Em homenagem a Filipe, Lucas e Késia Larissa. Eu amo vocês e obrigada pelo apoio.
Brasil, Antigo Hospício Pedro II. Ano de 2025
Esta era uma sala acinzentada e escura, a única luz que havia ali saia de um abajur barulhento e de luz fraca. Não havia se quer janelas naquele cubículo em que se depositava uma menina de pele escura e cachos avermelhados.
A garota se encontrava numa maca tão antiga quanto o lugar. A maca, já estava enferrujada e mesmo em tal condição, ela conseguia manter a garota presa. As correntes prendiam todo o corpo dela, inclusive sua cabeça.
Estava nítido todas as marcas de maus-tratos no corpo dela, e apesar de tamanha dor que ela sentia a todo momento, não tinha um movimento se quer provocado por ela. Dela só se caiam lágrimas e um controle absurdo de sua respiração em meio ao choro silencioso.
— ... Ceifando vidas ela retornará...
Ela dizia enquanto seus olhos tornavam-se completamente negros.
Em meio a este acontecimento, uma enfermeira balançou a seringa que transbordava em suas mãos e sem cuidado algum aplicou o sedativo nela.
Se debatendo, a garota acabou causando mais marcas em si mesma. Ela não tinha controle de seu próprio corpo, e infelizmente tudo o que ela podia fazer era gritar... E assim ela fez.
— Calma querida... – disse a enfermeira levando sua mão até os cabelos da garota, mesmo sabendo que seria difícil para ela se acalmar, a enfermeira a acariciou chiando para que ela ficasse quieta — Pode dormir, e sonhe com um novo amanhã...
Sabendo que era impossível controlar seu corpo naquelas condições, os olhos dela se fecharam, mas é claro que não era por vontade própria... Com o barulho ecoante de seu salto pequeno, a enfermeira se aproximou do rádio velho e descascado e pois sua música. A voz da velha opera começou a ecoar ali.
Rio de Janeiro, Praia de Copacabana.
O mar estava um pouco agitado - o que não era novidade naquela praia, mas sentado na areia em meio a toda aquela gente, havia um homem. Um homem que carregava um violino em mãos, este estava um pouco distante do mar, mas isso não foi o suficiente para manter seus pés secos.
As ondas iam na direção dele que começava a tocar uma melodia suave e escandinava, enquanto isso, a água salgada tocava em seus pés nus.
A doce e suave melodia estava acompanhada da sua voz, que ecoava pela praia como magia.
Algumas pessoas se aproximavam para ouvir, muitas pareciam hipnotizadas. Inclusive as crianças.
— O mar salgado não está,
Venha até a mim...
Um novo lar para o Boto será
Essas almas ele virá buscar
Venha até a mim...
As almas perdidas você achará!
Venha até a mim...
O mar ficava cada vez mais agitado, ele engolia as pessoas que estavam dentro dele.
A areia da praia subia causando uma confusão mediana no local, tudo isso acontecia por causa da ventania que tomou posse do lugar.
Os banhistas que estavam prestes a sair de dentro do mar, sentiam uma corrente d'água puxando-os para dentro novamente.
Os gritos tomavam conta da praia que apesar de passar tudo aquilo, não era totalmente visível o que realmente estava causando aquele alvoroço.
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The Coven
Teen FictionCom histórias escondidas dentro de um Coven, um grupo de bruxas é pego de surpresa com a chegada de um ser inesperado. Correndo o risco de perder todos os seus poderes, elas são obrigadas a se juntar com uma humana que é a chave da praga que assol...