Ele...logo ele cara, podia nem ser o Kauã, mas fazer o que? Já tinha acontecido, negócio era só pedir desculpas e ir embora.Lua: Desculpa, não tava prestando muito atenção na rua - murmurei, com a cabeça baixa.
Turco: Da próxima vê por onde anda, criança. - olhei pra ele na hora.
Qual é, se tem uma coisa que eu odeio é ser chamada de criança.
Lua: Criança seu...- ele me interrompeu.
Turco: Olha lá o que vai falar garota, presta atenção porque tu não tá na Disney, menor. - disse grosso.
Nem respondi mais, sai andando e fui direto para barraquinha da dona Telma, comprar logo meu açaí, me estressar por pouca coisa nada.
Lua: Oi dona Telma, me dá um de 10 completo, por favor.
Telma: Claro menina só um minuto. - disse pegando copo pra colocar os ingredientes.
Julia: Menina você é doida!? Faz um de dez pra mim também dona Telma - ela só assentiu - O que foi aquilo ali heim? Quer morrer tu, só pode!
Lua: Poxa amiga, eu pedi desculpas e tudo, ele vem de grosseria ué, vou de grosseria também, mas prefiri ficar quieta, tenho muito o que fazer nesse mundo ainda, e morrer não é uma dessas coisas.
Julia: Humm... Deixa pra lá. Você nem acredita, sabe aquele cara que tava me encarando hoje? - perguntou e eu assenti, pegando meu copo - Ele veio falar comigo, o nome dele é Souza, ele pediu meu número.
Lua: Você é doida né, descobre o vulgo e acha que já conhece. O cara é bandido, na real, tu ainda vai se ferrar com isso.
Julia: Ah amiga, relaxa, eu nem vou me emocionar porque sei que não presta, vai ser só uma sentada e foda-se depois.
Ela pegou o copo dela, pagamos e fomos sentar em um banquinho que dava de frente pra um barzinho onde os meninos da boca estavam sentado em frente bebendo, Deus me livre cara, plena quinta-feira e esse povo bebendo.
Julia: Amiga, eles estão olhando pra cá, disfarça e olha. - eu que tava de cabeça baixa levantei num pulo e encarei eles. - Garota eu falei disfarça, puta que pariu!
Jullia já tava toda vermelha, eu comecei a rir igual condenada, vergonha de falar que, quer sentar pra macho ela não tem. Agora se eu encaro as pessoas ela fica aí, toda pimentinha.
Lua: Uai dona Jullia, não era você que não tinha vergonha de macho? Falava na cara o quer e se te encarar, tu encarava dez vezes mais? Agora tá aí parecendo um pimentão. - disse ainda rindo dela.
Julia: Para cara, você tá me fazendo passar vergonha. Fica encarando os cara, vão achar que tamo falando deles. Se me racha a cara viu, deusolivre!
Eu tava rindo tanto que tava jogando a cabeça pra baixo e quando levantei, o tal do Neguinho tava vindo na nossa direção, parei de rir na hora.
Julia: Cansou de rir da minha ca...- ele a interrompeu.
Neguinho: Qual foi Ju, morena. - disse me encarando e eu murmurei um oi. - morena, o patrão tá perguntando se vocês querem refri, ou alguma coisa pra comer.
Entendi nada, o cara tava me xingando agorinha a pouco, agora tá querendo pagar comida, desse mato sai coelho!.
■_■Até o próximo,
Beijos💕.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Refém [M!]
Non-Fiction📍 Nova Maré, Rio de Janê. Me diz o que você tem, e o porquê de me fazer tão bem. Me diz o que você tem, você me faz de seu Refém!