Ninguém olhou o celular na hora, ficamos com medo, mas decidimos que era melhor olhar, talvez tivesse um tempo estipulado.
"Parabéns por chegarem a segunda fase, agora, um fácil, terão que adivinhar qual a minha próxima vítima. E nem tentem avisá-la, pois quando acharem a resposta será tarde demais. O código é 1305180504092508 230912121523
-Talvez cada número seja uma letra do alfabeto – disse Barbora.
-Não pode ser, tem um zero ali - respondi.
-Bom então talvez coordenadas – comentou alguém.
Eles ficaram discutindo por uns 20 minutos, e eu nem escutei a conversa, estava ocupada demais pensando.
-É uma sequência de dois números, em vez de ser 0 depois 5, é 05, assim a resposta seria... - parei para analizar tudo e organizar as letras.
13 seria M, 05 E, e assim foi indo, até eu achar um nome.
-Meredith Willow! É esse o nome.
-Pera – disse Amélia. - Eu conheço esse nome, é o nome da esposa do professor de Ciências!
-Temos que avisar ele antes de enviar a resposta – disse Barbora.
Na mesma hora chegaram as notificações.
"Espero que tenham descoberto que é, se não além da pessoa que acabei de matar, um de vocês também irá morrer. Com ódio, seu amigo Assassino".
-Já era, ela morreu – eu disse. -Amélia, manda a resposta antes que ele venha atrás de você, depois vamos falar com o professor.
-Melhor não - respondeu ela. - Vamos enviar a resposta e amanhã falamos com ele, se não fica muito na cara.
Algo nela parecia estranho, eu não sabia o que era ainda, mas ela não parecia afim de comentar aquilo com ninguém.
-Mandei – disse ela. - Agora é só esperar a resposta.
Esperamos uns 5 minutos até aparecer "digitando..." na tela. Esse assassino escreve muito devagar! Demorou uns 15 min para a resposta.
"Muito bem, a resposta está correta, sinto muito pela esposa do seu professor, por enquanto ninguém morre no grupo, mas eu prometo que amanhã haverá surpresas".
Aquele momento havia passado em um flash, quando eu vi já era 6 da tarde, então cada um voltou para o seu dormitório. Eu fui tomar meu banho e depois coloquei o uniforme da noite (eu sei que esse colégio é estranho, mas é basicamente uma calça e uma jaqueta, por conta do frio) e fui comer.
A janta do dia era macarrão, uma das únicas opções de comida da escola que são boas.
Depois fomos para o quarto e eu fiquei escrevendo no meu laptop (sim, é essa história que estava escrevendo na hora), depois vimos um episódio da nossa série. E então fomos dormir.
Mais uma vez a noite foi tranquila, e aquela pergunta latejava na minha cabeça, quem seria a próxima vítima.
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O Assassinato em Hanks
Ficção Adolescente10 adolescentes, que até o ocorrido não se conheciam, se juntam para desvendar um mistério endereçado a eles. Tudo isso em um colégio interno de freiras, sendo que alguns deles são gays. A história é narrada por Beatriz, a caçula do grupo, e a única...