Can I feel your smell?

53 3 4
                                    

Harry p.o.v

Já tinha alguns minutos que o Louis tinha dormido por causa do tranquilizante, como ele não acordaria por agora e o meu corpo estava super cansado eu decidi sair um pouco para tomar um banho.
Dirigi rápido até o meu apartamento, só eu sabia que o Louis estava no hospital mas como não era nada grave achei melhor não avisar ninguém, ele me falou sobre a sua mãe ser super protetora e eu não queria preocupa-la ele provavelmente terá alta pela manhã então ele mesmo fala com ela.

Tomei um banho rápido e na volta para o hospital comprei algumas coisas no super mercado que eu achei que o Lou poderia gostar já que a comida do hospital não é tão boa assim. Eu rodava a chave entre os dedos enquanto caminhava por aquele corredor branco que não parecia ter fim e sempre fazia eu me arrepiar ao caminhar por alí.
Quando voltei a minha atenção para o fim do corredor eu vi o Louis apoiado no batente da porta, o pequeno se segurava evitando colocar o gesso da perna no chão e usava aquele avental hospitalar, corri até ele antes que o mesmo caísse no chão.

— O que faz aqui fora? — perguntei segurando-o.

— Eu só queria ir ao "banhelo"! — ele falava errado, provavelmente efeito do sedativo.

— O banheiro fica dentro do seu quarto — sorri da sua expressão confusa — Vamos, se segure em mim e eu te levo.

Ele colocou seus dois braços em volta do meu pescoço fazendo sua boca ficar a centímetros da minha, embora pequeno o Lou é pesado, carreguei ele com certa dificuldade até a cama.

— Você tem um cheiro gostoso! — disse ele assim que o deixei na cama.

— Obrigado. Ninguém te viu sair do quarto? Você não deveria fazer tanto esforço com a perna quebrada.

— Seu perfume é francês? — indagou ele ignorando tudo que eu acabei de falar.

— Sim. Já esteve na França? — Que beleza, estou fazendo perguntas para um cara completamente dopado.

— Sim, mas eles não entendiam o meu jeito de falar francês. — sorri do seu comentário — Então eu disse, "fuda-se" vocês!

— Não é educado mandar as pessoas se "fuderem". — imitei seu jeito errado de falar.

— Posso cheirar?

— Cheirar o que?

— Seu pescoçinho. — disse ele com voz manhosa.

— Lou... — não sabia como reagir

— Eu só quero sentir esse cheiro bom.

Eu o encarei mas ele parecia nem fazer ideia do que dizia, seu bico era tão grande que acabei cedendo.
Me aproximei lentamente da cama e ele fez o mesmo movimento até o meu pescoço, seu nariz passeou pela minha pele e no final ele deu um cheiro tão suave que fez eu me arrepiar por completo.

— Gostou? — indaguei.

— Delícia. — ele passeou com os dedos pelo meu braço. — Você se arrepiou, Haz.

— Deve ser essa corrente que atravessa o quarto. — tentei disfarçar.

— A corrente do meu toque você quer dizer. — ele me olhava com a sobrancelha arqueada.

— Você não estava procurando o banheiro?

— Verdade, ajuda eu? — disse ele erguendo os braços.

O ajudei a levantar e caminhar até o banheiro, eu perguntei se ele precisava de mais alguma ajuda mas ele disse que conseguia sozinho, e que eu só estava querendo ver a bunda dele. Após alguns minutos ele saiu pela porta e caminhou lentamente se apoiando nos móveis.

— Eu posso te ajudar. — falei ficando ao seu lado.

— Eu consigo. Nossa, bateu um frio aqui atrás...

Quando percebi o mesmo tinha saído do banheiro com uma parte do avental dentro da cueca, eu sorri abafado antes de tira-la. E ele tem razão, é impossível não olhar para uma bunda desse tamanho!

— Você é um bebê, Harry.

— Louis, eu sou maior que você.

— Isso não importa, você é maior do que eu mas você pode me chamar de Daddy, quer que eu seja seu Daddy?

— Vai dormir, você precisa descansar!

Conversamos mais um pouco antes dele capotar mais uma vez por causa do sedativo, eu fitava ele deitado alí, quietinho, ele parecia um bebê.
Aos poucos senti meus olhos pesarem e acabei dormindo também.

(...)

— Eu só preciso fazer um último exame e se estiver tudo certo você será liberado. — disse o doutor folheando a prancheta.

— Doutor, por favor avise ao Louis que ele não pode se esforçar. — falei cruzando os braços, Louis revirou os olhos.

— Você precisa repousar, quanto mais tempo de descanso mais rápido sua perna ficará melhor.

— Eu já entendi, mas eu não preciso de nenhuma babá, senhor Styles. — disse ele com seu jeito resmungão.

— Pode deixar doutor, eu vou cuidar dele! — dei língua para o mesmo que suspirou.

— Volto logo. — disse o doutor.

— Obrigado pelos lanches, eu acordei faminto... — disse ele abocanhando um sanduíche.

— Você não se lembra de ontem?

— Não, só me lembro de tomar o calmante e depois capotar. Me sinto com amnésia.

— Ah... Então... Está feliz?

— Sim, não vejo a hora de voltar para a casa.

— Preparado para receber os cuidados do enfermeiro Harry? — falei estufando o peito.

— Estou com medo, caso não se lembre, é por causa desse enfermeiro que eu estou aqui. — disse ele com um sorriso.

— Estraga prazeres. — falei mostrando a língua.

Beside you (Larry) * ReescrevendoOnde histórias criam vida. Descubra agora