Over The Rainbow - Heyna/Siyoon Version

Capítulo 23

hm voltei... alguem tem oléo pra passar na minha cara de pau de vir atualizar depois de meses??????? kkkkk perdi muitos leitores com essa pausa gigante porém vou continuar com a história, me desculpem por isso :(

boa leitura!!

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Heyoon abriu os olhos lentamente antes de piscar várias vezes. Encontrou o par de olhos verdes lhe encarando com preocupação e só então se lembrou do que havia acontecido. Se levantou às pressas, percebendo que estava no quarto de Sina, ou no delas, como Sina costumava chamar.

-- Hey... não se levante assim, você pode se sentir tonta. — Sina disse com doçura na voz. Deu sorte de todas as grandes festas ocorrerem no salão principal de sua casa, porque assim pôde levar Heyoon rapidamente para o andar de cima e acomodá-la rapidamente.

-- Vou te fazer uma pergunta e quero que me responda com toda a sinceridade. Heyoon falou notoriamente alterada.

— Pois bem. Faça. — Sina disse, curiosa.

— Você ajudou minha mãe a armar contra John e eu? — Sina arqueou uma sobrancelha em total confusão.

— Como?

— Não se faça de sonsa! — Heyoon gritou caminhando em voltas pelo quarto. Sina a alcançou e segurou seu braço delicadamente.

— Não estou realmente entendendo. — Falou e sentiu Heyoon puxar bruscamente seu braço do toque de suas mãos.

— Então deixa eu perguntar melhor. Há quanto tempo vem me querendo? Há quanto tempo tem vontade de me beijar? — Sina corou. Não queria falar a verdade, seria embaraçoso, mas jamais mentiria para Heyoon.

– Hm, desde...a-alguns meses antes de nos casar. — Confessou cabisbaixa.

— E achou que eu não descobriria seu jogo sujo com minha mãe para fazer eu me casar com você? — Perguntou aos gritos. Sina não estava conseguindo entender o que sua esposa estava tentando dizer.

— Yoon... -- Sina foi calada pela mão de Heyoon acertando em cheio seu rosto. Levou a mão ao rosto mais por surpresa do que por dor, apesar de Heyoon ter um tapa realmente ardido.

— Nunca mais me chame assim! — Impôs. — Eu tenho tremendo nojo de você. Não pense que seu dinheiro possa ter comprado meus sentimentos, porque não, Sina, não comprou.

— Você ao menos pode me explicar o que...

— Basta! — Heyoon gritou. — Para de se fingir de vítima aqui, meu Deus. — Pediu. Seu peito inflava e desinflava rapidamente. — Como fui idiota a tal ponto? Claro que acreditei que foi uma coincidência você aparecer limpando as minhas lágrimas assim que minha mãe me contou a pior das mentiras e no dia seguinte apareceu em casa pedindo a minha mão. — Disse em ironia.

— Heyoon, já chega! — Sina falou um pouco mais alto. — Eu não sei de que merda você está falando, mas eu não tentei te comprar jamais. —
Falou irritada. — E tem mais, você me pediu para casar com você, não o contrário.

— Porque minha mãe conhece o quão idiota posso ser. — Contestou. — Sou patética. Disse chorando.

— Não, você não é. — Sina a corrigiu, mas Heyoon a olhou feio novamente.

— Pare de agir como esposa perfeita porque seu joguinho já foi descoberto. Essa boa pose de ser perfeita, de me fazer sentir segura e até mesmo atraída por você acabou. Eu não ficaria com você nem por todo o dinheiro do mundo. — Cuspiu as palavras. — Só porque você é lésbica acha que todo mundo têm o mesmo tipo de atração que você? Acha que só porque é rica todas as garotas da cidade vão te desejar, mas adivinha só? Eu tenho repulsa, asco por você. Fui clara? Agora com licença. — Sina até tentaria ir atrás dela, mas não podia negar que suas palavras a feriram de um jeito profundo. Não havia feito nada para merecer tamanho distrato, mas no fundo só ouviu da boca de Heyoon o que sempre soube: Ninguém jamais, em sã consciência, ficaria com ela por sentir algo. E rendida a esse pensamento foi para o banheiro tomar um banho e talvez, no secreto daquelas paredes, chorar.

[...]

— Onde está a mamãe? — Heyoon gritou ao chegar em frente à casa onde Sina lhes havia deixado. Havia pedido para um dos guardas lhe levar ali devido ao horário noturno.

— Olá, filha! — Disse seu pai disse sorrindo, mas perdeu o ânimo ao ver que sua filha chorava e parecia irritada. — Está lá dentro. — Disse a localização da mulher.

— Você não tem nada a ver com isso, não é? Perguntou para seu pai, quem entortou a sobrancelha em confusão.

— Com isso o quê?

— Por Deus, o que são esses gritos? — Katherine saiu da casa, confusa pela gritaria.

— Como pôde, mãe? Perguntou ainda chorando. Eu estava apaixonada por ele. — Confessou em um sussurro.

— Querida, por Deus, do que está falando? — Fingiu confusão.

— Pode tirar sua máscara. Encontrei a
Elisabeth ou seria... Lindsay? — Os olhos de Katherine se arregalaram e a mulher percebeu que não teria outra escolha senão dizer a verdade.

— Oh por Deus. Eram apaixonados, mas viveriam aonde? Em um chiqueiro qualquer? — Perguntou com desdém. — Como sustentariam meus netos? Com restos de ração e com leite de vaca? Você deveria me agradecer. Eu te fiz um favor. Completou cruzando seus braços abaixo do peito.

— O que está acontecendo aqui? — Jacob perguntou completamente alheio aos acontecimentos.

— Além do mais vocês nem o amava. Amor e paixão são duas coisas bem diferentes. —
Resolveu ignorar a pergunta do marido apenas para dar a cartada final. E mais, desconfio até dessa paixão. Você só estava encantada por ele.

Jacob olhou confuso para ambas.

— Sua querida esposa se uniu com Sina para bolarem um plano ridículo. — Katherine franziu o cenho ao ouvir o nome de Sina, mas não entendeu.

Heyoon decidiu contar tudo para seu pai e o homem viu a cena com horror nos olhos. Como Katherine chegara tão longe? Decidiu partir da casa naquela mesma noite, voltando para sua casa no vilarejo. Katherine teve que o seguir, completamente contrariada e Jacob deixou claro que a partir de agora as decisões tomadas seriam todas única e exclusivamente dele.

No caminho de volta para casa Heyoon estava magoada, triste. Como, em milhões de anos, imaginaria que sua mãe e sua esposa pudessem se unir para lhe atingir de tal forma?

Estava arrasada, tinha certeza que nada mais sentia por John, sabia admitir que com o passar dos dias lembrava dele cada vez menos, maz vacilou ao sentir a enxurrada de informações caindo em seu colo. Porém, uma coisa era incontestável: Ao chegar em casa acabaria com aquele casamento de uma vez por todas.