_Nada é perfeito.._
_Nada é mil maravilhas.._
Ele sussurou as frases em meu ouvido, sua voz era suave e grave ao mesmo tempo uma mistura terrível que fez meu corpo inteiro se arrepiar.
Eu queria fugir deles, de todos eles.
_Não adiantaria tentar fug...
_"SUA VAGABUNDA" meu pai gritou, e pude sentir um tapa ser depositado do lado esquerdo de minha face
Meu rosto virou pro lado por conta da força que meu pai usou no tapa, minha bochecha já estava queimando, eu me segurava pra não derramar as lágrimas que já estavam se formando em meus olhos.
_"E-eu não tive culpa!!" Minha tentativa de segurar as minhas lágrimas foi em vão, minhas lágrimas desciam desesperadamente pelas minhas bochechas.
_"COMO NÃO SUA INÚTIL!! SE OS PAPÉIS ERAM PR--" Ele respirou bem devagar, passou uma de suas mãos em seus seus fios de cabelos na intenção de se acalmar.
_"Saia daqui, antes que eu quebre essa sua cara" Assim que ele terminou a frase eu sai correndo com a mão no canto esquerdo do meu rosto.
Mas quando eu passei pela porta do escritório em que eu e meu pai estávamos, me esbarrei com minha mãe, e ela estava com uma feição triste mas logo virou o rosto e eu continuei correndo.
Desci as escadas do segundo andar correndo, minha visão estava embaçada por conta das lágrimas, não conseguia ver os degraus direito.
"Eu realmente não acredito que ele fez isso comigo!!" Passei pelo longo corredor até a porta que dava pro jardim da enorme casa.
Fui em direção aos portões empurrando os mesmos e continuei a correr, eu chorava pelo ato de meu pai, ele nunca havia batido em meu rosto, apenas em minhas pernas e meus barcos, e tudo isso apenas por uns papéis que eu não faço idéia doque tinha neles.
××× flashback×××
Estava saindo do meu quarto com o objetivo de ir até o piano que ficava no andar de baixo, mas havia encontrado o escritório de meu pai aberto, isso não é normal, aquela porta nunca esteve aberta, tentei ignorar, porém tinha alguns papéis rasgados no chão e aí a minha curiosidade falou mais alto.
Olhei pros os lados para conferir que não tinha ninguém ali, e bom realmente não havia ninguém, fui até a porta cautelosamente e adentrei na sala, assim que eu entrei fechei a porta, mas não a tranquei.
Fui até os pedaços de papéis que estavam no chão, peguei um pedaço que parecia ter alguns nomes escritos.
"Nomes.." não conseguir ver os nomes com clareza, pois alguns estavam borrados, mas um eu conseguir identificar .
"Yeon--" fui interrompida pelo ranger da porta.
A Porta se abriu lentamente, e logo eu pude ver a face de meu pai.
"Oque significa isso!?"
×××
Eu ainda me encontrava caminhando por uma floresta que havia longe de minha casa, já estava totalmente cansada com meus olhos inchados e vermelhos, era uma aparência deplorável.
Me escorei em uma das árvores, eu já não aguentava o peso do meu próprio corpo, minhas pernas tremiam implorando por descanso.
"Por que?" Eu comecei a chorar novamente, minhas costas deslizarão pelo tronco que se encontrava atrás de mim, até eu me sentar chão.
"O que eu fiz de errado??" Abracei os meus próprios joelhos os apertando contra o meu peito .
Fechei meus olhos na tentativa de cessar o choro, meu corpo inteiro tremia, minha cabeça doia, minhas mãos estavam suando frio
"Nada neste mundoé prefeito, querida".
Ecoou uma voz, uma que parecia está longe do local em que eu me encontrava, porém eu consegui ouvir perfeitamente, olhei em volta e não havia ninguém levantei com dificuldade pois ainda estava cansada.
"Quem está ai!?" Falei com a voz firme, não queira demonstrar fragilidade.
"O pior de seuspesadelos".
A voz rebateu, e um calafrio percorreu o meu corpo.
"Ou, o melhor de seus sonhos" Dessa vez a voz pareçeu vir de traz de mim.
Me virei lentamente com medo doque estaria ali, assim que eu pude ver o dono da voz, minha garganta ficou seca, um de seus olhos estava com um tom de vermelho vinho.
"Shii"
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As árvores estavam mais sombrias, o clima havia ficado tenso naquele local, eu não me atrevi a dizer nada naquele momento.
Ele olhava no fundo de meus olhos, parecia tentar ler minha mente, ou até mesmo meus pecados.
"Está com medo?" Falou tombando a cabeça por lado.
Ele veio se aproximando de mim lentamente, mas bastou eu desviar minha atenção e em um piscar de olhos ele já estava em minha frente, fiquei assustada e dei um passo para trás.
"O que é você!?!.. Quem é você!?!" Ele percebe o desespero em minha voz, e aparentemente gostou disso.
"Eu vou ser aquilo que você precisar saber!".
Ele segurou no meu queixo e depositou um beijo em minha testa, naquele momento tudo ficou escuro e me me senti como se estivesse caindo de um penhascos, ele havia desaparecido na escuridão
Eu gritava por ajuda desesperadamente, eu esticava meus braços e me debatia enquando sentia meu corpo caindo.
"Senhorita".
Eu ouvia uma voz me chamando, mas não conseguia ver nada, porém, um potinho de luz nasceu em meio a escuridão.
Era ele.
Me levanto rapidamente assustada, eu estava ofegante e suando frio.
"Vejo que já acordou" um homem entrou na sala vestido em um jaleco branco
"Onde eu estou?" Perguntei coçando minha nuca.
"No hospital *********, você foi encontrada em uma floresta praticamente desmaiada" ele olhou em um prontuário que estava em suas mãos.
