05 Do I drive you crazy?

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– Para de resistir! – Ele sussurrou contra meus lábios fazendo–me sentir a vibração das palavras fazerem cócegas na minha boca, selou–os mais uma vez e se afastou brevemente me fazendo encarar suas íris intensamente azuis, doloridas e confusas. – Por que você faz isso? Summer, você me deixa fora de mim.

Eu mordi lentamente o lábio inferior ao ouvir aquelas palavras e ele esboçou uma careta perversa e agressiva, levando os dedos até a minha boca e puxando o meu lábio preso pelos meus dentes.

– Assim eu não me controlo. – Disse o Tomlinson com um tom de voz baixo e arrepiante. Ele entrou na banheira, colocando cada joelho de um lado do meu corpo rapidamente, ficando mais alto do que eu, de qualquer forma. – Você não consegue ficar normal comigo? – Perguntou ao abaixar a cabeça na direção da minha. Eu neguei em resposta, o que o fez abaixar ainda mais. – Huh? Eu te tiro do sério, Summer?

Eu balancei a cabeça afirmativamente, quase sorrindo, mas zonza demais para isso. Ele levou sua boca até a minha orelha, o hálito quente me fez inclinar a cabeça, e as mãos ao meu cabelo, jogando alguns fios para o lado e segurando meu pescoço com seus dedos quase gelados. Me deixou totalmente arrepiada. Senti sua respiração quente abaixando e chegando a minha bochecha onde ele beijou levemente algumas vezes seguidas.

Foi um gesto tão anormal para um garoto filho da mãe que nem ele. E eu queria mais. Ele poderia ficar o dia inteiro “colidindo” sua boca contra meu rosto. De preferência, por vezes, alternar pela boca.

– Você fica estressada, irritada, louca? – Perguntou baixinho.

Fechei os olhos, pois não estava aguentando mais. Deixei um gemido de aprovação escapar pelos meus lábios e com a surpresa de minha reação, fechei a boca mais uma vez. Suas palavras baixas me faziam querer gritar. Sim, era tudo verdade. Droga, como ele consegue ser tão tentador? – Huh? – Beijou meu rosto mais uma vez, traçando um caminho até o canto da minha boca, onde segurou meu queixo e me fez abrir os olhos e encarar suas órbitas azuis tão brilhantes.

Aquele garoto... Louis Tomlinson... Me deixava louca. Como ele conseguia essa proeza de merda?

Com aquela estúpida cara de santo, ele conseguia fazer as piores caretas e as mais perversas também. 

Ele puxou meu rosto até encostar seu nariz ao meu, roçando de leve. Eu queria fechar os olhos, mas quando o fazia, ele me fazia abrir, deixando de fazer qualquer movimento e me despertando curiosidade. Ele queria olhar nos meus olhos enquanto fazia aquilo.

– Eu estou tentando te provocar, mas você não para de resistir. – Sussurrou. – Eu te odeio, cara.

– Eu também. – Respondi baixinho.

– E eu acredito nisso. – Ele abaixou o rosto e suspirou, perdendo as forças em suas mãos que segurava meu pescoço. Eu tomei forças (não sei de onde) e o empurrei, fazendo–o se sentar um pouco longe de mim na banheira. Eu o encarava enquanto ele mantinha a cabeça abaixada, sem nenhuma reação.

– Que pena.

Eu não resisti em avançar de joelhos na banheira e alcançar seu queixo com minha boca. Beijei levemente, deixando uma segunda ideia de que talvez eu tivesse apenas me movido e encostado sem querer. Louis levantou a cabeça, voltando a me olhar nos olhos, mas eu já havia me levantado e saído de dentro da banheira.

Fiquei de costas para ele com os braços cruzados. Eu estava fraca, sentia todo meu corpo estremecer com os toques anteriores de Louis, as marcas não queriam sair de mim. E eu também não queria me deixar esquecer. Eu acho que gosto um pouquinho dele, mas prefiro que esse pensamento se afogue na minha cabeça. E também aquele pensamento de que eu estivesse esse tempo todo desejando por isso.

– Como é? – Louis perguntou, parecendo só agora ter se tocado de que eu disse “que pena” por ele acreditar que eu o odeio. Idiota, sim ou com certeza?

Eu ouvi seus passos saindo da banheira e se aproximando de mim e logo depois, ele puxou minha blusa numa tentativa falha de me puxar. Eu acabei colidindo com a parede e apaguei a luz no interruptor. Ele me virou pela cintura e eu bati de frente com o Tomlinson. Eu vi o reflexo de um sorriso cheio de malícia em sua boca.

Ele colocou os braços em minha volta.

– Eu não acredito no que ouvi. – Sussurrou o Tomlinson perto do meu ouvido e o senti arrastar sua respiração quente pelo meu rosto e chegar até meu pescoço, beijando algumas vezes. Eu me arrepiei, fechando os olhos e então Louis começou a mordiscar minha pele sensível, dando pequenos selinhos nos locais que ele machucava.

Um suspiro tentou sair pela minha boca, mas eu reprimi e Louis percebeu, voltando a minha orelha.

– Não resista, Summer. 

Era provocação demais. Eu soltei o suspiro e Louis soltou uma risada fraca, voltando a atacar meu pescoço. Eu não preciso dizer que aquilo estava me deixando totalmente fora de mim, não é? Eu não estava me controlando na forma literal da palavra. Senti meu corpo ficando quente nas mãos grandes e expressas de Louis, que subia minha cintura brincando com a barra da minha camisa. Segurei também a sua que batia bem no meio do meu tronco.

Louis mordeu o lóbulo da minha orelha e eu gemi baixinho, o que o deixou um pouco fora de si. De repente, ele deixou de fazer qualquer coisa, se abaixou, segurando minhas coxas com suas mãos e apertando com força, me tirando do chão e me fazendo agarrar em seu pescoço e logo depois, passar as pernas em volta da sua cintura. Eu senti sua nada pequena “animação” por mim.

Segurei seu maxilar, levando minha boca até seu queixo e mordendo algumas vezes, sentindo–o abrir a boca e rir.

– Cala a boca. – Eu rosnei, mas foi impossível não rir junto com ele. Quero dizer, olha o que nós estávamos fazendo?

Ele me carregou até a bancada do banheiro e me colocou sentada, afastando minhas pernas e segurando meu pescoço. Pressionou seus lábios contra os meus e eu os deixei entreabertos, facilitando a passagem de sua língua. Agradeci mentalmente por estar sentada, pois se estivesse em pé, com certeza ficaria bamba com aquele beijo. Sua língua corria para encontrar a minha, acariciando–a de uma forma sem igual, como se desejasse aquilo há tempos, querendo ser o mais gentil possível com a minha boca. Me deixou sem fôlego em poucos segundos, eufórica e querendo por mais. 

Nowhere Left to RunOnde histórias criam vida. Descubra agora