Destino... ou carma

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Guia de pessoas ansiosas:

Todas possuem medo do desconhecido.

Mas ela não tem medo algum dele.


Nova York. Manhattan. 12 de agosto de 2017.

Pov's Megan Parker

Hoje é o dia. O grande dia. Vou ter oficialmente meu primeiro encontro com Jason DiLaurentis!

Mal consegui dormir à noite depois que ele me trouxe para casa. Fiquei virando e me revirando na cama, carregando um daqueles sorrisos bobos extravagantes, enquanto sentia o coração palpitar junto ao inverno na barriga.

Fiquei com tanto medo de esquecer algum detalhe do que havia acontecido nesta noite – por mais que a maioria dos acontecimentos foram momentos constrangedores – que fiz uma lista mental dos melhores momentos:

Como me atrevi a dançar querendo que fosse ele... como ele se aproveitou sabendo que era eu. Como o desafiei... como ele me fez ir até meu limite. Como ele me olhou... como eu me senti vista pela primeira vez. Como ele me tocou... como meu corpo correspondeu. Como lhe pedi algo.... como ele baixou a guarda.

Como ele prometeu que eu não cairia. E eu não cai.

Como ele disse que partiria o meu coração...

Como eu disse que partiria o dele também.

Céus! Como pode acontecer tantas coisas em uma única noite? Eu não deveria ter subestimado quando ele me disse: "Te quero bem sóbria hoje para não jogar a culpa na bebida amanhã de tudo que faremos essa noite". Jason tinha razão. Cada palavra que usei, cada escolha que tomei, eu diria que tudo foi movido pelo efeito do álcool e não pelas batidas descompensadas do meu coração.

Mas o meu ápice, foi quando em algum ponto da madrugada, dividida entre os pensamentos de ter tomado a atitude certa ou errada, com o sangue fervendo, o coração acelerado e apavorada por esse desejo do desconhecido que me domina. As palavras dele vieram tirando todo o meu sono, fazendo com que uma garota que não pode queimar, arder:

"Você precisa de alguém que cuide de você como mulher."

Oh céus, como estou cada vez mais convencida disso!

Enfim... depois que passei a madrugada toda pensando em nós – já posso me atrever a nos chamarmos assim? – quando acordei pela manhã, tive uma crise não de moda, mas de realidade: eu não tenho roupa para ir no meu primeiro encontro com Jason DiLaurentis! E mesmo que pudesse dar todas as minhas economias e parcelar o restante no crédito e na alma, eu jamais teria "a roupa" para sair com o homem mais rico e gostoso de toda Nova York.

Apesar do meu vestido favorito ser de um modelo que faz bastante sucesso na minha cidadezinha natal, sei que aqui em Nova York ele não é considerado lá essas coisas, e teria que usá-lo com a minha bota marrom de camurça. E tudo isso me traz uma certa ansiedade, pois eu incorporaria o espírito daquela garota que deixei em Creemore, e Jason saberia que tenho origens bemmmm caipiras.

Mas para quê serve o primeiro encontro se não é para conhecer mais profundamente a outra pessoa, certo? certo!

Mas a minha crise real veio quando percebi que todas as minhas peças de roupa íntima são uma vergonha atrás da outra. Todos meus sutiãs são velhos, e as minhas calcinhas são... digamos que todas são grandes, feias, cor de pele ou com estampas nada atraentes. E nenhuma fio dental, para a minha morte por vergonha fatal.

I N S I D EOnde histórias criam vida. Descubra agora