(T2) 6. Por você eu faço

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"Wendy consegue ver perfeitamente quando Joy abaixa  a cabeça para olhar algo em sua bolsa e o homem ao lado toca nos fios que insistiam em cair. Um contato extremamente íntimo para um estranho fazer. E parando para analisar o perfil dele é um cara atraente, digno de estar nas telas de cinema. Espera. Aquele era o tal ator que os investidores ofereceram? Joy realmente aceitou participar daquele teatro?"

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O ar presente nos pulmões de Wendy se esvaiu. E novamente é instaurado o caos em sua mente. Ela havia falado para Joy concordar com a proposta, ela sabia que ia doer mas não tinha noção de quanto aquilo ia tirar seu sossego. Um sentimento que a levava a pensar em fazer duas coisas: Ir lá e tirar aquele homem de perto de Joy ou o completo oposto: sumir daquele lugar. O lado racional dizia para Wendy que tudo era mentira e que Joy continuava sua, porém o lado emocional tinha medo de perdê-la. Bom, elas não conversaram depois da discussão. Aquele foi o fim do relacionamento? 

Dentro do café, com Joy

Aquela bendita carteira sempre ia para o local mais profundo da bolsa. A morena não tinha costume de tomar café preto, entretanto mal conseguiu dormir pois pegou tarde no sono. O gosto amargo era um tanto não familiar para Joy logo ela bebia aos poucos. Ela sente uma mão próxima a seu rosto de repente em seguida a voz grave:

– Seu cabelo quase entrou na xícara. – Joy quase agradeceu mas percebe que ele mantinha os dedos nos seus cabelos. Parecia manter a posição por tempo demais.

A desconfiança sempre foi presente na personalidade de Joy, sua profissão apenas aguçou o seu instinto. Tinha algo de estranho ali. Ela se concentra e escuta um "click" e tudo faz sentido. Era uma armadilha. O homem até se assusta quando Joy retira o dinheiro de sua carteira, coloca no balcão e segue para a origem do som.

Sem dizer nada ela pega a fotógrafa em choque e Joy retira a câmera de sua mão. Aquele era um equipamento moderno tantos botões para ajustar que a boxeadora quase se perde. Ela exclui todas as fotos inclusive retira o cartão de memória do aparelho. Joy permanece com o equipamento em mãos.

– Você me garante que todas as fotos foram excluídas? – O tom de voz de Joy é assustador. A fotógrafa pega a câmera e rola a galeria: Nenhuma foto. – Para quem você trabalha?

– Isso é uma informação co-confidencial. – A fotógrafa tenta conter o nervosismo.

– Eu posso te fazer pagar por invadir minha privacidade. E não estou falando de um processo judicial. – Aquilo era um blefe. Joy nunca usou a violência contra alguém, ela é extremamente profissional. Mas ela tinha que adquirir informações daquela jovem.

– Olha eu só estou fazendo isso pelo dinheiro. Faço freelancer e recebi essa proposta de uma pessoa desconhecida. A grana era boa e eu aceitei.

– Proposta feita por um homem ou por uma mulher?

– Uma mulher, ela tinha um sotaque forte. Foi difícil entender algumas palavras. – Bingo. Joy juntou as peças do quebra cabeça.

– Fala para ela pagar um novo cartão de memória para você porque esse vai ficar comigo. – E a boxeadora levanta da cadeira.

O pior de tudo é que Joy estava surpresa pela atitude dos representantes da marca. Eles fizeram de tudo para ela entrar no acordo que propuseram, até um flagra encenado do qual a boxeadora não tinha dito se aceitava ou não, pois a reunião começaria em minutos. Joy queria ir tirar satisfações com o cara, mas poderia chamar atenção e ele forçar a parecer uma briga de casal assim o golpe seria perfeito. Filhos da puta.

A morena decide encarar essa briga como uma luta. Com frieza e cuidado. Joy tinha vontade de sair gritando aos quatro ventos que os empregados de tal marca eram extremamente manipuladores e desrespeitosos. Argh! Joy expele ar pelas narinas na tentativa de acalmar os nervos. Ela pega o celular para avisar Joohyun que estava subindo porém sente uma mão no seu antebraço.

Round 2 (Wenjoy)Onde histórias criam vida. Descubra agora