(T1) 3. Pólvora para a dinamite

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Voltar para sua cidade natal trouxe diversas lembranças para Joy. A mulher estava matando a saudade que sentia de seus pais e de seus irmãos. Joy surpreendeu-se com o quanto seu irmão caçula havia crescido em tão pouco tempo, o pirralho de treze anos estava quase do seu tamanho. Já sua irmã mais velha estava um pouco ocupada, mas fez questão de dormir algumas noite com Joy, como nos velhos tempos quando eram adolescentes e viravam a noite conversando.

– Então me conte mais sobre a Wendy. – Chaeyoung pediu num tom animado.

– Ah nem sei porque falei sobre ela. – Joy inicia sua reclamação. – Agora você não vai parar de tocar nesse assunto. – A boxeadora tenta esconder sua bochecha corada.

– Ai meu Deus! Park Sooyoung ficando constrangida por conta de alguém. – Chaeyoung é reprimida com um leve tapa porque seu tom de voz estava aumentando. – Essa é a mulher, meus amigos. A mulher. – A mais alta fala como se estivesse apresentando um programa de televisão.

– Se você ficar de gracinha eu não conto mais nada. – Joy tenta manter uma voz séria, se desse corda para sua irmã a provocação iria ladeira abaixo.

– Ok, eu prometo que vou parar. – Chaeyoung bate palminhas depois de falar. Ela parecia ser a irmã mais nova naquele momento, toda animada com o romance de Joy.

– A gente tem conversado bastante por mensagem desde que vim para cá. Ela é muito atarefada, então não dá para ficar ligando toda hora. – Joy abre um sorriso inconscientemente ao lembrar do tom de voz carinhoso de Wendy. – Temos personalidades diferentes, mas conseguimos nos entender. Sempre aprendo algo quando conversamos, a maneira dela de enxergar o mundo é interessante… – A mais nova para de falar quando vê o sorriso sapeca de Chaeyoung.

– É bom te ver falando tão encantada por alguém, acho que nunca te vi assim. Nem mesmo com aquele seu namorico com o Sungjae.

– Pelo amor Chaeng, eu era uma criança nem sabia nada da vida.

– Por isso mesmo! Naquele tempo tudo era mais intenso graças a inocência. Você era tão apaixonada por ele.  – Chaeyoung defende sua opinião.

– Enfim. – Joy quer sair daquele assunto. – Eu estou adorando passar um tempo aqui com nossos pais… Mas estou com saudades dela.

– Nossa, até fiquei com ciúmes agora. – Chaeyoung fala gerando risada na irmã. – É sério estou mesmo. O que essa mulher fez contigo, hein?

– Eu amo você, o pirralho e nossos pais. – Joy assegura, tentando tirar a insegurança da irmã.

– Não sei se devo confiar em você. – Chaeyoung se faz de difícil.

– Ah você precisa de um abraço? – A boxeadora abre um sorriso maligno.

– Não! Joy não! – Chaeyoung era magra e Joy fazia questão de abraçá-la com força, causando dor na mais velha. – Eu aceito suas palavras.

– Agora eu tenho que demonstrar todo meu afeto pela minha unnie. – Joy não deixa Chaeyoung escapar, contornando seu tronco com os braços.

Chaeyoung fecha os olhos se preparando para ter seus ossos esmagados, porém o aperto não vem. Joy estava a abraçando verdadeiramente e se afasta depois de alguns segundos.

– Precisava ver sua cara de pavor. – Joy dá gargalhada com a expressão da irmã.

– Lógico que me assustei, você é toda bruta.

– Só quando eu quero. – Joy pisca para Chaeyoung.

– Wendy caiu nesse seu xaveco barato?

Round 2 (Wenjoy)Onde histórias criam vida. Descubra agora