VI

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Harry Potter era um garoto curioso e Dumbledore pôde perceber isso no momento em que olhou em seus olhos e se viu incapaz de acessar sua mente; sua reação reação ao saber que estava em outra dimensão também havia sido interessante, quase como se o jovem Harry ainda não tivesse entendido exatamente sua nova realidade, mas fora a descoberta de que ele era o Menino que Sobreviveu em seu mundo que realmente despertou o interesse do diretor nele
Era quase como um milagre, afinal, o próprio Menino que Sobreviveu deles estava morto e Tom só poderia cair por alguém com esse título, pois assim ditava a profecia. Com a morte de Neville Longbottom a esperança de vencer essa guerra havia ido embora, mas com a chegada de Harry Potter parecia que a esperança estava de volta apenas com a meta possibilidade do nascimento de um novo herói
E parecia que até mesmo as características de um este teria
— Você não pode estar falando sério, Dumbledore- James Potter o olhava de forma irritada
— Eu não vejo porque não- Albus continuou sereno- Nós não já havíamos estabelecido que Greyback deveria ser interceptado? Harry poderá ser útil
— Ele é uma criança! - James falou frustrado- As crianças não deveriam lutar nessa guerra
— Ele não é uma criança qualquer James, ele é o Menino que Sobreviveu- Dumbledore o lembrou cuidadosamente- Sabe o que isso significa
— Sim, que Voldemort vai querer mata-lo mais do que ele quer a maioria de nós quando ele descobrir- o Potter respondeu na mesma hora
— Jay, se acalma- Sirius Black, que havia chegado apenas no final da revolta do amigo, o empurrou de leve de volta para uma das cadeiras- Dumbledore pode ter alguma razão. Harry parece determinado a salva seus amigos, você não acha que seria melhor se ele fosse com a gente do que tentar a sorte sozinho?
— O que eu acho que seria melhor é trancar ele em algum lugar enquanto resolvemos isso- James resmungou
— Sim, eu não acho que isso seria uma possibilidade- Sirius riu- Mas olha, eu acabei de ter a conversa mais desconfortável da minha vida com Draco, e olha que não envolveu nenhuma garota que eu fiquei e depois esqueci o nome, e o que eu tirei disso foi: essas crianças passaram por coisas que nem podemos imaginar e eles lidam com as coisas de forma diferente da nossa; então meu voto é para que deixarmos que eles lidem ou então da próxima vez eles se quer vão nos avisar antes de fazer algo
— É realmente melhor que eles fossem conosco, James- Remo tentou- Assim podemos protege-los caso seja necessário
— O garoto é um guerreiro- Moody anunciou e revirou o olho bom quando viu os olhares de confusão nos rostos dos Marotos- É claro que vocês, idiotas sentimentais, não foram capazes de perceber, estavam ocupados de mais com a cara do pirralho
— Direto ao ponto, Moody- Sirius pediu
Não me apresse, Black- Alastor rosnou- O garoto podia estar sorrindo e brincando conosco, mas sua mão nunca deixou as proximidades de sua varinha, como se estivesse esperando um ataque surpresa a qualquer hora e ele também presta muita atenção onde colocamos as nossas próprias mãos, se eu confiasse nele com certeza estaria arranjando um jeito de coloca-lo nos aurores. Por tudo que Neville Longbottom, que Deus tenha a sua alma, falava e depois se via incapaz de cumprir, Harry Potter é capaz de fazer o dobro, eu garanto. O pirralho é mais material de O Eleito do que Neville jamais foi
James endureceu ao ouvir como Moody chamou Harry, havia uma diferença muito grande em chama-lo de Menino que Sobreviveu de O Eleito. Enquanto o primeiro era puramente um reconhecimento dos fatos, o segundo era muito mais do que isso, era sobre a crença de um escolhido pelo destino para matar Voldemort, era sobre ser aquele qual a profecia de tantos anos atrás falava
— Moody, Harry não é... - James começou a negar com um desespero crescente
— Não se faça de bobo, Potter- Olho-Tonto o cortou- Nós dois sabemos que ele é sim
— Alastor, pelo amor!- Sirius resmungou exasperado- Vamos apenas nos focar no problema da vez, por enquanto
— Eu tenho alguma opção além de concordar em ele ir?- o Potter questionou amargurado- Quer dizer, eu não sou realmente o pai dele e ele não é realmente meu filho, então se é o que ele quer...
— Maravilhoso- Dumbledore sorriu, embora estivesse bem ciente de que nada estava maravilhoso- Se os senhores não se importar, devo tratar de assuntos da escola agora
— É claro- Remo concordou se levantando para sair, seus dois amigos logo o seguindo
Os três se despediram e foram embora com uma eficiência vinda dos tempos como encrenqueiros em Hogwarts e o consequente tempo que passaram em seu escritório por conta disso, e Albus se virou para Alastor, esperando que o auror também se despedisse e fosse embora, mas ele não moveu um único músculo
— Eu sei o que você está pensando- Moody avisou
— Oh?- Dumbledore questionou não mordendo a isca
— Não tente jogar esse jogo comigo Albus, eu te conheço bem- Moody ralhou- Eu sei que você só quer que o garoto vá para saber se ele pode lutar ou não. E se ele puder, você vai tentar convence-lo lutar a nossa guerra
— Ele é o Menino que Sobreviveu- o diretor apontou sem se abalar- E como você tão bem lembrou, pode mesmo ser o Eleito
— Não estou te julgando aqui- Alastor prometeu- E, como eu também já falei, se eu confiasse nele daria um jeito de o arrastar o Departamento de Aurores, mas também... Eu vi os olhos do garoto, Albus. Ele está assombrado e qualquer que seja essa coisa envolve Potter e Black, porque até ficar com raiva ele era incapaz de olhar qualquer um dos dois nos olhos
— Tão ruim assim?- Dumbledore lamentou
— Não sabemos pelo que ele passou e não podemos assumir que foi o mesmo que Neville. Na verdade, eu posso te garantir que não foi- com isso, Moody finalmente se levantou para ir embora- Só vou te dizer mais uma coisa: tome cuidado com este, Albus. Harry Potter ainda não conhece nenhum de nós e não devemos confiar nele também
Essas foram as últimas palavras do homem antes que ele desaparecesse pelo Floo, deixando um diretor muito confuso para trás

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