06 Nowhere

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Empurrei Tomlinson com toda a minha força, jogando–o até o outro lado da parede, onde ele esbarrou do interruptor e acendeu a luz novamente.

Seu cabelo estava todo despenteado, provavelmente por mim, e sua boca, vermelha de tanta pressão e desespero. Mas assim ele parecia muito mais sexy. Revirado. Como se alguém tivesse traçado uma rota nele e... Esse alguém era eu. 

– O que foi? – Louis perguntou, franzindo a testa, tentando se aproximar.

Eu saltei da bancada, arregalando os olhos.

– O que eu estou fazendo?  – Resmunguei para mim mesma.

– Me beijando. – Ele respondeu de forma simples, como se estivéssemos falando sobre pandas.

– Exatamente! – Eu levei a mão até a boca de pavor. – Eu! Eu estou fazendo isso! Qual meu problema? Eu estou louca.

Sim, de fato. Meu psicológico deveria estar sendo intensamente afetado por estar revirando Louis de cabeça para baixo.

Louis segurou meus braços e levou minhas mãos até seu peito. De um lado, eu senti seu coração batendo aceleradamente, de uma forma incrível. E combinava totalmente com seu estado físico, bem revirado.

– Dá pra sentir, não é? – Ele soltou uma risada fraca encarando o chão. – Está muito forte. Desde que Harry e Zayn me trancaram aqui. Então ou eu estou louco ou eu estou irremediavelmente apaixonado por você. Entendeu?

Without you I’m not a survivor

Without you I can’t live

‘Cause I need you

Yes, I need you

Meu coração deu uma boa acelerada ao ouvi aquilo. Prendi um sorriso, abaixando a cabeça e ficando vermelha. Eu não sabia o que dizer naquele momento. Estava feliz demais para qualquer coisa.

Subi na ponta dos pés e tentei alcançar seu rosto, beijando novamente seu queixo. Uns vinte centímetros agora cairiam bem.

Louis fechou os olhos como uma criança e sorriu bobamente.

– Você está apaixonada por mim? – Perguntou ainda de olhos fechados, ainda sorrindo bobo.

– Eu não tenho para onde correr, não é? – Respondi baixinho, encostando meu rosto em sua camisa como se quisesse me esconder.

– Nenhum lugar. – Louis me puxou, alcançando meus lábios rapidamente e me beijando. Eu passei os braços em volta de seu pescoço e ele segurou minha cintura. 

As sensações maravilhosas voltaram. Os choques elétricos me percorriam com total liberdade e eu só queria mais, provar cada vez mais daquele cara.

De repente, ouvimos passos no corredor e a porta do quarto dele foi aberta. Eu reconhecia a voz de Harry e a voz de Zayn adentrando o quarto e conversando.

– Ele disse “Eu não a teria nem que ficasse preso com ela.” – Disse a voz de Zayn. – Então ou eles se mataram, ou eles se agarraram.

– Não é possível que tenham ficado esse tempo inteiro sem chegar a nenhum lugar.

– Não tinha nenhum lugar para chegar. – Zayn gargalhou.

– De fato.

– Harry, eu estou com medo da Summer arrancar as nossas cabeças.

Ouvi a chave virar e destrancar a porta. Soltei Louis de uma forma brutal, louca para sair daquele lugar. Abri a porta com força, fazendo–a bater na parede e encarei as caretas assustadas de Harry e Zayn.

– O-oi Summer. – Disseram os dois ao mesmo tempo. – Tempo bem aproveitado?

– FILHOS DA PUTA! – Eu gritei, colidindo com o primeiro que apareceu na frente e estapeando Zayn até eu cansar. – INDIANO IMPRESTÁVEL, CURLY DESGRAÇADO, SEUS GAYS, QUAL O PROBLEMA DE VOCÊS? VÃO À MERDA!

E quando terminei com Zayn, agarrei Harry pela camiseta e comecei a dar nele também, com muita raiva de os dois.

– LOUIS, SEGURA SUA GAROTA! – Harry gritou.

– Não, valeu, vamos ver até que ponto ela chega. – Ele passou por nós dois, passando a mão pelos cabelos para ajeitá–los e sorrindo. Se sentou em sua cama, colocando os braços atrás da cabeça e se jogou no colchão de maneira relaxada.

– Até que ponto, tipo, até a nossa morte? OUCH! SUMMER! – Zayn passou a mão pelo rosto agora marcado pela minha mão.

– Eu poderia enforcar vocês dois, mas eu prefiro fazer coisa pior. – Grunhi, empurrando os dois para o banheiro que eu havia acabado de sair.

– Desculpa, Summer. Nós só queríamos fazer você e o Louis se entenderem! – Harry tentou se desculpar.

– É, cara, impossível existir algo mais óbvio do que a vontade que vocês tinham de querer se agarrar. – Zayn completou.

Eu chutei a porta do banheiro com força, fechando–a na cara deles e girando a chave. Respirei profundamente.

– Ei, Summer, o que você está fazendo? – Ouvi a voz de Harry do outro lado da porta. – Você vai abrir, não é?

– Não vou. – Neguei.

– Summer, não tem graça. – Zayn disse. – Não tem nenhum fundamento me trancar com o Harry aqui.

– Por que vocês não “se entendem”? Aí quem sabe eu tiro vocês daí.

– Mas nós somos amigos! – Harry bateu na porta. – Summer, abre aqui!

– “Impossível existir algo mais óbvio do que a vontade que vocês têm de se agarrar.” – Fiz uma voz forçada e me afastei da porta, me virando para o Tomlinson que sorria largo na cama.

Enquanto os meninos batiam na porta do banheiro desesperadamente, Louis dava dois tapinhas em sua cama, me mandando me aproximar. Abri um sorriso cheio de malícia e me sentei na beirada da cama, sendo puxada ferozmente pelos braços de Louis logo depois até que eu colidi com ele, me sentando em seu colo.

Então ele me beijou com força, bagunçando meu cabelo com as mãos de forma necessitada. Louis mordeu minha boca, me fazendo gemer baixinho pela dor. Ele sorriu entre o beijo e se sentiu na vontade de puxar a barra da minha camisa até que ela não estivesse mais lá.

Eu passei os braços por seu pescoço e Tomlinson me abraçou, me apertando com força. Eu beijei seu rosto muitas vezes com necessidade enquanto puxava sua camisa da mesma forma que ele se livrou da minha. Era tão bom que eu tinha que abusar. Era tão corrompido.

– Mesmo quando brigamos... – Louis sussurrou – Você me excita.

Eu sorri de lado, sendo beijada no rosto, depois no queixo, no nariz, nos olhos e na testa, me provocando gargalhadas. E depois começaram as provocações ainda mais quentes. Os gemidos começaram ainda baixos, mas com o silêncio, podiam ser ouvidos de longe.

– Espera, vocês não vão nos obrigar a ouvir vocês transando, não é? – Zayn murmurou.

Louis levou seus dedos mágicos até um ponto estratégico do meu corpo e eu soltei um gemido um pouco mais alto.

Oh-oh, Zayn, eu acho que eles vão. – Harry resmungou e logo depois, começaram a bater incansavelmente na porta do banheiro. – PRIMEIRO TIREM A GENTE DAQUI!

SUMMER, LOUIS! NÃO FAÇAM ISSO AGORA!

Without you, I’m not a survivor.

FIM

Nowhere Left to RunOnde histórias criam vida. Descubra agora