Capítulo 1

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Notas: Olá!!

Esta é mais uma fic do kiribaku month, a penúltima. Com o tema do dia 27: música. Eu escolhi: does your mother know?. Isso mesmo, a fic é inspirada naquela cena de Mamma Mia, o filme, pra quem não conhece.

Espero que gostem e comentem! Até sábado, com o cap 11 de Brofriends <3.


SE DIFERENÇA DE IDADE DE MAIS DE 10/20 ANOS INCOMODA VOCÊS, POR FAVOR, SÓ NÃO LEIAM!!!

O Eijirou é maior de idade e se envolveu numa relação com um cara mais velho de forma consensual!!!!!!!




Bakugou checou sua mala uma última vez antes de fechá-la adequadamente e colocar as etiquetas com suas informações e depois começou a arrumar a bolsa menor que levaria consigo durante o voo.

Ele pegou seu notebook pessoal, suspirando enquanto acariciava o notebook da empresa com carinho. Tá, talvez ele fosse um pouco viciado em trabalho. Só um pouco. Todavia ele tinha que ser se quisesse ser o melhor, não é mesmo? Katsuki não era o tipo de homem que se contentava com algo menos do que o topo e chegar no topo não era fácil.

Mas, infelizmente, seu chefe, Toshinori Yagi, achava que trabalhar demais faz mal ao empregado e depois da segunda internação de Bakugou por estresse, insônia e má alimentação ele decidiu dar férias forçadas ao subordinado.

Katsuki, como se pode imaginar, não estava feliz. Todavia, uma semana depois de ficar em casa tentando pedir ao inútil do Todoroki ou o imbecil do Midoriya para enviarem notícias ou pequenas tarefas para ele fazer em casa e não conseguir nada, Uraraka, sua amiga dona de uma pequena cafeteria, o convenceu a ir aproveitar as férias.

Ele já estava em casa de qualquer forma, então por que não aproveitar para realmente tirar um tempo do trabalho? Sua pele já estava mesmo meio pálida de tanto ficar dentro do escritório. Assim, Katsuki pesquisou por belas praias em seu próprio país e decidiu por uma viagem para um lugar tranquilo a poucas horas de viagem de sua cidade, para ter o mínimo de dor de cabeça com o voo e programação de viagem.

Ele agendou a estadia de 2 semanas no hotel, para que voltasse e passasse alguns dias de suas férias visitando seus pais. Novamente, não era algo que ele queria, contudo as pessoas à sua volta adoravam obrigá-lo a fazer coisas que não queria.

Então, 3 dias depois lá estava ele, uma mala simples com as poucas roupas de banho que ele tinha, roupas leve, artigos de higiene e outras poucas coisas essenciais. Como seus livros, porque ele sabia que querendo ou não ia acabar saindo do hotel e descendo à praia apenas para ler e pegar um pouco de sol. Okay, não eram as férias mais agitadas da história, porém era o ideal para Bakugou.

Por mais que fosse alguém estressado e irritado, de certa forma ele também era calmo e sério. Não costumava beber sempre, ou sair muito, era bem caseiro e relaxado. Há muitos anos, antes de se tornar meio obcecado com o trabalho, ele até dormia cedo e comia de forma muito saudável. Lembranças de um tempo distante...

Com uma única mala e uma bolsa com alguns lanches para o curto voo, seu notebook, celular, fone de ouvido e documentos, Katsuki saiu de casa e pegou um táxi até o aeroporto, chegando 2 horas antes e se organizando facilmente.

Poucas horas depois de um voo tranquilo, Katsuki descia na cidade litorânea que vivia principalmente do turismo. Era meio longe da capital onde ele vivia e era muito reconfortante pensar estar em um lugar onde ninguém o conhecia. Nada de Uraraka, Todoroki ou Midoriya, nem mesmo seus pais para encher seu saco. Bem, pelo menos não enquanto ele não atender nenhuma ligação.

