O muro que nos separa

Cap 05. O akumatizado

I'm saying
Baby, please have mercy on me
Take it easy on my heart
Even though you don't mean to hurt me
You keep tearing me apart
Would you please have mercy, mercy on my heart?

• Shawn Mendes - Mercy

No quarto da Marinette:

Esperei até ter certeza que o Chatnoir havia ido embora e desci pra ver quem me ligava; era a Alya.

— Alô? - falei.
— Marinette, aonde você estava? - sua voz era impaciente. - te liguei um monte de vezes.

Tentei pensar numa boa desculpa.

— É que... - olhei pra mesa e vi meu caderno. - eu estava fazendo o dever de casa e cai no sono. - dei uma risada tensa.
— Huuum. Ta, mas agora me conta do seu encontro com o Luka.

Tentei resumir a história, mas a morena queria o máximo de detalhes possíveis.

— Mentira que seu pai chegou bem na hora!? - ela ria.
— É... - estava me sentindo envergonhada.
— Pelo menos deu quase tudo certo. - ela continuava rindo. - Mas fico feliz que você se divertiu. - de repente ouvi alguém discutindo com a morena.
— Alya?
— Já que nos domingo você fica ocupada, se falamos no colégio. Beijo. - a morena desligou. Achei aquilo estranho, mas dei de ombros.

Botei meu celular na mesa e fui em direção a pequena janela que tinha ali no quarto.

Meus pensamentos me levaram até o loiro de olhos verdes que morava em meu coração, era difícil lembrar dele. Sua imagem com a Kagami assombrava meus pensamentos.

— Acho que ele não foi no cinema. - murmurei.

A vontade de chorar estava crescendo cada vez mais, mas não queria dar o braço a torcer. Acabei fazendo uma promessa pra mim mesma: não vou mais chorar pelo Adrien.

Pra evitar quebrar a promessa que eu acabará de fazer, fui me deitar.

De manhã:

***
Cheguei no colégio com o objetivo de me declarar pro loiro, eu me sentia nervosa, mas sabia que isso ia valer a pena. Comecei a procura-lo pelas salas e não o achava. Do nada comecei a sentir uma angústia subir pelo meu corpo.

Resolvi que iria procurar mais - eu tinha que acha-lo. Olhei por todo o colégio e nada; acabei indo me sentar num banco que havia no pátio. A sensação de desespero estava começando a me dominar, eu podia sentir as lágrimas brotarem no meu rosto.

Enquanto eu chorava, alguém veio se sentar ao meu lado; olhei pra pessoa e vi que era o meu tão sonhado amor.

— Esta tudo bem, Marinette? - ele me perguntava.
— A-a-adrien, p-precisamos c-conversar. - falei limpando as lágrimas.

Ele me olhava sério, aparentemente esperando que eu continuasse.

— E-eu q-q-queria t-te f-falar q-que... - olhei pra ele nervosa. - g-gosto de você...
— Ah, era isso? - ele botou a mão no meu queixo.