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A bebida que eu ingeri mais cedo começou a fazer efeito no meu corpo

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A bebida que eu ingeri mais cedo começou a fazer efeito no meu corpo. Ou talvez eu esteja a confundindo com a sensação que Chris causa em mim, mas não me esforço para descobrir qual é das opções, já que as duas são boas.

Chris se aproxima tanto de mim que acho que vai me beijar, e não me mexo, até porque não seria possível neste caso, já que estou presa entre ele e a parede.

Ele estica sua mão esquerda até a janela enquanto segura seu cigarro com a outra. Então ele apaga o cigarro e o joga pela janela, soltando o resto de fumaça da sua boca lentamente, como se não quisesse a deixar ir.

Ele não tira os olhos de mim nem por um segundo, e sinto o fogo da minha intimidade aumentar. Seus olhos azuis penetram a minha alma e buscam pelos meus pensamentos mais obscuros, mas por enquanto não deixo que saiam. Minha respiração aumenta cada vez mais, e o silêncio que tem entre a gente deixa tudo com mais tensão, e deliciosamente mais excitante.

"Por que veio se não gosta de se enturmar?" Pergunto tentando diminuir o fogo que cresce em mim.

"Nunca disse que não gostava de me enturmar, só disse que sou pouco sociável."

"Por que está enganado Ingrid?" Pergunto novamente, como se estivesse o entrevistando.

Ele solta um sorriso acompanhado de uma covinha perfeitamente desenhada em seu rosto. "Eu não estou a enganando, Eva." Ele diz limpando o resto das lágrimas que estavam no meu rosto. "Nós só estamos trocando saliva." Ele diz, e sinto uma pontada de ciúme, mas finjo que aquilo não me atinge.

Não sei porque ainda estou aqui. Estou com o cara que minha amiga está se envolvendo no momento, e quase traindo meu namorado. Minha nossa, Jonas. Quase tinha me esquecido dele. Eu começo a em mexer para descer novamente, mas meu corpo não me obedece, então eu fico ali, entre Chris e a parede, mas não reclamo.

"Porque estava chorando?" Ele pergunta tirando alguns fios de cabelo do meu rosto.

"Não precisa fingir que se importa, Chris, eu sei que não liga."

"Isso é verdade." Ele diz soltando um curto suspiro e olhando diretamente para os meus olhos. "Só estava tentando falar alguma coisa, por que sei a quão excitada você fica quando não estamos falando nada, quando tudo que existe é apenas eu e você, e mais nenhuma palavra."

É agora. Essa era a hora que deveria xingá-lo, dizer que não sinto nada daquilo, e sair daqui o mais rápido que eu consigo, mas ao invés disso, eu levanto meus pés para chegar até a altura dele, para poder beija-lo.

Mas antes que minha boca encoste na dele, eu sinto suas mãos que antes estavam na parede chegar na minha barriga, e em seguida na barra do meu vestido. E eu deixo, eu deixo porque nunca havia sentido isso antes, porque Jonas não consegue causar isso em mim nem que tentasse por um milhão de anos.

"Você sente aqui não é mesmo?" Ele sobe meu vestido e coloca a mão na minha intimidade, sobre a minha calcinha.

Um arrepio percorre todo meu corpo quando sinto suas mãos em mim. Eu abro a boca, mas não emito nenhum som, minha respiração acelerada já responde por mim.

"Eu nem te conheço." Digo tentando não me render a ele.

"Mas você gosta, não gosta, Eva?"

"Você me insultou."

"E você queria mais, não queria?" Ele brinca comigo como se eu fosse seu peão, ele faz o que quiser comigo sabendo apenas meu nome. Meu nome é tudo que ele precisa. "Você queria que eu te xingasse sobre aquela cama não queria, Eva? Aqui, e agora." Ele aponta para a cama com a cabeça, e logo volta a olhar para mim, a olhar nos meus olhos.

"Eu não gosto de você, Chris." Digo decidida, mas meu corpo não concorda comigo. Eu mordo meus lábios ao sentir a pressão que ele faz sobre a minha intimidade. "E isso não é verdade, eu quero ir embora." Minto.

"Então porque você está molhada?" Ele sussurra no meu ouvido.

Droga. Como ele está fazendo isso comigo tão facilmente? Eu sei que é errado, sei que Jonas está a apenas alguns metros de mim, mas depois do que ele fez comigo quando achava que ele me amava e respeitava, me faz querer montar em Chris agora mesmo.

Eu então o beijo sem pensar duas vezes. Meus braços passam ao redor de seus ombros, e minhas mãos caminham pelo seu cabelo escuro.

Chris retribui o beijo. Sua maneira de me beijar é impiedosa e feroz, e consigo ver por seus atos e olhares, que ele sente a mesma atração que sinto por ele, e tenho a impressão de que ele odeia isso.

Ele levanta as minhas pernas e me apoia na parede. Eu tiro sua jaqueta de couro e a jogo no chão, então ele me leva para a cama e me joga nela, então se posiciona em cima de mim.

"Seu idiota." Xingo, mas ele ignora minhas palavras, e continua beijando meu pescoço e o resto do meu corpo.

Seu beijo tem gosto de menta, e seus lábios são tão macios com uma nuvem. Ele morde meus lábios como se estivesse os petiscando, e suas mãos não se contentam apenas com o meu cabelo, ela caminha por todo o meu corpo, visitando cada parte como se fosse um turista.

Eu começo a tirar sua blusa e a jogo longe. Estou tentando tirar seu cinto quando ouço alguém abrindo a porta com toda a força.

Jonas estava parado diante a porta tentando entender o que estava acontecendo ali, imóvel, sem piscar nem uma vez, assim como nós.

Nós nos levantamos instantaneamente. Chris começa a vestir sua blusa novamente, e eu ajeito meu cabelo e minha roupa, mas acho que isso não vai adiantar muita coisa agora.

Diga Meu Nome (Mohnstad)Onde histórias criam vida. Descubra agora