Mente Coletiva

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No Coven

Cordélia, Samantha, Abigail e Anya estavam deitadas em suas macas. Enquanto uma luz forte era direcionada ao rosto das meninas, essas ainda estavam em um sono profundo o qual drasticamente seria difícil de acordar.

  Pálidas e com seus lábios roxos, as meninas esboçavam a aparência de cadáveres adolescentes. Ainda que respirassem, haviam quatro bruxas no vidro a frente - que separava as meninas do resto do Coven.
   O local em que as quatro adolescentes estavam era a imitação de uma enfermaria, só que estava mais para uma cela. Algumas vozes passavam por trás das quatro mulheres falando sobre o ocorrido, elas diziam que Cordélia, Samantha, Abigail e Anya estavam com a doença e que todo o Coven corria o risco de contraí-la.

  A Senhora Firewood, uma mulher de cabelos loiros e olhos verdes, se virou para um dos grupos que falava sem controlar o seu volume. A bruxa só precisou olhar para o grupo que este se retirou na hora.

   — Precisamos fazer um reconhecimento do que aconteceu. – dizia Kendra Firewood, mãe de Abigail.

  Uma mulher de cabelos longos e cacheados se virou mostrando ainda mais a cor vibrante de sua pele negra, ela estava com suas mãos a frente do corpo enquanto dava um passo pra frente. O manto azul dela chama atenção e os seus lábios carnudos quase que chamará mais atenção quanto a palavra que sairá da boca dela.

   — Não. – disse de forma curta e grossa. Junto com isso, até uma das sobrancelhas da própria Alice Diniz se ergueu. — Essas meninas são fortes. Vão sair dessa. O nosso dever é com o Coven. Mande que Elliot faça-nos ficar indetectaveis, e aos demais que o Coven ande para um lugar neutro. Não podemos ficar mais no Brasil.

  As outras duas mulheres: Leonor Carvalho de cabelos negros e olhos azuis, mãe de Samantha e Kari Ventari de cabelos ruivos, mãe de Anya; Estas se colocaram ao lado de Alice em concordância com suas falas. Elas sabiam que o Coven era a prioridade, mas para Kendra não funcionava desse jeito. Ela havia perdido toda a sua família e Abigail era tudo o que ela tinha, Firewood deu um passo a frente com seus punhos fechados e olhar fulminante. Os cabelos da loira eram tomados pelo fogo enquanto até mesmo os olhos dela se tornavam chamas pura, a postura das outras três mulheres nem se quer mudou. As outras bruxas exalavam soberba em seus olhares, elas pareciam calmas, até que uma voz masculina ecoou pelo lugar.

   — O que está acontecendo? – perguntou Dimitre.

Dimitre que há alguns anos condenou uma bruxa junto as originais de cada família ali presente, ainda se encontrava vivo e jovem. Sua aparência não mudou em nada.

  O homem de olhos coloridos obtia respeito de todas aquelas mulheres, principalmente por ser ele o responsável da origem de cada uma delas. Dimitre era o único homem que elas suportavam, junto a Elliot - seu lacaio aprendiz, o garoto tem os mesmos olhos que o ancião. E apesar de ser um aprendiz, este era bobo e atrapalhado, mas carinhoso e pouco habilidoso. As quatro líderes, não entendia o que Dimitre via nele, mas elas não questionavam.
 
  Kendra irritada, voltou ao normal. A mãe feroz respirou fundo e fechou seus olhos por alguns segundos. Dimitre olhou para as meninas através do vidro e a postura calma do homem sumiu no mesmo instante, mas ele logo a recuperou voltando a olhar para as mulheres.

   — Vocês são servas da natureza. Brigar entre si não restaura o equilíbrio, causa o contrário disso. – disse o homem.

  Alice respirou fundo, ela iria falar, mas Leonor atropelou Alice com suas palavras saindo na frente.

  — Por que as olhou daquele jeito? Já viu algo assim?

   Leonor era conhecida por sua desconfiança. Ela não era do tipo que se conseguia conquistar rápido, mas para as outras três, o que ela acabou de fazer foi uma grande ofensa a um ancião. No mesmo instante elas repreenderam Eleonor, mas ela continuou com a mesma postura. Dimitre apertou as sobrancelhas e olhou pra baixo dizendo:

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