O hotel em que Katsuki ficaria não era nada extremamente luxuoso, mas era muito confortável, com uma vista agradável para a praia que esbanjava um azul claro, o céu limpo e o sol alto eram convidativos. Por mais que não tivesse sido agradável acordar muito cedo na madrugada para viajar, Katsuki se sentiu recompensado ao ter a chance de chegar ao local no início da tarde, assim ainda poderia descer para a praia e aproveitar um pouco.

O loiro logo colocou a roupa de banho e saiu. Sem carteira, sem celular, nem mesmo dinheiro ou toalha. Ele só queria sentir a água do mar um pouco sem muitas preocupações e então voltar ao hotel e desfazer as malas, comer e dormir. Parecia bom o suficiente para um primeiro dia.

Katsuki caminhou à vontade sem camisa, pois já tivera visto diversos homens apenas de sunga dentro do próprio hotel e assim que saiu foi agraciado, ou em outros casos amaldiçoado, com a visão de mais alguns homens sem camisa. Até agora as pessoas por aqui não pareciam tão feias.

Interessante.

Katsuki apreciou e muito chegar à praia e notar pouco movimento, já que era dia de semana. Se fosse calmo assim todo dia, ele voltaria mais vezes. Ele deixou seus chinelos na areia e entrou na água. Estava morna, uma sensação aconchegante em sua pele.

Há quanto tempo não ia à praia? Caralho, talvez fizessem anos.

Ele afundou mais e mais na água azul e clara do mar, até onde a água batia em seu peito e ficou por ali.

Deixou o corpo afundar completamente, molhou o cabelo.

Observou o movimento das ondas, carregando coisas para o mar e trazendo outras de volta.

Observou as poucas nuvens se movendo no céu azul.

Ouviu crianças brincando com a mãe na areia e um grupo de jovens jogando vôlei de praia.

Era calmo, não era muito barulhento.

Naquele momento, um sentimento tomou Katsuki. Ele realmente ficava muito tempo preso naquele escritório, né? Era solitário. Ele se sentia um pouco sozinho, às vezes. Mas no geral estava contente com sua vida. Tinha amigos pelos quais não pediu, pais que não era muito fã e o emprego que ele sempre quis e avançando para a posição de chefe. Era uma boa vida para alguém aos 40 anos. Estava satisfeito. Talvez só precisasse de mais pausas como essa.

Talvez estivesse com saudade do mar.

Ele lembrava de gostar de ir à praia quando criança. Lembrava de conhecer o maldito Izuku numa dessas viagens à praia, a única coisa ruim que o mar lhe trouxe. Fora isso, ele lembrava de sempre se divertir. De gostar da sensação da água contra a pele, do cabelo molhado grudando no corpo.

Katsuki sorriu. Talvez as férias vieram em boa hora e ele pudesse mesmo voltar mais relaxado para o trabalho. Por enquanto, ia apenas aproveitar sua estadia aqui como merecia, na calma e na paz que tanto gostava.

Depois dei um bom tempo, com os dedos da mão já enrugados da água, Bakugou começou a voltar para a areia, tentando voltar pro local exato onde deixara seus chinelos para caminhar um pouco por aí antes de voltar ao hotel.

Quando a água já estava abaixo de sua cintura Katsuki ouviu gritos:

— Kirishima. KIRISHIMA PEGA! — Uma voz masculina gritou.

Logo em seguida Katsuki notou um jovem ruivo na areia em frente a ele, lhe olhando com cara de bobo. Será que o cabelo molhado estava caindo de um jeito engraçado em seu rosto? Katsuki não conseguia entender muito bem que tipo de olhar estampava o rosto do outro.

Poucos segundos depois uma bola de vôlei bateu com tudo na cara do garoto, fazendo-o cair no chão.

Katsuki sabia que não deveria rir. Era errado, cruel, ele podia ter se machucado.

Mas Katsuki não era exatamente o tipo de cara que não seria chamado de cruel.

Então ele deixou uma gargalhada escapar de sua garganta sem muita vergonha, calçando seus chinelos assim que os achou na areia e indo caminhar pela praia na direção oposta ao ruivo caído no chão. Ele podia sentir que o garoto ainda lhe olhava, entretanto não olhou para trás enquanto caminhava.

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Does your mother know?Onde histórias criam vida. Descubra agora