Gratidão.

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Era 5:15 e Rafaella já estava de pé, fez sua higiene matinal, se vestiu casualmente, pegou seu celular e seguiu para a cozinha de Manoela, preparou um café, pediu um carro pelo app. Escreveu um bilhete para Manoela, logo seguiu para fora do prédio, adentrando o táxi e seguindo para o hospital, não aguentava mais ficar longe de Gizelly, queria sentir seu aconchego, aqueles braços que lhe davam sensação de casa. Assim que chegou, foi para o quarto que Gizelly estava. A mesma dormia, as meninas porém já estavam também acordadas. Só continuavam sentadas mexendo no celular. Gizelly havia tido alguns pesadelos e dores no local atingido pela bala. Pediu que as meninas não ligassem pra Rafaella. Queria que ela descansasse.

_ Rafa?- disse Taís.

_ Oi, cês conseguiram dormir?

_ Sim!- olhou pra ela que se aproximava da amada.- você não dormiu né ?

_ Não.... Não consegui.

_ Tomou café? Quer que te traga alguma coisa?- perguntou Letícia.

_ Tomei um café, obrigada! Vão vocês duas, se quiserem ir pra casa, tomar um banho e descansar, eu fico aqui.

_ Acho que faremos isso sim.- falou Letícia.

_ Vocês podem arrumar algumas coisas da Gizelly? Vou pedir pra alguém passar pra buscar

_ Faremos isso.- disse Taís.- da um beijo nela quando ela acordar.

_ Sim, farei isso. Depois mandarei o endereço pra onde vamos e vocês irão lá por favor.

_ Não se preocupa, você não vai se livrar da gente.

As duas seguiram para fora do quarto, depois de se despedirem.

Rafaella caminhou até a cama, passou a mão no braço de Gizelly e logo depositou um beijo na testa da mais nova.

_ Deusa?- falou Gizelly com a voz rouca, ainda sonolenta

_ Oi amor! Como vc esta se sentindo.

_ Acho que bem!- olhou para a janela observando que agora que estava clareando.- Que horas são? Ca de as meninas?

_ São 6 horas e as meninas já foram.

_ Você não dormiu né?- Rafaella não precisou falar, pra Gizelly saber a resposta.- Vem deita aqui.

_ Gi você tá machucada.

_ Vem o braço doente é esse você deita desse aqui, vem, tô com saudades do teu calor. - fez beiço, logo Rafaella se arrumou ao lado da namorada, que logo se aconchegou em seu peito.- Eu te amo, Rafinha.

_ Eu te amo mais!

O relógio marcavam 08:00, as duas estavam dormindo, mas a entrada de uma enfermeira logo as despertou.

_ Bom dia!- disse a mulher.- desculpa acorda-las mas preciso que a srt Bicalho tome esse medicamento.

_ Bom dia, não tem problema. - falou Rafaella levantando-se.

_ Ah! Srt Kalimann, tem duas senhoras e um senhor la na recepção, disseram que são familiares. Eles acabaram de chegar.

Rafaella olhou para Gizelly, que ficou sem entender quem poderia ser a outra senhora.

_ Eu vou lá enquanto você está sendo medicada.

Caminhou até a recepção, quando notou seus pais e ...

_ Dona Márcia?

_ Filha?!- disse Genilda

_ Oi Rafaella!- Márcia lhe abraçou. - Cadê a Gigi, como ela tá minha filha?

_ Calma dona Márcia, ela tá no quarto, sendo medicada, ela tá bem.- virou-se para os pais e abraçou os dois.

_ Filha ainda bem que vocês estão bem!- disse Tião.

_ Vamos para o quarto.- Rafaella os guiou até o quarto.

A enfermeira estava apenas aguardando ela retornar. Assim que entraram no quarto, Márcia correu até onde a filha chorando.

_ Ei mãezinha! Não chora eu tô bem.- beijou as mãos da mais velha.

_ Eu tava preocupada minha filha.- abraçou a garota.

_ Eu vou indo, ela já tomou o medicamento. Ajudem ela a tomar um banho e daqui a uma hora o médico vira para dar sua alta.- disse a enfermeira, que logo saiu do quarto.

_ Gigi, meu furacão.- disse Genilda se aproximando.- Eu nunca, nunca minha filha vou poder pagar por tudo isso que fez. Você salvou a minha filha Gi.

_ Que isso Gege, eu prometi cuidar da sua filha, foi o que fiz.

Genilda deu um beijo na cabeça de Gizelly.

_ É Gizelly, vou te dever gratidão pro res... resto da vida- falava Tião com a voz embargada se entregando a emoção. - Você salvou a minha princesinha, apertou mais Rafaella que estava abraçada com ele.- Obrigada Gizelly.

Todos ali estavam emocionados demais. Aquele momento era de gratidão, por as duas estarem com vida e por Gizelly ter salvado a vida de Rafaella. Ficaram ali conversando sobre o ocorrido do dia anterior.

_ Vocês vieram juntos pra cá?- perguntou Rafaella.

_ Márcia estava no aeroporto assim que chegamos, eu vi ela na porta esperando aparecer um táxi. A reconheci pela foto que havia visto no celular de Gizelly. Chamei ela me apresentei e viemos pra cá.- dizia Genilda.

_ Eu sei que você disse que estava tudo certo.- disse Márcia.- Mas não conseguia ficar lá sabendo de tudo e longe da minha bebê.

_ Mãe... - falou Gizelly envergonhada, fazendo os outros rirem.

_ Que é? Queira você ou não, ainda é meu bebê.

_ Os filhos sempre vão continuar sendo nossos bebês não importa a idade.- disse Genilda.

_ E o Tato?

_ Ele foi pra seu apartamento com Marcella, pegar seu carro. - falou Tião.

_ Vou ligar pra eles, preciso que peguem minhas roupas. Passem na república pra pegar as coisas de Gizelly, vamos pra um hotel, não quero mais pisar naquele apartamento. - virou-se para a sogra.- Dona Márcia vai ficar com a gente também.

_ A gente fica na república amor.- disse Gizelly que logo foi interrompida.

_ Gizelly, já conversamos sobre.- olhou seria- Vamos ficar uns dias no hotel, você precisa de cuidados e repouso. Sua mãe e minha mãe estarão conosco.

_ Gigi, Márcia... Aceitem. - falou Genilda.- Queremos ficar todos por perto agora, por favor?

_ Tudo bem, disse Gizelly.

_ Vou ligar pro Tato e pra Marcella.

Assim que resolveu tudo, voltou para o quarto e Gizelly saia do banho com ajuda da mãe. Tião trouxe café reforçado para os quatro, já que o de Gizelly já tinha sido trago por uma enfermeira.

Estavam tomando seus respectivos cafés, Gizelly tirava o pão de queijo de Rafaella,que sorria pela careta de susto e a boca cheia da namorada assim que foi pega. Todos já estavam descontraídos, riam da situação.

Logo o médico entrava e examinava Gizelly. Fizeram o curativo, receitou alguns remédios pra que a mesma continuasse tomando. Pediu que não fizesse esforço e que retornasse em 3 semanas, assim que o braço estivesse mais desinchado.

Assim que saíram Tato já esperava, havia passado na casa e na república, Marcella estava aguardando eles no hotel. Seguiram todos pra lá.

Bolha De Sabão! (GiRafa)Onde histórias criam vida. Descubra agora