Escrevo tantas palavras
E ao mesmo tempo nada escrevo
As feridas são instáveis
Doloridas e por vezes
Ultrapassam a barreira do invisível
E se tornam visíveis no meu olhar
Como uma chama que não é capaz
De controlar o frio enorme que se instala em mim
O medo destrói
O passado me atormenta
Uma dor cada vez mais forte
Que nunca será curada
Por vezes nem será suportada
Estou vulnerável às perdas da vida
Não posso me arriscar a amar novamente
Pois perder-te seria a minha ruína.