tão bonito e pra completar, havia um lago cheio de patos no meio.


Eu e o Luka tivemos uma tarde incrível, assistimos a alguns shows, comemos numa barraca de cachorro quente e pra completar, compramos várias camisas na lojinha do evento.

Chegou no final do dia e eu já não pensava mais nessa história de encontro, estava tudo tão tranquilo, o Luka me deixava tão a vontade que fiquei triste ao ver que horas eram.

— Poxa, já está quase na hora de ir. - falei desanimada.
— Fico feliz que tenha gostado de vir. - sua voz era doce. - muito obrigada por ter me feito companhia.
— Eu que agradeço por ter me convidado. - sorri pra ele.

Antes de ir embora tive a ideia de tiramos uma foto no mural do evento.

Em frente a padaria:

Chegamos e ficamos conversando em frente a padaria dos meus pais, estavamos tão felizes. De repente ele me abraça, o abracei de volta; ficamos assim por alguns segundos, até que ele se solta.

O azulado olhava dentro dos meus olhos - me sentia envergonhada, mas acabei sustentando o olhar; notei que ele se aproximava delicadamente de mim - o que me fez suar.

Nossos rostos estavam tão colados que eu conseguia ouvir sua respiração, quando sinto sua boca chegar perto da minha, meu pai abre a porta.

— Já chegou, fi... - eu dou um pulo pra trás. - Me desculpa, eu não tinha te visto, Luka... - ele fala sem jeito.
— O-oi pai. - falo corando.
— Olá senhor Dupain. - sua voz tremeu. - É... Acho que eu já vou indo. - o azulado me lançou um olhar desanimado.

O muro que nos separaOnde histórias criam vida. Descubra agora