St. Louis Instituto Psiquiátrico

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Permitem a imaginação fluir, leiam com calma e preservem a saúde mental de vocês. Boa leitura e nos vemos no final <3

O conteúdo a seguir aborda questões referentes a doença mental, automutilação e gatilho para suicídio.

Transtorno dissociativo de identidade: Faz o indivíduo se distanciar da própria realidade, confundindo-a com pensamentos, memórias e identidades de outras pessoas

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Transtorno dissociativo de identidade: Faz o indivíduo se distanciar da própria realidade, confundindo-a com pensamentos, memórias e identidades de outras pessoas. Isto é, o paciente deixa de distinguir a realidade, para o que ele acredita ser real, podendo apresentar várias mudanças de personalidade. Doença causada e desencadeada por trauma físico ou psíquico... Levando o indivíduo a insanidade total.


O psicótico sabe que 2 + 2 é igual a 5, e vive tranquilo com essa verdade. O neurótico sabe que 2 + 2 é igual a 4, mas não concorda com isso de jeito nenhum e vive sofrendo por isso - Autor Desconhecido.

Estava sob o efeito de medicamentos.

Dopada.

As drogas depressoras agiam em seu sistema nervoso central.

Dopada.

A impossibilidade de mover qualquer parte do corpo.

Dopada.

Mas seu cérebro ainda continuava a processar mesmo que lentamente. E processava a mesma maldita frase repetitivamente em sua cabeça como se isso fosse um incentivo para que ela finalmente conseguisse admitir.

— Antes eu costumava a pensar que vivia dentro da loucura do St. Louis. Mas agora eu sei... Que... É a loucura que vive dentro de mim.


Então foi como se a sala toda ficasse em silêncio. A garota olhava para o doutor a sua frente, movendo os lábios como se estivesse pronunciando algo. Mas ela não podia ouvir. Como não podia ouvir a enfermeira que estava no fundo da sala mascando chiclete como se estivesse alheia aos acontecimentos. E não podia ouvir os ponteiros do relógio se arrastarem continuamente marcando as horas. A garota agradeceu mentalmente pelo silêncio que se formou em seu cérebro. Foi como um milagre que fez aquele momento se tornar mudo. Ela não queria ter que ouvir novamente as mesmas palavras tortuosas sobre seu estado mental. Não queria ter que ouvir as mesmas palavras de todos os dias de sua consulta diária. Mas ela ainda era capaz de ouvir o barulho da chuva lá fora. Na cabeça da jovem, a chuva a remetia a um lugar distante daquela prisão, assim a distração deixava tudo mais fácil de se lidar. Talvez esse seja o motivo dela ainda poder ouvi-la. Mas o resto, não. Era como se ela não pudesse ouvir pelo simples motivo de não querer.


— Então, como se sente hoje, Megan? — uma voz pareceu ecoar por todos os cantos da sala até os ouvidos da garota.

O doutor havia feito uma expressão de alívio por ter conseguido tirar a menina de seus devaneios. Infelizmente, ela pensou. Em meio a voz do doutor que circulava por sua cabeça, ela se perguntava como poderia responder da forma mais eloquente possível.

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