☠︎︎Sᴇᴘᴜʟᴛᴜʀᴀ ǫᴜᴇɴᴛᴇ ᴘᴀʀᴀ ᴅᴇғᴜɴᴛᴏ ғʀᴇsᴄᴏ:
O relógio marcava meia noite
O vento era o açoite
Já estava cheirando à morteSuas mãos estavam frias
E seus olhos vidrados
Na cama velha padecia
O defunto mal amadoEstava tão velho
Estava era fazendo hora extra
Sua vida era tão tosca
Que a morte tinha sido um alívioMorte tão estranha devo adimitir
Tomava seu vinho
Quando a morte veio a lhe sorrirAgora estava ele ali
A cova já estava aberta
Só faltava a bênção do padre
Já que homem rico
O velório importava
Pros fofoqueiro da cidadeMas ninguém via
O que há muito tinha percebidoEm um canto encabulada
Ficava a pobre viúva
Que sempre fora maltratada
Nesse canto ela chorava
Mas eu também percebia
Que pela morte do tal velho
Seu coração pulava de alegria