02| Decisão

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Chris estava tendo um dia péssimo, tudo estava dando errado. Tinha ido a CW para assinar um contrato e acabou chegando atrasado porque uma mulher tinha batido no carro dele. Depois, o diretor da emissora teve a ideia ridícula de inventar um namoro falso pra divulgar a série e pra piorar era com a mulher, uma tal de Melissa, que havia batido no seu carro.
Vinte e quatro horas era o tempo que ele tinha pra decidir se fingiria namorar Melissa por oito meses ou desistiria da carreira de ator, já que se não aceitasse, John, com certeza, falaria mal dele para todos os diretores do país. A opinião daquele homem importa e muito para os colegas.
Parecia ser uma escolha fácil, óbvio que devia escolher fingir um namoro, do que correr o risco de virar um ator que só faz pequenas participações, mas passou um tempo com a sua nova namorada e não sabia ia ser fácil.
Não conseguiria fingir namorar aquela Melissa, apesar de ser um bom ator, ninguém conseguiria fingir por tanto tempo e ainda por cima não tinha como uma relação entre eles dar certo.
Eram muito diferentes e pelo que percebera Melissa era o tipo de mulher que só faz o que quer, que não gosta quê deem opiniões contrárias as dela.
Avaliou todas as opções que tinha e nenhuma parecia ser boa pra ele. Mas, entre o risco de prejudicar a carreira que levou anos pra construir e fingir namorar Melissa, era óbvio que por mais difícil que fosse, não havia outra escolha, assinaria o contrato.

 Mas, entre o risco de prejudicar a carreira que levou anos pra construir e fingir namorar Melissa, era óbvio que por mais difícil que fosse, não havia outra escolha, assinaria o contrato

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Melissa não sabia o que fazer, parecia uma escolha impossível. Mentir que namora um cara por oito meses ia contra tudo o que ela é. Mentiras, exposição na mídia e namorar um cara como Chris, ela jamais faria isso.
Por outro lado, tinha uma carreira de atriz, a qual lutou muito pra conseguir e um diretor maluco podia acabar com ela com um telefonema.
A vida é feita de escolhas difíceis, mas alguém deveria ser obrigada a escolher namorar um cara ou perder tudo o que levou anos pra construir? Claro que não. Mas, o que Melissa devia fazer? Não podia sair por aí contando pra imprensa que um diretor queria que ela fingisse namorar um cara, isso acabaria com a carreira dela.
Não tinha escolha, ambas as coisas eram ruins. Deveria ter certeza da sua escolha, pois não poderia voltar atrás depois.

Depois de longas vinte e quatro horas, Melissa e Chris voltaram aos estúdios da emissora

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Depois de longas vinte e quatro horas, Melissa e Chris voltaram aos estúdios da emissora. Chris foi o primeiro a chegar, ele falou com a secretária e ela o mandou esperar no escritório de John.
Melissa chegou alguns minutos depois, ela olhou pra Chris e se perguntou como conseguiria fazer aquilo.

-Olá! Você se decidiu? -perguntou Chris.

-Sim.

-E o que escolheu?

-Acho que você vai saber em breve.

-Só queria um conselho. Você parece ser alguém que nunca faz nada errado.

-Não parece, mas às vezes eu faço. Não tenho um conselho pra te dar. Pensei muito e decidi escolher o que é mais importante pra mim.

-E como você decidiu o que é importante?

-Pensando e avaliando bem. Escolher entre uma carreira de atriz, que sempre foi o meu sonho e eu trabalhei muito pra estar onde estou ou fazer os meus fãs me odiarem, mentir pra minha família e amigos, namorar um cara babaca como você e esquecer quem eu sou e o que eu valorizo. É difícil, mas com qual dessas escolhas eu vou conseguir viver?

-Entendi, você escolhe a que menos vai te machucar.

-É uma escolha egoísta. Se escolhe assinar, para não prejudicar a sua carreira, você está escolhendo machucar e mentir pras pessoas que você ama e se não assina, você está acabando com algo que te faz ser quem você é, atuar é a minha vida, é parte de quem eu sou. Você entende agora? Ninguém deveria ser obrigado a fazer uma escolha como essa.

-Acho que escolhemos a mesma coisa, então.

-Suas escolhas são diferentes das minhas. Você não se preocupa se vai precisar mentir e machucar as pessoas que tem amam e tenho certeza de que elas não ficariam surpresas por estar fingindo um namoro.

-Você fala como se eu não tivesse sentimentos.

-E você tem? Você sabe o que dizem nos bastidores e o que sai nos sites de fofoca.

-Eu sei, mas você não me conhece.

-Eu te conheci ontem e em nenhum momento você foi educado, gentil e simpático. Só arrogante, convencido e antipático.

-Isso não define quem eu sou.

-Mas, diz muita coisa. Se fosse com qualquer outro cara, seria mais fácil decidir.

-Você não é a melhor pessoa do mundo.

-Nunca disse que sou, mas pelo menos, sou melhor de você.

-Meu casal favorito já está se dando bem? -perguntou John, entrando no escritório, antes que Chris pudesse falar.

-Acho que você está sonhando, John. Não tem como nos darmos bem, vamos no máximo nos suportar.

-Então, decidiram assinar? -perguntou John.

-Não tenho outra escolha. -falou Melissa e largou o contrato na mesa. John sorriu.

-Chris?

-Também não tenho. -respondeu e colocou o contrato do lado do de Melissa.

-Não vão se arrepender pessoal. Tenho certeza que um dia ainda me agradecerão por isso.

-Você acha? Eu acho que um dia vou te processar por isso. -falou Melissa.

-Melissa, você não pode fazer isso.

-Eu sei, mas não custa sonhar.

-Vou enviar por e-mail tudo que queremos que vocês façam.

-Quando começamos a namorar? -perguntou Chris.

-Hoje. Acho que deviam sair pra comer alguma coisa.

-Claro. Vamos ir agora. -falou Melissa.

-Ótimo. Isso vai ser muito bom. -falou John. Melissa saiu do escritório e Chris foi logo atrás.

-Como vamos fazer isso? -perguntou Chris.

-É só atuar. Você é bom nisso, né?

-Sou.

-Então, vamos comer alguma coisa e conversar sobre os limites entre nós.

-Achei que já tinha tudo escrito no contrato.

-Tem as coisas que eles querem, mas precisamos das nossas próprias regras.

-Certo. Acho que é você que manda, afinal.

-Ótimo. Nos vemos no Zefferelli's, em uma hora.

-Como quiser, namorada.

Melissa e Chris saíram do prédio e cada um entrou no seu carro. Meia hora depois estavam no restaurante. Se sentaram um de frente pro outro e começaram o que fariam pelos próximos oito meses: fingir ser um casal apaixonado.

Love Contract || MelWoodOnde histórias criam vida. Descubra agora