Thunders and banana milk • nomin;;

{𝐒𝐜𝐚𝐫𝐲 𝐧𝐢𝐠𝐡𝐭}

Na Jaemin encontrava se na sala de estar do seu apartamento encolhido no sofá a ver TV, no entanto não era o programa que passava no aparelho o ponto de foco da sua mente, e sim, no som incessante dos trovões que se podia ouvir do lado de fora do prédio.
No meio da penumbra da noite, uma chuva incessante havia surgido trazendo relâmpagos e trovões consigo.

Cada vez que o som alto fazia se soar, Jaemin fechava os olhos e encolhia se mais um pouco com os braços a segurar as pernas, desde criança que tinha aquele medo, algo que não conseguia explicar mas estava presentes em todas as noites chuvosas.

Lentamente, Na colocou a mão no bolso e retirou de lá o seu telemóvel, o qual usou para ver as horas, não podia se deitar muito tarde senão não conseguiria ir para a escola no dia seguinte.

— O quê?! Uma da manhã, já?! – exclamou ao ligar o aparelho e logo em seguida voltou a colocar o mesmo no bolso olhando em volta depois, não queria sair dali, um medo incandescente percorria o seu corpo trazendo pensamentos e cenários de terror consigo, como, ser apanhado por uma criatura sobrenatural, ou então um assassino podia ter entrado na sua casa e estaria á sua espera no seu quarto, as possibilidades eram tantas!

Naquele momento a mente paranóica de Jaemin imaginava tudo, até os cenários mais absurdos faziam sentido naquele momento.
Pensar naquilo não ajudava Jaemin, que permanecia imóvel no sofá, a se levantar e ganhar coragem para desligar a TV e deslocar se para o seu quarto.

— Saiam da minha cabeça pensamentos, eu não preciso de vocês agora! – exclamou balançando as mãos no ar como se estivesse a tentar acertar alguma mosca que o incomodava.

— Vamos Jaemin, tu consegues, não pode estar algo tão assustador na escuridão... – com esse pensamento, lentamente o rapaz levantou se do sofá e desligou a TV a rezar internamente para que nada acontecesse enquanto sussurrava algumas palavras incompreensíveis apenas para si.

Os seus punhos estavam cerrados, os batimentos no seu peito pareciam mais acelerados do que o normal a cada passo que dava, o que só piorou quando a luz se apagou de repente fazendo um grito do rapaz ecoar pelo local e, em um movimento rápido, tirou o telemóvel do bolso e acendeu a lanterna.

— Eu odeio este mundo, eu odeio esta casa, eu odeio esta luz... – dizia frente ao medo e adrenalina do momento com os olhos quase fechados tentando não ver algo que supostamente estaria á sua frente.

Estava no final do corredor, precisava apenas virar para a direita para chegar ao seu quarto, se não fosse pensado ter ouvido um barulho vindo de lá que o fez parar antes de se virar.

— Aponta a lanterna Jaemin, não é nada, deve ser só um assassino que escalou o prédio e entrou pela janela do teu quarto para te matar... – dizia apenas alimentando mais as suas paranóias, enquanto permanecia imóvel no meio do corredor.

— Vamos lá, um, dois, três... – ao final da contagem, Na virou se bruscamente para o lado apontando a lanterna para o local onde pôde ver uma sombra que parecia a silhueta de pessoa no seu quarto.

Podia jurar que nunca ficou tão pálido na sua vida, o seu coração parecia ter parado de bater e o suor começou a escorrer pela sua testa até ás suas mãos, ele estava apavorado.
No momento, um relâmpago fez se soar para trazer Jaemin de volta á realidade o que originou o soar de mais um grito alto e estridente pela vizinhança inteira.
No momento seguinte apenas se podia observar o telemóvel que havia servido de iluminação para Jaemin cair no chão e o rapaz a correr pelo corredor, saíndo do apartamento em completo desespero, onde se sentou, encostado a uma parede, encolhido a chorar aflito.

O seu corpo inteiro estava a tremer, as suas mãos soavam em nervosismo, a sua respiração estava acelarada tal como o seu batimento cardíaco e a sua mente não conseguia pensar, era instável, estava em branco...
Naquele momento, com os relâmpagos a soar lá fora, ele só conseguia entrar em pânico, sentia que ía morrer ali mesmo, sem uma pessoa ao menos para o socorrer. Foi quando sentiu alguém chegar perto dele e lhe tocar levemente no ombro.