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Boa leitura! 😊

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– A festa, foi...um sucesso – Jennie fala enquanto entrava em sua casa junto de sua nova família, e jogando-se no sofá, cansada.

– Foi sim... – Lia concorda entrando logo tirando seus saltos pequenos e deixando-os jogados ao lado da porta e do pequeno suporte para calçados.

– Lia, vá trocar de roupa e tomar banho para dormir – Essa é a primeira coisa que Lalisa fala quando entra na casa, gerando protestos e resmungos pela Müller mais nova – Anda! Agora! Só porque amanhã é domingo, não significa que a deixarei virar a noite acordada e suja. Ninguém aguenta você com sono, e não quero dar a Jennie essa experiência no nosso segundo dia morando juntas – Lalisa fala e Jennie apenas via a situação encantada no sofá. Seria esse o aquecer em seu coração e a sensação de fazer parte de uma família de verdade?

– Tá bom... – Lia diz, em desistência, resmungando e indo para o seu quarto.

– Quando terminar, volte para dar boa noite! – Lalisa diz por fim e, finalmente, vai para o sofá, jogando-se da mesma forma que Jennie, apoiando suas costas no encosto, e tirando seus saltos, soltando um gemido de alívio em seguida por fazer isso – É sempre tão cansativo assim? – Pergunta a coreana que estava a olhando a todo esse tempo.

– Nem sabe o quanto... – Jennie fala, aconchegando melhor suas costas no sofá e Lalisa faz o mesmo. As duas passam então a apreciar o silêncio, enquanto cansadas e entediadas, olhavam para o teto do apartamento –Nós estamos tão cansadas que nem reparamos nas alterações que a empresa de mudança fez sexta. –Jennie fala rindo e Lalisa a companha.

– É mesmo – A loira diz concordando e olhando para a prateleira entre a TV e a lareira – Tem uma foto da Lia ali – Lalisa aponta e Jennie levanta-se indo até o local pegando o porta retrato e trazendo até elas de volta ao sofá.

– Ela tinha quantos anos aqui? Três? – A coreana pergunta enquanto sentava mais perto da loira e as duas passam a olhar o porta retrato juntas.

– Mais ou menos isso – Lalisa fala – Essa é a praia de frente a nossa casa em Midvale. Rosé viveu a vida toda nela, e eu, bem... A minha adolescência – Ela explica ainda olhando para a foto – Como você sabe, fui adotada aos treze anos por Krystin, depois que meus pais morreram – Lalisa termina de falar dando de ombros.

– Você nunca me contou como foi adotada – Jennie lembra. Achava que ambas já tinham intimidade o suficiente para conversarem sobre aquilo. Agora, Lalisa não sabia se era a sensação de familiaridade que sentia quando estava com Jennie, ou se foi o álcool que bebeu, não o suficiente para embreaga-la, mas no fim...culparia o álcool...sempre culpavam o álcool.

– Meu nome, na verdade, é Lalisa Pranpriya Manoban, apesar do Pranpriya ser retirado junto com o Manoban – Lalisa começa a contar e Lia, nesse momento, estava voltando pelo corredor para dar o "boa noite" quando ouviu sua mãe falando do passado, e paralisou ali mesmo. Lalisa nunca falava do passado, para ninguém. A menina, então, com a mão apoiada na parede, permaneceu em silêncio, mas olhando aquela cena de longe, ela nunca atrapalharia. "Será que...Não! Não poderia ser...será?! Mas já?!" Lia estava confusa – Meus pais, eram cientistas, eu vivia no laboratório deles vendo os trabalhos, por tempos, todos pensavam que eu seria cientista como eles, mas... – Lalisa suspira, fazia tempo desde a última vez que falou sobre o ocorrido – Não lembro de muita coisa, apenas que eles recusaram um trabalho para alguém e, então, teve uma briga...meses depois, o laboratório deles fora incendiado com eles ainda dentro... – Lalisa diz e Jennie coloca a mão na boca, surpresa – Nunca acharam o culpado...e eu não tinha nenhum parente...então, fui mandada para um orfanato, foram anos da minha vida. Todos os dias pensando quem matou eles até que apareceu Krystin e Rosé, esta já estava viúva a mais ou menos seis anos, eu acho, mas já tinha casado-se com Willie, que também morreu á alguns anos... E, hoje, estamos aqui. Krystin recomendou que eu tirasse o nome dos meus pais do meu nome, pois as pessoas que mataram eles, bem...poderiam voltar – Lalisa dá de ombros – Nunca estudei bioengenharia, ou algo para ser cientista, por causa dessa sombra que ainda existe deles...acho que Lia é gênio assim por conta deles, até... – Lalisa diz suspirando, por fim, tentando controlar a emoção de lembrar dos pais e impedir que as primeiras lágrimas teimosas já caiam – Ainda dói...Jen – Lalisa diz, por fim, tentando controlar o soluço preso em sua garganta

• O Acordo •Onde histórias criam vida. Descubra agora